8- morning

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Acordei com dois olhos verdes me olhando de uma maneira angelical, pensei que fosse um sonho mas logo percebi que aquilo era mesmo um pesadelo. Harry.

- Que porra você tá fazendo aqui? - gritei.

- Desde quando é errado dar bom dia para o meu irmãozinho favorito? - Harry falou irônico.

- Não sou seu irmão, seu ridículo, como que você entrou aqui?

- Eu tenho a chave bobinho. - sorriu com uma expressão demoníaca.

- Era só o que me faltava! - cobri minha cabeça com o cobertor.

- Não quero falar com você, vim apenas avisar que nossos pais saíram e nós estamos sozinhos. Você é todo meu agora. - sorriu novamente, mas malicioso. Eu queria matar ele.

- Sai daqui, me deixa dormir!!!!! - joguei um travesseiro na cara dele, que jogou de volta e saiu de lá.

Não consegui voltar a dormir, então resolvi descer para comer algo pois eu estava faminto. Entrei no banheiro, escovei meus dentes, arrumei meu cabelo para o lado, coloquei uma bermuda qualquer e uma camiseta dos Rolling Stones.

Desci as escadas e passei pela sala, Harry estava assistindo um programa qualquer do qual eu nem prestei atenção. Fui até a cozinha e comi uma torrada com uma caneca de chá. Depois de comer fui até a sala novamente.

- Harry, posso ver se minha série começou? - disse e me sentei no sofá.

- Não tá vendo que eu to assistindo? - falou grosso sem nem olhar pra mim.

- Por favor, seu programa já está acabando. - tentei ser educado.

- Não!

- Vai, é rapidinho. - segurei seu braço e ele puxou com força.

- Eu estou assistindo - ele gritou.

Em um movimento rapido puxei o controle da mão dele e sai correndo pela casa. Ele me olhou com raiva e correu atrás de mim. Ele não estava conseguindo me alcançar, até que sinto mãos firmes pressionarem minha cintura e me jogar no sofá. Ele começou a tentar recuperar o controle que estava embaixo de mim, e com todo esforço eu tentava impedi-lo, então ele se colocou por cima do meu corpo. Nossas respirações estavam cortadas e estávamos ofegantes.

- Você é uma peste. - ele disse.

- Sim, você precisa entender que eu sempre ganho.

- Quem disse que você ganhou? - ele tentou novamente recuperar o controle.

Ficamos com nossos rostos tão próximos que por um momento esquecemos o propósito daquilo tudo, nos olhamos nos olhos e permanecemos assim por uns instantes. Eu estava hipnotizado com aquela íris verde. Achei que tudo aquilo ja estava indo longe demais e disse:

- Chega! Toma logo essa porcaria de controle! - retirei debaixo de mim e entreguei em suas mãos. Ele sorriu.

- Não era você que sempre ganhava?

- Sim, sou eu que sempre ganho, mas eu não tenho paciência pra você.

- Então quem ganhou fui eu! - ele estendeu os braços pra cima como se estivesse comemorando.

- Você é ridículo! - falei e sai andando de lá.

Me senti fracassado, mas precisava ter feito isso, se não eu teria feito outra coisa que estragaria tudo... Fiquei no meu quarto lendo e ouvindo alguns cd's das minhas bandas favoritas e pensando em como seria o dia seguinte. O primeiro dia na nova escola.

My Sweet Brother {L.S.}Onde histórias criam vida. Descubra agora