Capítulo 10

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Christian conduz Anastásia para fora do hospital, ela carrega a urna com as cinzas do pai, como se fosse um tesouro.

— Temos que ver o que fazer com elas, Anastásia.- Carla fala entrando no carro, quando Christian abre a porta para ela.

— Eu queria ficar com elas por enquanto, mãe.- Christian abre a porta do carro e ela entra também.

— Claro, você fica com elas até decidirmos o que fazer.

Christian dirige em silêncio, está pensando em seu pai, faz tempo que não visita o tumulo dele, desde que foi para a Alemanha, resolver o inventário de seus avós maternos.

— Welch te mandou noticias, Christian?- Carla pergunta.

— Sim, estão em San Diego, minha tia está tão animada, ela tem parentes lá e fazia tempo que ela não os via.

— Que bom, gosto do seu tio, Raymond gostaria dele também.

— Com certeza eles seriam bons amigos.- Christian fala. Olha para Anastásia, que está calada, perdida em seus pensamentos, ele estende a mão e toca o rosto dela, ela olha para ele e sorri fraco. Ele retribui com um sorriso doce.

Fazem o resto do trajeto em silêncio, param o carro em frente a casa de Carla, Christian vê Adam saindo da casa e vindo em direção a eles.

Christian desce do carro, ia dar a volta para abrir a porta para Anastásia, mas Adam é mais rápido e o faz, ela desce e ele a abraça, quase a sufocando. Christian assiste aquele abraço, com os nervos fervilhando.

— Por que não me falaram que iam fazer isso. Queria estar presente lá para você.

— Tudo bem, Adam, Christian nos ajudou.- Carla fala, Christian a olha e sorri internamente com isso.

Encara Adam, que devolve o olhar para ele friamente.

— Obrigada Adam.- Anastásia fala, se desvencilhando do abraço dele.- Mãe, se não se importa, vou para casa, o dia foi cansativo.

— Claro. Me ligue amanhã.

— Sim.- ela caminha até a mãe e dá um beijo nela. Olha para Christian.- me leva em casa, estou sem vontade de dirigir.

— Claro.- Christian fala, se sente triunfante com isso.

— Até segunda, Adam.- passa por ele e entra no carro.

— Boa noite a todos.- Christian fala e entra no carro também. Sai com o carro e olha para Anastásia.- ele sempre gostou de você?

— Sempre, ele é filho de um amigo de faculdade do meu pai, veio fazer estágio conosco, e depois se efetivou, trabalhava na área de advocacia, logo se tornou um dos diretores da empresa, eu era vice, e quando aconteceu tudo, eu assumi a presidência e o coloquei como vice, ele era o único em que eu podia confiar.

— O importante que ele trabalha bem, apesar de que sinto que você não gosta da insistência dele.

— Não que não goste, acho que as pessoas têm direito a escolhas, e às vezes ele me força a querer escolhe-lo, isso não funciona.

Ele fica quieto, essa insistência também o irrita, mas sente alivio ao perceber que Anastásia não quer nada com ele.

— Você parece melhor.- ele fala, olhando um minuto para ela.

— Tenho que estar, Christian.

— Vou estar sempre aqui, para você.

— Eu sei.- ela avista o Edifício dela,- pare perto da Guarita, tenho que digitar um código.- ela fala e ele o faz, - digita você, é cinco, sete, oito, quatro, a y z.- Ele o faz e o portão se abre, - siga em frente, vaga trinta.

50 Tons- Apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora