9- he again

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Acordei com meu pai me chamando, já era hora de ir para escola.

Me levantei com dificuldade, eram 6 horas da manhã e eu mal conseguia raciocinar. Fui até o banheiro e tomei um banho bem quente e rápido, escovei os dentes, sequei meu cabelo e como sempre o arrumei para o lado. Escolhi qualquer roupa como de costume, uma calça jeans bem colada e uma camiseta de alguma marca de skate e um Vans branco no qual eu havia desenhado um rostinho feliz.

Desci para a cozinha e Harry já estava lá, com uma carinha de sono e comendo uma banana, parecia um macaquinho. Meu pai e a Anne também estavam lá tomando o café deles.

- Come alguma coisa filho. - meu pai disse.

- Estou sem fome.

- Você precisa se alimentar Lou. - Anne falou. Era só o que me faltava, logo cedo.

- Eu sei disso, mas não quero comer. Já vou indo! - falei acenando para eles.

- O Harry pode te levar! - Anne sorriu para mim.

- Harry tem carro? - perguntei e antes que respondessem minha pergunta, Harry falou:

- Para de ser chato Louis, vamos logo, eu não quero me atrasar...

Não quis respondê-lo, era muito cedo para eu me preocupar com isso. Então saímos para a garagem e eu comecei a rir até alto demais quando vi qual seria nosso meio de transporte.

- Mas que porra é essa? - gritei ainda rindo muito.

Eram aquelas lambretinhas e era azul bebe hahaha, em Nova York ele seria zoado até o fim dos dias dele por usaruma dessas.

- Para de ser escroto, vamos logo. - disse grosso.

- Acho que não cabemos nós dois ai! - disse sério.

- Olha Louis, eu não to com paciência hoje, e nem sou bem humorado pela manhã, então para de encher a porra do saco e sobe logo na moto. - ele gritou.

Fitei ele com um olhar de ódio mas continuei sem arrumar briga, peguei o capacete em sua mão e mesmo contra minha vontade subi naquilo que ele chamava de moto.

- Onde eu seguro? - questionei.

- Você nunca andou em uma moto?

- Não, meu pai nunca deixou, aliás, ou ele quer me matar ou realmente confia em você.

- Eu aposto na primeira opção!

Antes que eu pudesse dizer algo, ele deu uma arrancada que quase me fez cair para trás e por impulso, segurei na cintura dele muito muito muito forte e deitei minha cabeça no ombro dele, nesse momento eu pude sentir o perfume dele, era muito bom. Fechei os olhos e apenas senti o momento.

- Parabéns!!! Esse é um lugar que você podia se segurar.

- Não tem outra opção?

- Não, não tem - ele olhou para mim e sorriu.

Continuamos no caminho e durante ele eu pude jurar que estava dormindo nas costas do Harry. Aquela era umas das melhores sensações que eu senti na vida, o frio na barriga, o vento leve no meu rosto e o cheiro bom do grandão na minha frente.

- Louis, você pode me apertar menos? - ele falou me tirando dos meus pensamentos.

- Se você tivesse um carro não precisaríamos disso. Por que você ainda anda nessa moto?

- Porque é antiga.

- Eu gosto de coisas antigas mas nem por isso vou vestido de hippie pra escola.

- Eu gosto dela, isso já basta.

- Você deveria se desfazer dessa lata velha.

- Essa lata velha era dos meus avós. Se você não gosta pode descer dela.

- Para aí então. - o confrontei.

E ele parou mesmo, mas ainda faltavam uns três quarteirões para a escola, ele só podia estar me zoando.

- Vamos, sai logo ou eu mesmo tiro você.

- Okay. - falei com raiva e desci.

Rapidamente Harry arranco na moto em velocidade que eu pensei que ela não aguentaria.

- Melhor você correr, não vai querer levar advertência por atraso no seu primeiro dia! - ele gritou virando na esquina.

Corri feito louco para conseguir chegar a tempo na escola, eu não podia chegar atrasado, meu pai me mataria, logo no meu primeiro dia. Uma das coisas que ele me disse é que não iria mais tolerar ser chamado na escola, pois já estava cansado de aturar minhas suspensões e advertências da outra escola.

Quando cheguei lá estava quase morto de tão vermelho e ofegante que estava. Fui até a minha sala e quando abri a porta todos os outros alunos já haviam chegado. Entrei na sala e vi vários grupinhos, umas meninas totalmente patricinhas me olharam com um olhar esnobe, o grupinho onde Harry estava nem reparou em mim e continuaram a rir de alguma coisa. Olhei para o fundo e vi um lugar lá, agradeci a Deus por ele, fui até lá quase correndo e me sentei.

Senti alguém cutucar meu umbro e já quis morrer naquela momento. Pronto, ia começar as perguntas e as pessoas querendo saber da minha vida.

- O Jus está te chamando. - me virei vendo um menino loiro em minha frente.

- Jus? - perguntei confuso e ele apontou para um menino do outro lado.

Jus era o Justin, o menino que tinha me pagado um sorvete no outro dia. Ele era da minha sala, o que ele tava querendo?

- Sabia que eu ia te encontrar mais uma vez. - ele sorriu.

- Que porra de apelido é Jus hahaha? - eu ri.

- Você vai descobrir!







My Sweet Brother {L.S.}Onde histórias criam vida. Descubra agora