10- first day in hell

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A professora finalmente chegou na sala. Ela parecia ser chata e tinha uma cara de má. Eu continuei conversando com Justin e como é de se imaginar ela chamou minha atenção.

- Ei, você ai atrás que não para de falar, é o aluno novo que veio dos Estados Unidos, certo?

- Sim, eu sou! - a olhei e ignorei o que ela havia dito e continuei a conversar, a esta altura todos os alunos já me encaravam.

- Venha aqui na frente e fale sobre você. - ela me lançou um olhar desafiador.

- Não, valeu! - respondi com ironia.

- Eu não estou pedindo. - vaca, vaca, vaca. Mil vezes vaca!

Me levantei com pesar, e com minha melhor cara de tédio, todos estavam me olhando, inclusive Harry, quando o olhei só consegui pensar na raiva que ele havia me feito passar. Parei em frente ao quadro negro e comecei a falar:

- Meu nome é Louis, Louis William Tomlinson. tenho 16 anos e só estou aqui nesse lixo de cidade porque fui obrigada a fazê-lo. - todos estavam meio assustados e sem acreditar no que haviam acabado de ouvir, mas eu definitivamente não ligava.

Voltei para o meu lugar, me sentei e olhei para frente, a professora me olhava como quem queria dizer que eu seria um problema pra ela. Bom que ela realmente esteja pensando nisso, para não se surpreender depois.

Justin sussurrou um "Você é louco" para mim que sorri de volta, nessa hora, Harry olhou para trás e nossos olhares se encontraram e ele apenas mexeu a cabeça em reprovação.

(...)

- Oi eu sou Grace! - uma garota que estava na minha frente disse sorrindo.

- Oi, eu sou.. - ela me interrompeu.

- Louis, eu te vi lá na frente, só queria te desejar boas vindas!

Ela era muito bonita, tinha cabelos castanhos com algumas mechas rosas e olhos azuis com um traço preto que formava um lindo delineado, usava óculos e roupas pretas.

- Obrigado! - sorri para ela sinceramente. 

- Você parece ser muito legal. 

- Você também parece ser legal! - sorri novamente e mudei de assunto - Os professores aqui costumam ser tão chatos quanto ela?

- Sim, bom você se acostumar, em alguns dias eu trago cobertor e travesseiro. - ela respondeu e nós gargalhamos, ela era das minhas.

- Não vou negar que já fiz o mesmo! - e gargalhamos novamente.

Todos os alunos me encaravam novamente, e seguido deles, a professora chata.

- Posso saber qual é a piada? - falou com uma expressão brava.

- Nada de mais, só estava contando como eu gosto de dormir em aulas chatas como a sua. - na hora todos que me olhavam desfizeram os sorrisos que estavam em seus rostos, e eu ja sabia que eu estava com problemas.

A professora disse que eu deveria sair da sala, peguei minha mala e guardei o caderno e o estojo que estavam sobre a minha mesa e sai de lá. 

- Tchau Grace, te vejo por aí.

- Com certeza, a gente se vê, tchau Louis.

Enquanto caminhava, ouvi um grupo de patricinhas rindo e uma delas soltou um "já vai tarde". Ainda bem que ela sabe, porque se eu não fosse menino já teria voado na cara dela.

(...)

Assim que saí da sala, estava caminhando pelo corredor quando sinto alguém me puxar pelo braço. Levo um susto e quando viro-me para trás Harry está lá.

- Você ta louco ou algo assim? - ele começou a me dar sermão como sempre.

- O que você quer Harry? Deixa minha vida em paz por favor!

- Seu pai pediu que eu cuidasse de você, mas você não facilita as coisas.

- Não se preocupe, eu me cuido sozinho.

- Percebi, sendo colocado para fora da sala no primeiro dia de aula, isso é definitivamente muito visível. - Harry respondeu irônico.

- Tá bom cara, já não basta estarmos vivendo na mesma casa, não dá para aliviar na escola? Sem contar que eu não esqueci o que você fez hoje de manhã.

- Você acha que eu quero morar com você garoto, você é chato demais!

- E você é uma babac... - sou interrompido por Harry que me puxa para uma sala escura.

- Shhhh... - Harry segurou minha boca.

- Mas que porra? - perguntei sem entender.

- O inspetor quase nos viu no corredor.

- E daí?

- Se ele nos pegasse nós seriamos suspensos ou advertidos.

- Essa é a escola mais chata que eu estudei, e olha que já estive em muitas. - assim que terminei de falar escutamos um barulho vindo da porta.

- Vem cá. - Harry falou me puxando.

Ele sentou com rapidez no chão me colocando em seu colo, em um canto mal iluminado com várias pilhas de livros. Harry cobriu minha boca com suas mãos e me apertou conta seu corpo.

E eu pude sentir o calor dos nossos corpos juntos, nós nos olhamos nos olhos, se nos pegassem ali estávamos encrencados.

Uma moça entrou, olhou em volta e logo fechou a porta. Só assim pudemos respirar.

- Nossa, escapamos por pouco.

- Parece que você tem um imã pra confusão, né?

- Sim, pensei isso hoje cedo. Fazer o que?!

- Então mantenha distância de mim.

- Olhando bem pra você, você não parece ser tão certinho - falei enquanto ajeitei o colarinho da camisa dele.

- Ah, eu não costumava ser, mas minha mãe começou a pegar no meu pé e disse que se eu não melhorasse ela tiraria MaryJane de mim.

- Hmmm... sua namorada é?  Que triste.

- Não seu babaca - ele empurrou meu ombro - é a minha guitarra, não estou namorando.

- Ah qual é, não precisa esconder de mim, não sou ciumento hahaha.

- Você quer que eu te mostre que eu não tenho nenhuma namorada? - ele disse e me empurrou na parede, colando nossos corpos, fazendo com que meu coração acelerasse, me senti derrotado.

- Para de ser idiota Harry, me solta logo. - sussurrei sem sucesso.

- Você não resiste a mim, não é?

- Hahaha, não se iluda Hazza.

- Você ainda dúvida de mim?

- Sim!

- Então o que você acha disso?! - ele disse beijando meu pescoço.

- Para... para por favor. - falei em um gemido.

- Você tem um cheiro gostoso Lou. - ele apertou minha cintura me pressionando ainda mais contra a parede.

- Vamos Harry, me deixe sair, vai logo!!! - eu já estava bravo.

Ele mais uma vez não fez o que eu pedi, em um movimento rápido, me soltei dele e andei até a porta.

- Preciso ir para sala do Diretor. - falei e saí antes que ele respondesse.

O diretor falou as mesmas coisas de sempre e eu voltei para sala.

(...)

My Sweet Brother {L.S.}Onde histórias criam vida. Descubra agora