Lily

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Saímos de casa e fomos no BK, pois no meio do caminho Katelyn sentiu vontade.

Logo depois passamos em uma padaria, pois ela também queria coxinha, vamos fazer o que né?

Até então ninguém tinha comentado nada sobre mensagens ou sobre o Chandler e eu também não.

**

— Alguma novidade? — resolvi quebrar o silêncio.

— Nenhuma e você? — Katelyn respondeu de boca cheia.

— Olha a educação menina. — Mingus reclamou.

— Mimimimi — ela zombou.

— Enfim... — continuei. — Falei com aquele blog lá.

— Que blog? — Mingus perguntou.

— Gossip girl.

— Você o que? — Katelyn perguntou em um berro.

Comecei rir com a encarada que Mingus deu nela após o seu berro.

— Desculpa. — ela falou segurando o riso. — Agora conta, Lily!

Comecei ler a mensagem que o blog me enviou e Katelyn estava toda eufórica e xingando.

— Deixa ela terminar de ler, Katelyn! — Mingus reclamou.

— Eu não posso mais nem expressar meus sentimentos e pensamentos, nossa! — fez drama.

Continuei lendo até o fim da mensagem e logo comecei ler minha mensagem.

— Está bem equivocado mesmo! — Katelyn me interrompeu novamente e Mingus apenas a fitou. — Desculpa, continue.

Continuei lendo e dessa fez Katelyn não me interrompeu até o fim.

— "Xoxo, Lily Campbell" com o emoji do beijinho? — perguntou rindo alto. — Caralho, como você é foda.

— Olha a criança toda empolgada. — Mingus riu.

— Ah, vai se foder! — riu. — As pessoas merecem uma bad Lily.

— Achei certo responder, não fica mais calada não! — Mingus falou. — Tomara que ela publique essa sua resposta e isso seja um tiro na cara daquela vagabunda.

— Que é isso Reedus? — Katelyn perguntou assustada. — Mingus Lucien Reedus chamando alguém de vagabunda? Achei que isso fosse contra toda a sua modalidade.

— E é. — riu. — Estou me xingando por dentro por ter falado isso, mas ela marece.

— Como eu consegui me apaixonar por alguém tão certinho? — bufou. — Mas tomara que a vagabunda veja.

— E o otário também. — concluí rindo.

— Sei que a gente já foi no BK e comprar coxinha também... — Katelyn riu. — Mas me deu uma vontade de sorvete agora...

Eu comecei rir com a cara que Mingus fez.

— Katelyn a gente está menos que um quarteirão da sua casa e você quer ir pra uma sorveteria agora? — perguntou.

— Só me deu vontade agora... — ela falou e eu segurei a risada.

Era bom estar perto deles... Eu esquecia os problemas e conseguia até por alguns segundos esquecer a dor que àquele idiota está me fazendo sentir... Eu conheço muito bem eles para saber que estão fazendo tudo isso para me alegrar.

— Vai mesmo me fazer voltar pra comprar sorvete? — perguntou bravo.

— Nossa, vamos pra casa então!

— Ai Katelyn, não precisa ficar brava. — ele falou.

— Eu só pedi um sorvetinho e você negou. — fez drama.

— Meu Deus, Katelyn! — ele bufou. — Lá no Burger King eu te ofereci sorvete e você não quis, ofereci na padaria e você não quis.

— Mas eu quero agora. — alegou. — Aposto que até a Lily quer.

— Não coloca a Lily no meio disso não. — eu respondi rindo.

— Poxa Lily, fica do meu lado. — ela falou rindo.

— Lily sabe que você está errada.

Suspirei fundo sabendo que Mingus tinha tomado no cu por falar isso.

— Errada? — ela riu sarcástica. — Agora me diz, eu estou errada?

— Sim! — ele respondeu. — Eu te ofereci sorvete antes.

— Vocês perceberam que a gente está com o carro parado na frente dessa praça já tem alguns minutos né? — perguntei mas aparentemente fui ignorada com sucesso.

— E agora eu tenho que sentir vontade das coisas quando você quer comprar? Eu não posso sentir depois?

— Você parece fazer por pirraça.

— E eu lá sou criança pra fazer as coisas por pirraça, Mingus!

— Você vive fazendo as coisas por pirraça, Katelyn! — riu fraco. — Jura que a gente está brigando por isso?

— Não estou brigando com ninguém. — cruzou os braços.

— Jura, juradinho? — ele mostrou o dedo mindinho para ela que apenas o olhou. — Então está brigando.

— Não. — falou. — Só não quero fazer essa jura com você agora.

Mingus suspirou fundo e eu já sabia o que viria depois e apenas ri baixo.

— Você quer sorvete de onde? — perguntou e ela riu.

— Do MC. — descruzou os braços e riu.

— Mas o MC tá tão longe... — ela o fitou. — Ok, vamos no MC.

**

Fomos no MC comprar o sorvete da Katelyn e depois, finalmente fomos para a casa dela.

Quando entrei lá, foi um baque... Só conseguia me lembrar de todos os momentos que vivi ali dentro com o Chandler e qualquer barulho de carro passando na rua eu pensava que era ele chegando para nos encontrar e me dar um beijo de oi, mas então eu me lembrava que tudo aquilo não era um pesadelo...

Cell phone II ➸ Chandler Riggs Onde histórias criam vida. Descubra agora