Alguns dias haviam se passado desde o acontecimento, meu corpo já estava melhor; só tenho que agradecer pelo namorado maravilhoso que tenho; hoje ele havia me chamado para ir na casa dele, pois quer falar algo importante para mim e eu consenti, dizendo que ia.
Tomei um banho e me arrumei; ainda era por volta de meio 10:00 e segui caminho pra casa dele com o fone de ouvido tocando Céu Azul - Charlie Brown Jr e uma parte meio que me tocou... "Mas também quero te mostrar que existe um lado bom dessa história e tudo ainda temos que compartilhar, vamos viver e cantar, não importa qual seja o dia, vamos viver, vadiar,o que importa é nossa alegria"... Essa letra estava certa, eu tinha que começar a viver de forma tão natural, sorrindo, assim como o Yuki; aquele garoto pequeno que havia me salvado, um pequeno anjo, um escudeiro verdadeiro...
Estava na porta da casa dele e ficava me perguntando se era uma boa ideia o que estava fazendo, depois de tudo aquilo que aconteceu entre a gente, por que seria tão necessário ir até a casa dele para conversarmos sobre algo? Eu não entendi... Ia dar meia volta quando a porta de sua casa era aberta ali estava ele, com uma blusa azul, short preto e sandália; seu cabelo estava bagunçado que nem seus óculos, ele parecia que tinha acabado de acordar.
- Bom dia -ele dizia bocejando um pouco, e aí conclui que ele havia acabado de acordar - Perdão, por estar assim acabei de levantar da cama.
- Sem problemas - respondi aliviado.
- Entre - segui ele e enquanto caminhávamos pude sentir o cheiro de comida sendo feita, batidas de panela e cochichos; já era de se esperar, pois minha família teria feito o mesmo se eu levasse um garoto para casa, porém... Sua família sabia de sua sexualidade? Pelo que eu me lembre apenas a mãe dele sabia... Será que ele contou sobre a gente... Agora estou nervoso e pensando tanto nem notei que já estava na cozinha da casa - Mãe este é o Samuel.
Ela era uma mulher muito linda e tinha os olhos do filho; utilizava óculos também e ao lado dela estava seu irmão mais novo que já teria visto antes... Ele parecia bem animado batendo nas panelas.
- É um prazer Samuel, pode me chamar de tia - ela ria um pouco e limpava a mão vindo me abraçar e retribui, depois de um tempo ela dizia - Se quiserem ir pro quarto jogarem um pouco, sintam- se a vontade e Samuel... Eu vou cuidar da comida agora, porém quem estava fazendo era o Yu.
- Não precisava falar mãe - ele corava e eu ficava cada vez mais de abraça-lo, ele estava tão fofo; ele simplesmente virou de costas e pegou na minha mão dizendo - Vamos Sam!
Caminhamos um pouco mais pelo corredor da casa até entrarmos no quarto dele... Que saudades daquele quarto de nerd, aquele cujo qual teria acontecido nosso primeiro beijo... E que beijo maravilhoso que demos aqui... Sentei na cama dele e ele do meu lado, ambos ficamos encarando um no outro até ele ficando corado e virando o rosto quebrando os olhares com um:
- Então... Você sabe o motivo de eu ter lhe chamado aqui?
- Não sei...
- Que ótimo, então vai descobrir logo - ele ria um pouco nervoso.
- O que quer dizer com isso?
- Nada - ele respondia rápido.
- Você disse para sua mãe? - eu ficava tenso um pouco
- Ainda não - ele ria
- Como assim "ainda"? - eu estava nervoso da resposta que talvez logo seria descoberta.
- Nada de mais - ele ria um pouco mais.
- Você está me deixando nervoso
- É mesmo? - ele ria ainda mais

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Sofrer por Amor
Teen Fiction''Como produzir um conto inovador? Como mudar os tipos de história de amor? Muitas são clichês de mais, encontros propositais, não sei ao certo como escrever, por que a maioria teria que o amor prevalecer? Será real que todo amor no fim, a felicidad...