50 Tons- Apenas uma noite

Capítulo sem título 2

— Eu acho que você já teve sua cota de perder hoje, Christian.

Christian olha para Jamie e depois para a mesa de sinuca e faz uma careta.

— Garoto, não me provoca, a noite está apenas começando.

— Sim, e você nem se interessou por nenhuma mulher até agora.

— E você já?

— Não sou eu que estou sem namorar há mais de um ano.

Christian tem vontade de esmurrar seu primo por lhe lembrar disso, o moleque só tinha vinte anos e se achava o pegador de Seattle.

— Estou cansado de ser bonzinho com elas, fui tão legal com Blake e o que ela fez? Pisou em mim.

— Esqueça o passado, primo, agora que voltou para Seattle tente seguir em frente, não digo namorar, mas pegar umas garotas, transar, é disso que todo homem precisa.

Não responde e começa uma nova partida, pensa em como Blake o enganou, e sente raiva por isso.

Ele a conheceu em uma festa de um amigo, estava sozinha, era linda com olhos verdes e cabelos loiros, um corpo escultural, saíram na mesma noite e logo começaram a se ver, mas era sempre quando ela podia, nunca quando ele queria e também ela dificilmente atendia suas ligações, viveram isso durante dois meses, até que um dia, ao entrar em um Shopping, ele a viu, posando de esposa feliz e mãe dedicada ao lado do marido e do filho pequeno.

Quis mata-la, estrangula-la, mas preferiu engolir seu orgulho e se distanciar dela, a apagou totalmente de sua vida e de seu coração, e junto com ela toda a espécie feminina também.

— Não te falei.- Jamie fala o vendo errar mais uma bola.

— Porra.- Christian soca a mesa,- vou beber algo.

— E aí amigo, topa um jogo?- Jamie fala para um dos rapazes que estava assistindo o jogo deles.- meu companheiro está sem sorte.

— Vamos ver se você tem sorte ou competência.- o rapaz fala em tom de gozação, pegando o taco de Christian que se dirige para o bar.

Senta-se em um banquinho e pede uma cerveja.

— Oi, bonitão, quer companhia?

Ele olha para o lado e sorri, é sempre assim.

— Não obrigado.- a ruiva com seios turbinados faz um bico e se afasta.

— Posso te pagar algo?- ele escuta uma voz masculina falando, sorri pensando que o povo anda com falta de imaginação para as cantadas.

— Não, obrigada.- escuta uma voz feminina respondendo. Pensa ser a voz mais doce que ele já ouviu, melodiosa e com um leve toque de autoridade, ele se vira e observa a bela morena sentada a alguns metros de distância dele.

A primeira coisa que repara são suas pernas longas, sobe os olhos pela sua saia curta e pensa o que pode estar escondido ali, passeia os olhos pelo seu corpo e para no decote que a camiseta vermelha deixa transparecer, olha para o ombro descoberto e pensa o como seria bom morde-lo, seu pau endurece na hora. Sobe o olhar e dá de cara com o sorriso deslumbrante dela e um par de olhos azuis, brilham e sorriem para ele.

— Gosta do que vê?- a morena fala com a voz mais sensual que  já ouviu na vida. Pensa nessa voz sussurrando em seu ouvido e gritando seu nome e se sente ainda mais duro.

Tem vontade de se levantar e ir se sentar ao lado dela, mas a sua condição atual não permite, ela sorri, talvez percebendo seu embaraço, se levanta e vem até ele.

Para bem ao seu lado, mesmo sentado, fica mais alto que ela , aspira e sente que seu perfume é de uma fragrância cara, exótica.

— Você não conversa com estranhos, ou não gostou do que viu?