Eu escutei meu nome ser chamado e antes mesmo de falar algo enquanto levantava minha cabeça pude sentir aquele beijo me invadindo, mas ao mesmo tempo bom; lembrei durante ele que minha família estava ali, e o que eles fariam depois disso? Eu não sei e nem estava ligando para o que ocorresse pois estávamos juntos nisso, unidos, aquele era o nosso momento e eu não queria que terminasse, porém meu folêgo não iria resistir muito e paramos. Nos encarando, com os olhos brilhantes e sorrisos no rosto.
- Você... - tentei dizer e ele me interrompeu.
- Yuki, eu só tenho que agradecer por você ser este garoto maravilhoso, que me ajudou com os meus problemas do dia a dia, da forma como me cativou, da forma que me amou e admito que estou completamente apaixonado por você e por mim é com você que quero passar o máximo de tempo da minha vida. - Nisso eu corei por completo, minhas lágrimas aumentaram... Eu sou muito sentimental e por um impulso do nada o abracei e ele sussurrou - Eu te amo...
- Eu também te amo - Eu sussurrava de volta.
- Esta é mais que uma resposta para minha pergunta... Sam, você já é da família - minha mãe dava um sorriso tão maravilhoso - Agora voltem pra comida antes que esfrie
- E deixe cair baba - meu irmão disse e rimos muito.
Comemos bastante, pude ouvir por um tempo durante o beijo a porta da cozinha sendo aberta, porém deve ter sido só impressão já como depois de um tempo fui vê-la e a mesma estava sendo fechada. O dia foi assim, cheio de alegrias e divertimentos; o Sam foi embora cedo e provavelmente naquela noite ele estaria só em casa o que era algo ótimo de saber... Amanhã completaríamos nosso primeiro mês de namoro o que era ótimo... Estava pensando no que fazer ou no que dar, mas acho que ele é que nem eu e sabia que não seria necessário já como... O maior presente que poderíamos ganhar, já temos... Que é o amor recíproco.
Estava cansado e fui dormir... Não consegui muito bem, tive insônia e então acordei assustado, um barulho na minha casa tinha acontecido e fui até lá. Quando cheguei encontrei minha mãe discutindo com meu pai que por sinal estava bêbado.
- É por sua culpa mulher, de que ele tenha virado "marica" - meu pai dizia.
- Amor, ele é o nosso filho - minha tentava falar o mais calmo possível.
- Nosso nada, ele é seu... O meu é só o pequeno, isto é... Se ele não me decepcionar também da mesma forma que aquele... - Ele me viu e então apontou - Aquele bem dali mesmo, impuro e rejeitado de todos os lugares bons da próxima vida.
Aquilo me atingiu e eu só queria chorar, corri para o quarto com meu irmão e nos trancamos. Procurei na lista telefônica o mais rápido possível o número de Muna, Lory e Samuel. Mandei mensagem para todos, Muna disse que meu irmão poderia ficar em sua casa e nisso nos trocamos e fugimos pela janela do meu quarto, enquanto meu pai batia no quarto.
Peguei meu irmão mais novo e o coloquei nos braços, não queria que ele visse aquilo; não queria que ele tivesse ódio do meu pai da mesma maneira que eu tinha e então ali, na casa de Sam estava Lory com o carro pronto pra partir. Entrei no carro junto com Samuel e meu irmão e demos partida pra casa de Muna. Eu estava triste, porém tinha que agir como um irmão mais velho e o abraçava secando suas lágrimas tentando o acalmar... Eu estava abalado de mais e tudo aquilo foi naquele dia... Naquele mesmo dia em que eu assumi minha sexualidade para minha mãe.
Quando chegamos na casa descemos e passamos a noite lá; Muna sempre foi boa com crianças e antes mesmo que eu perceber ela cuidava do meu irmão caçula de uma maneira com tanto amor, com tanto afeto, com tanto carinho que logo o via sorrindo, como se nada havia acontecido. Por isso fui para o quarto dela e fiquei deitado na coma chorando um pouco enquanto Samuel me abraçava. Meu celular vibrava e eu atendia:

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Sofrer por Amor
Teen Fiction''Como produzir um conto inovador? Como mudar os tipos de história de amor? Muitas são clichês de mais, encontros propositais, não sei ao certo como escrever, por que a maioria teria que o amor prevalecer? Será real que todo amor no fim, a felicidad...