CAPÍTULO 15

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Já na segunda feira Ale foi falar com Isabelly e ela disse a ele que iria me deixar em paz. Mas quando eu estava saindo ela me para
-Você não precisava meter o Alessandro no meio. Meu problema é com você.
Ela fala colocando o dedo no meu ombro. Dou risada dando um passo pra trás, penso em responder mas percebo que é melhor apenas ignorar, dou alguns passos mas ela me segura pela mochila.
-Quem meteu o Ale nisso foi você, linda. A única coisa que eu fiz foi contar pra ele
Falei irônica, Isabelly levantou a mão, provavelmente pra me bater, mas alguém a segurou. Quando olhei era Ale, ele encarou Isabelly que agora parecia assustada e e então disse
-Isa, cresce!
Passou uma mão pelos meus ombros e foi comigo até o ônibus, deixando Isabelly com cara de tacho.
...
Chegando em casa chamei pela minha mãe, mas para minha surpresa e a de Bianca quem apareceu foi Bruno.
-A mãe de vocês foi no mercado. Estamos só nós.
Ele se aproxima passando a mão pelo rosto de Bi, que se afasta e aperta os olhos, ele se afasta dela e vem até mim, segura forte meus braços e me empurra até a parede. Involuntariamente dou uma joelhada no meio de suas pernas com todas as minhas forças. Ele caí pra trás. Pego o braço de Bianca e a puxo correndo pelas escadas até meu quarto. Quando nós entramos nele tranco a porta, já consigo ouvir a voz de Bruno gritando na escada
-EU VOU TE PEGAR, SUA VADIA!
Com a ajuda de Bianca arrastamos uma cômoda até a porta, mas para nossa sorte ele nem tenta abri - lá.
-Bianca, precisamos contar isso pra mãe.
Bianca estava chorando
-Eu já tentei. Ela não acreditou em mim.
-Se acontecer novamente eu vou contar, Bi
Ela confirma em meio às lágrimas.
...
De noite chamo Becca para vir até minha casa e conto pra ela sobre Carolina, ela diz que eu deveria tentar mandar uma mensagem pra ela daqui a alguns dias e talvez eu faça isso. Fazemos mais uma sessão de regressão, a pior até agora, porque eu lembro do dia da minha morte. A lembrança foi bem confusa, mas eu estava em um carro que estava pegando fogo, Carolina tentava me tirar dele e falava "vai explodir" repetidamente. Acordei assustada e chorando muito. Becca me acalma dizendo que isso é mais um motivo para mim ter a certeza de que vou me acertar com Carolina. Isso me tranquiliza, mas não totalmente, apesar de conhecer Carol a pouco tempo, não sei o que fazer sem ela.
...
Não queria ver a cara de Bruno na hora do jantar, então chamei Becca pra ir na pizzaria e nós fomos. Me distrai conversando com ela sobre coisas aleatórias como unicórnios. E funcionou, por um momento esqueci de que o namorado da minha mãe assediava eu e minha irmã e também esqueci que tinha uma menina com menos de 16 anos querendo me bater no colégio. Só não esqueci da minha briga com Carolina. Porque isso estava realmente acabando comigo.
Fui pra casa ainda era cedo. Pra minha sorte Bruno não estava mais lá. Fiquei um tempo na sala com minha mãe e Bi, assistindo uma série de romance que não sei o nome. Depois subi, tomei um banho e fui até a varanda olhar as estrelas. Lembrei das vezes que as vi com Carolina. Peguei meu celular para ouvir alguma música mas todas as que eu tinha eram ela que cantava. Hesitei em colocar alguma mas não resisti. Passei minha noite na varanda, olhando as estrelas, ouvindo Carolina Rodrigues e chorando por ter brigado com ela. Se alguém me falasse isso a dois meses atrás eu nunca acreditaria. As cinco da manhã senti sono, fui até a cama e deitei, mas ainda estava acordada quando o despertador tocou.
...
Quando entrei no escolar vi que Carolina tinha postado um status. Era uma foto do campo onde eu e ela nos encontrávamos. Nem pensei muito, quando desci do escolar fui direto pra lá. Não era muito longe do meu colégio, apenas torci para que Carol ainda estivesse lá quando eu chegasse.

CarolinaOnde histórias criam vida. Descubra agora