5- dinner

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Harry on

Minha mãe estava radiante, fazia muito tempo que eu não via ela daquela maneira, na verdade desde que ela e meu pai haviam se separado. Ela sofreu muito com ele, por traições, brigas e várias outras coisas. Eu estava feliz por vê-la assim, no começo, quando ela começou a namorar com Bob, eu fiquei com o pé atrás, não queria que ela passasse por tudo que já havia passado novamente, porém, ele é bem legal e gosto realmente dele.

O único problema era que ele vinha com um presente adicional, também chamado de filho. Bem que minha mãe tinha me falado que ele não era fácil de lidar.

Minha mãe me chamou para jantar, estava no meu quarto, desci para sala de jantar e me sentei na mesa.

- Já conheceu o Louis ? - Bob perguntou.

- É... por aí. - eu respondi confuso.

- Como assim ?

- Digamos que não foi como o esperado...

- Ele te tratou mal ?

- Ah... - eu ia continuar a frase quando ela apareceu na cozinho junto com minha mãe.

- Vamos Louis, você precisa se alimentar. Esse é meu filho Harry, tenho certeza que vocês se darão super bem. - minha mãe falou e me fitou, e eu entendi na hora que ela queria que eu falasse alguma coisa.

- Oi Louis, prazer em conhecê-lo! - falei de maneira irônica.

- Olá Harry, o prazer é todo meu. - ele respondeu e deu um sorriso falso de lado.

Começamos a comer e eu não pude deixar de reparar que Louis era muito bonito, ele tinha olhos extremamente azuis, bochechas rosadas e um cabelo liso jogado na testa. Muito bonito.

Minha mãe e Bob não paravam de trocar carícias e palavras de amor, eu estava quase vomitando e Louis estava visivelmente se sentindo como eu, ele estava comendo rápido, e quase engolindo toda a comida, provavelmente para se livrar logo daquela situação.

Quando ele terminou de comer, já foi se levantando da mesa, mas foi enterrompido por minha mãe que disse:

- Já que vocês acabaram de comer, por que você não leva o Lou para dar uma volta e conhecer a cidade?

Que ideia maravilhosa!!! Obrigado mãe, agora vou ter que passar mais tempo com esse mimado. Porém, antes mesmo de eu poder dizer alguma coisa Louis se pronunciou:

- Não!!! - ele quase gritou.

- Você vai sim Louis, pare de ser mal criado. - Bob falou.

- Pai... - ele tentou se explicar.

- Nem vem, você vai, já está decidido. - decretou.

Ele fez uma cara de ódio tão grande que eu achei que iria queimar Bob com os olhos naquele momento mas depois pareceu conformado com a ideia.

Fomos andando pelas ruas de Holmes Chapel e eu tentei puxar assunto:

- Eu gostaria de ter te conhecido antes de sermos obrigados a viver na mesma casa.

- Sim, definitivamente!!! Mas meu pai gosta de estragar minha vida. - falou seco

- Eles estão realmente muito apaixonados...

- Verdade, e não há nada que possa mudar isso.

- Eu sei que é difícil, mas vamos tentar fazer com que isso dê certo, não por nós, mas por eles. Não sei você, mas acho que minha mãe merece. - olhei nos olhos dele pela primeira vez.

- Dar certo? O que você quer? Quer ser meu amigo? - ele me olhou incrédulo, como se aquele fosse a pior ideia que ele já tivesse ouvido na vida.

- Isso não seria possível para você? - eu perguntei e ele me olhou seco, e como se eu estivesse ficando louco, mas não respondeu.

Chegamos ao centro, onde havia uma Praça e ela estava bem cheia, era dia de show. Rezei para não encontrar ninguém da escola, não queria ser visto servindo de babá pra menino mimado e americano.

Mostrei alguns lugares para ele, que fazia cara de quem estava entediado, na verdade ele nao esboçava nenhuma reação. Apontei para a direção do lago e ele falou:

- Ah, entendi, legal. - fez cara de nada - Mas onde é mesmo que as pessoas vão para se divertir?

- Tipo o que? Cinema, shopping...? - perguntei inocente.

- Não. Tipo bares, boates, casas de show...

- Você não faz o tipo baladeiro hahaha.

- Eu não sou nenhum "tipo" de garoto! - disse grosso, como sempre. - Agora vai, me empresta seu casaco, tá muito frio aqui.

- Você não tem educação? Não vai rolar nem um por favor?

- Cala a boca, me dá logo o casaco!

- Não, fica com frio! - falei sem dó, ele era a pessoa mais sem noção que eu já tinha conhecido na minha vida.

- Okay, então vou procurar outro jeito pra me esquentar. - ele me olhou com um olhar um tanto malicioso, que me fez estremecer, envolveu os braços no meu pescoço e foi chegando muito perto do meu rosto, acariciou minha nuca me dando um arrepio e sussurrou no meu ouvido

- Quero ver se você me pegar!

Assim que o fez, o pequeno Louis saiu correndo pela Praça. Corri como doido atrás dele, mas aos poucos o perdi de vista. Fiquei procurando ele por infinitos minutos, já haviam se passado quase uma hora desde que aquele doido sumiu, e eu estava ficando preocupado.

Resolvi subir em um chafariz na Praça para poder ficar mais alto e procurá-lo na multidão. Olhei em volta e finalmente consegui encontrar o maldito, ele estava com um sorvete na mão e ao seu lado vi uma pessoa que eu não esperava, Justin.

Justin e eu éramos melhores amigos quando crianças, quando tínhamos 14 anos eu era apaixonado por uma menina, ele simplesmente ficou com ela. Aquilo era uma besteira, mas fez com que eu percebesse o quão sem caráter e filho da puta ele era. Eu o conhecia bem e iria evitar que ele se aproveitasse de Louis, andei pela Praça até alcançá-los.

- JUSTIN! - gritei em sua direção.

Ele me olhou e fez uma cara de raiva, Louis me olhou e revirou os olhos...

My Sweet Brother {L.S.}Onde histórias criam vida. Descubra agora