Capítulo 12

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NOTA DA AUTORA: à aniversariante camz_lovess, só para avisar que o presente chega na segunda-feira! ;)

Agora vamos ao capítulo de hoje...


Priscilla segurava o lenço junto ao nariz na tentativa de estancar o sangue que ainda não havia parado, Natalie instruia o motorista para o endereço desejado. O taxista olhava pelo retrovisor assustado ao ver a jovem naquele estado.

__ vocês não querem ir ao hospital?Ela pode ter quebrado o nariz! __ disse o motorista tentando ajudar.

__ não é preciso, eu estou bem! __ repetia pela milésima vez a mesma frase, já fechando os olhos.

__ Pri... Pri... meu amor... olha para mim...__ insistia uma Natalie nervosa, ao perceber que a mais nova estava quase dormindo. __ não...

__ eu só estou fechando os olhos, Natalie!__ disse enquanto ajeitava-se no banco para ficar mais confortável.

__ é melhor você não dormir, tente ficar acordada! __ aconselhou a mais nova de forma preocupada. __ vem... se encostar em mim! __ chamou a outra esticando o braço para que a amiga de Rodrigo pudesse aconchegar-se, enquanto Natalie afagava seus cabelos.

Chegaram ao prédio de Natalie, a empresária ajudou a produtora a subir as escadas da portaria, deram boa noite ao seu Zeca, porteiro e amigo de Natalie. O senhor ao ver as jovens, ficou assustado quando avistou a amiga de Daiane amparando Priscilla, machucada.

__ Deixe-me ajudá-la, dona Natalie! __ ofereceu-se.

__ Tudo bem seu Zeca, obrigada. __ disse a jovem de modo simpático ao senhor que já estava próximo ao elevador segurando a porta.

A empresária apertou o botão do andar desejado, enquanto o elevador subia ela pôde observar a mulher que estava segurando. Constatou que o sangramento de Priscilla havia parado, mas ainda assim seria preciso certos cuidados para não voltar a derramar sangue. Chegaram ao apartamento em silêncio, entraram e Priscilla acomodou-se no sofá ainda segurando o lenço que tinha recebido não sabe de quem na hora da confusão.

__ Você precisa limpar isso! __ disse Natalie indo em direção ao banheiro, regressando minutos depois com uma pequena necessaire com desenho de unicórnio. __ deixa eu limpar esse machucado.__ completou se abaixando para ajudar a mais nova.

__ Natalie, eu estou bem! __ informou à outra. __ só preciso lavar o rosto para me livrar desse sangue. __ proferiu tentando se levantar.

__ Priscilla, qual o teu problema? __ questionou a empresária seriamente e fixando o olhar na mulher a sua frente. __ você está repetindo a mesma coisa a noite inteira "eu estou bem", você por acaso é a mulher maravilha? Você se fecha e não deixa ninguém te ajudar, varias vezes tentei te amparar, mas para você aceitar ajuda é como reconhecer que és frágil. Priscilla, não é assim que as coisas funcionam! __ expressava essas palavras enquanto remexia a necessaire a procura de algo.

A amiga de Rodrigo ficou olhando para a mulher a sua frente, ela realmente tinha razão. Priscilla detestava parecer frágil, queria estar sempre disposta e inabalável para ajudar seus amigos a qualquer hora, porém quando era ela a precisar de auxílio fechava-se.

__ Desculpe-me, Natalie. Você está apenas tentando me ajudar. __ disse com fio de voz.

__ que mulher mais marrentinha!__ exclamou em tom brincalhão enquanto pegava uma gaze e passava no machucado do rosto da outra.

Priscilla remexeu-se no sofá ao sentir o ardor do remédio que Natalie usava para tratar o ferimento.

__Aiiii... isso arde! __ reclamou a amiga de Rodrigo, afastando a mão da outra mulher. __ está dolorido, você friccionando essa gaze vai doer mais. __ completou.

__ Nossaaaa, Deus, como reclama!!! __ afirmou a empresária soltando uma gargalhada que ecoou por todo o apartamento. A produtora ficou olhando para Natalie com o semblante de poucos amigos.

__foi você quem me chamou para vir! __ ríspidou no mesmo instante já tentando levantar-se do sofá.

__ E eu reclamei de trazer você comigo? __ questionou Natalie olhando-a diretamente. __ ao contrário, adorei que você veio. __ Priscilla desviou o olhar para não encarar a mulher a sua frente, nesse momento acabou vendo um porta-retrato que estava na mesinha próxima.

__ São seus pais? __ indagou a produtora curiosa.

__ Sim, são os melhores pais do mundo! __ exclamou estampando um sorriso orgulhoso no rosto. __ o lado ruim de morar aqui no Rio é a distância que fico deles, morro de saudades. Mas é um sacrifício necessário quando se tem um sonho e a vontade de crescer profissionalmente.

Priscilla não deixou de notar que a jovem mulher a sua frente realmente era uma pessoa de muitas facetas, e cada vez mais se convencia de que tinha feito um julgamento pré concebido sobre a empresária, pois a Natalie que a estava ajudando, que falava com orgulho e saudade dos pais, era uma pessoa diferente daquela Natalie fútil que ela havia julgado naquela noite em que a conheceu.

__ Pronto! Terminei de limpar o machucado, mas isso vai ficar roxo. __ constatou fazendo uma careta engraça que causou risos na Produtora.

__ está um pouco inchado também!__ declarou a mais nova. __ obrigada, Natalie, por toda a ajuda nessa noite. __ disse baixando a guarda e relaxando na presença da mais velha.

__ Você teve sorte, porque aqueles dois poderiam ter te acertado de outra forma. __ alertou. __ até agora não entendi o motivo da briga e pior... por que você foi intervir? Onde você estava com a cabeça? __ questionava tentando entender a loucura que a jovem havia feito ao tentar separar a briga.

__ Eu cuido do meus amigos, o Rodrigo estava com ciúmes da Daiane com o Henrique, então foi tirar satisfações com ele. Eu vi que aquilo ia dá merda e fui atrás dele. __ explicou enquanto observava Natalie se dirigir à mini adega.

__ Eu desconfiava que estava rolando algo entre a Daí e o Rô. __ constatou a empresária. __ você aceita tomar uma taça de vinho comigo? __ Perguntou enquanto servia à mais nova.

__ está querendo me embebedar, Natalie smith? __ indagou ironicamente.

__ não, a menos que você queira! __ retrucou a mais velha sugestivamente e entregou a taça à Priscilla que apenas sorriu. __ afinal eu disse que cuidaria de você, não disse? Você precisa relaxar. __ completou.

Mexia no celular a fim de encontrar uma música que pudesse ou pelo menos tentasse aliviar a tensão daquela noite.

__ Adoro essa música... __ dizia enquanto a melodia soava no ambiente.


Entre Tapas e BeijosOnde histórias criam vida. Descubra agora