CAPÍTULO 17

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Durante a semana recebi muitas encaradas de Isabelly, mas nenhuma ameaça. Bruno tentou me beijar mais vezes. Mas eu fugi primeiro. Estou apenas esperando o momento certo para contar sobre ele para minha mãe. Fiz mais algumas sessões de regressão, elas estavam me deixando mais felizes ultimamente, qualquer coisa que envolvesse Carolina me deixava extremamente feliz. Carol ficou de me buscar para irmos no campo as 17h00. E pontualmente nesse horário ela estava lá. Desci as escadas com pressa. Eu estava usando um short preto e uma camiseta vermelha. Fazia calor aquele dia.
-Vai onde?
Minha mãe perguntou quando cheguei aos pés da escada.
-Ah... na sorveteria
Menti
-Se for voltar tarde me manda mansagem
-Pode deixar
Mandei um beijo e sai. Não queria contar a minha mãe sobre estar saindo com Carolina, eu não tenho idéia do que ela iria achar disso e não quero correr o risco de ela me proibir.
Quando entrei no carro Carol me recebeu com um sorriso e um abraço. Antes mesmo de me dar oi falou em meu ouvido
-Eu senti sua falta!
-Também senti a sua
Me afastei um pouco e dei um beijo em sua bochecha. Seu sorriso aumentou
-Já que está calor pensei em irmos a praia envés do campo. O que acha?
Eu amava praia, ainda não tinha tido a oportunidade de ir até ela com tempo. Então não pude evitar um sorriso. Carol percebeu e falou
-Pelo brilho nos seus olhinhos acho que gostou da idéia
-Gostei muito!
...
Quando chegamos a praia, que pra nossa sorte estava vazia, sentamos na areia. Fique olhando o mar. Infinito assim como o céu. Segurei meu colar com o símbolo do infinito e apertei forte. Eu precisava ir até o mar.
-Vamos entrar?
Convidei Carol já tirando meus tênis e minha meia. A sensação de pisar descalço na areia era maravilhosa.
-Mas eu não vim preparada pra isso
Disse Carol
-Nem eu, mas vou assim mesmo
Tirei minha camiseta e fui em direção ao mar, apenas de short e sutiã. Quando estava já molhando os pés vejo Carol ao meu lado. Ela estava apenas de camiseta e calcinha. Aquilo me fez sentir coisas que nunca havia sentido antes. Um fogo subiu pelo meu corpo e eu apenas puxei Carol pela mão para dentro da água. Quando já estávamos com a água batendo em nosso peito paramos frente a frente. Uma onda forte nos molhou inteiras o que nos fez rir muito. E em meio as risadas fomos chagando cada vez mais perto uma da outra. Carol segurava meu rosto com as duas mãos e eu segurava sua cintura. Nossos corpos molhados estavam colados. Nossas bocas se aproximavam lentamente. Carol tira os olhos de minha boca por um segundo e olha em meus olhos, depois sorri, fecha os olhos e cola seus lábios nos meus. Fecho meus olhos e me entrego ao beijo enquanto tudo o que ouço além de nossa respiração é o som do mar. Os ventos e o mar parecem estar em sintonia conosco e são calmos, assim como o beijo. Lento e calmo. Carol acaricia meus cabelos enquanto me beija. Nossos lábios parecem conversar entre si indicando exatamente um ao outro o que devem fazer. Sinto sua língua tímida em minha boca. Como se pedisse permissão para entrar. Retribuo e o beijo fica cada vez mais intenso. Porém se mantém lento até o fim. Quando o beijo termina, Carol está sorrindo, um sorriso de orelha a orelha que eu nunca tinha visto antes, isso me faz sorrir também, ela dá um beijo em minha testa enquanto ainda segura meu rosto delicadamente. Depois ela se afasta lentamente e quando eu menos espero ela joga água em mim e cai numa gargalhada.
-Carol!
Reclamo e jogo água nela também, ela para de rir e dessa vez quem começa a rir sou eu. Carol se aproxima e começa a me fazer cócegas
-Carolina Rodrigues, pare com isso!
Tento falar em meio as risadas
-Você não me assusta nem falando meu nome inteiro. É bonitinha demais pra isso
Ela fala sem parar de me fazer cócegas. Quando consigo fugir dela corro para fora da água. Olho Carol vindo em minha direção ainda rindo. Quando ela chega ao meu lado segura minha mão e assim voltamos a sentar na areia. O por do sol está dando um espetáculo em nossa frente, eu não resisto e pergunto
-Vamos aplaudir o por do sol?
Carol me olha com ar de deboche
-Tá falando sério?
-Sim. Vamos, por favooor
Faço cara de cachorro abandonado, levanto e puxo Carol pela mão. Ela levanta rindo. Olho para o céu e começo a aplaudir. Carol aplaude ao meu lado dando risada. Paro de aplaudir e a encaro
-Qual a graça?
Pergunto séria
-Você. É uma gracinha
Ela fala colocando o dedo na ponta do meu nariz. De repente Carol fica séria. Então ela segura minha mão e pergunta
-Maria Lúcia, você aceita namorar comigo?
Sinto meu rosto doer pelo enorme sorriso que abro. Fico um tempo paralisada, sem saber o que fazer. Minha boca abre e fecha várias vezes mas as palavras não saem. Até que finalmente todas elas vem de uma vez
-Sim! Sim, sim, sim, sim, sim!
Pulo em seu pescoço e a abraço. Carol me abraça forte e posso ouvir sua risada baixinha em meu ouvido. Então nos beijamos mais uma vez.

CarolinaOnde histórias criam vida. Descubra agora