Entrei no apartamento fechando a porta atrás de mim sem conseguir tirar os olhos de toda aquela bagunça. Eu me pergunto como alguém consegue fazer tanta bagunça em apenas algumas horas. Rolei meus olhos pela sala tentando encontrar algo que pudesse lembrar a sala arrumada e organizada que deixei antes de sair, mas aparentemente não havia nada. Tudo que eu conseguia enxergar era bagunça.
A mesinha de centro estava quebrada, as almofadas do sofá todas jogadas no chão, sendo que algumas estavam ate rasgadas. No chão estavam espalhados livros, cadernos, folhas, porta retratos e enfeites que antes estavam organizados na estante. Para completar a bagunça haviam varias latas de cerveja, três pacotinhos de camisinha usados e roupas espalhados pelo chão fazendo daquela sala uma cena perfeita para um crime.
Eu estava quase achando que Bradley não estava em casa quando ouvi gemidos que mais pareciam gritos vindos do corredor. Joguei minha bolsa em um canto respirando fundo tentando controlar a minha raiva e atravessei aquele lixo que antes eu chamava de sala indo para o corredor afim de me trancar no meu quarto ate que Bradley acabasse com sua festinha para que eu pudesse mata-lo.
Mas assim que cheguei ao corredor pude perceber que os gemidos não estavam vindo do quarto de Bradley como sempre. Fui caminhando vagarosamente tentando distinguir de onde vinham aqueles sons grutais até que cheguei a porta do meu quarto que eu abri sem cerimônia nenhuma e me deparei com uma cena que eu nem em um milhão de anos gostaria de ver. Bradley estava deitado na minha cama – repito: NA MINHA CAMA – totalmente nu enquanto uma garota que eu não reconheci estava montada nele descendo e subindo enquanto jogava seus cabelos ruivos falsificados de um lado para o outro.
Juro que tentei contar ate dez e controlar a minha raiva, como havia aprendido com a minha mãe, mas ver aquela cena no meu quarto na minha cama foi de mais. Como o filho da mão, desgraçado do Bradley pode usar meu quarto para fazer suas farras nojentas com vadias que davam ate pro satanás?
-Seu desgraçado, filho da mãe idiota. – Gritei entrando no meu quarto. Os dois pararam no mesmo instante me fitando com os olhos arregalados.
Eu não falei mais nada, nem conseguiria já que a raiva havia formado um bolo em minha garganta. Tudo o que fiz foi me aproximar dos dois e agarrar os cabelos da ruiva falsificada e tira-la de cima de Bradley. Sem pensar em nada comecei a arrastar a ruiva pelos cabelos pelo corredor enquanto a mesma soltava gritos agudos e me arranhava tentando se soltar, mas minha raiva era tanta que nada do que ele fizesse me faria soltar aquela cabeleira ruiva. Atravessei a sala puxando a garota, abri a porta do apartamento e a joguei do lado de fora totalmente nua. Fechei a porta antes que ela pudesse se levantar e tranquei. Não demorou muito para que a ruiva começasse a esmurrar a porta me xingando e pedindo pelas roupas dela, mas se dependesse de mim ela iria embora pelada.
-Você não podia ter feito isso. – Bradley falou atrás de mim com um tom de voz irritado e minha ira voltou com ainda mais força.
Me virei para Bradley com o maxilar travado e com os punhos cerrados. Acho que Bradley ficou assustado porque deu um passo para trás e abriu a boca para falar, mas antes que ele pudesse pronunciar qualquer palavra cortei o espaço entre nós e lhe dei um soco em seu nariz que começou a sangrar instantaneamente. Brad soltou um gemido de dor caindo de joelhos no chão e eu aproveitei para montar em cima dele e lhe encher de tapas fortes que fazia arder minhas mãos.
-Alexis, para. – Ouvi Bradley dizer, mas eu estava possessa de mais para ouvir na hora.
Continuei a lhe bater ate que ele conseguiu segurar minhas mãos e me derrubar no chão ficando em cima de mim. Tentei a todo custo me soltar do aperto de Bradley, mas ele era muito mais forte que eu e minha luta foi em vão.
-Se acalma, ta legal. – Bradley disse me fitando sem me soltar.
-Eu só vou me acalmar quando eu enfiar uma faca no seu estomago. – Gritei me debatendo.
-Então eu não vou te soltar. – Bradley disse me imobilizando completamente me fazendo ficar quieta.
Minha respiração estava pesada, meus dentes estavam trincados, meu rosto estava quente e tenho certeza que estava vermelho e eu estava completamente irada com Bradley. Como esse maldito dos infernos ter coragem de transar com uma vadiazinha na minha cama? Filho da puta, já não bastava a bagunça que tinha feito no apartamento ele tinha que levar uma vadia nojenta para a minha cama.
-Eu vou te soltar, mas se você começar a me bater outra vez eu juro que te amarro em uma cadeira. – Bradley disse me fitando ameaçadoramente e então me soltou.
Eu tive vontade de socá-lo outra vez, mas sabia que se fizesse isso ele realmente me amarraria na cadeira então só me levantei do chão bufando enquanto minha visão era tingida de vermelho por causa da minha raiva.
-Você não devia ter colocado a menina para fora de casa pelada. – Bradley disse enquanto pegava as roupas da ruiva jogadas no chão.
-Não. Abra. Essa. Porta. Se. Você, Quiser.Viver. – Falei pausadamente entre dentes ao ver que intenção dele era devolveras roupas para a vadia ruiva.
-Mas ela esta pelada. – Bradley disse como se fosse obvio apontando para a porta.
-Foda-se se ela esta pelada ou o caralho. –Berrei assustando Bradley.
-Isso tudo é ciúmes de mim? – Bradley perguntou abrindo um sorriso sacana nos lábios fazendo minha raiva voltar átona.
Caminhei ate ele com o meu melhor sorriso meigo e assim que me aproximei fechei minha mão em punho e o soquei outra vez, porém desta vez o soco pegou em seu olhos e ele soltou um grito de surpresa e dor.
-Porra. – Ele gritou com a mão no olho. – Isso vai ficar roxo.
-Isso é para você ver que nem tudo gira ao seu redor seu idiota. – Falei virando as costas para ir para o meu quarto, mas então me virei para ele outra vez. – Eu não quero saber o que aconteceu aqui,mas se essa sala não estive do jeito que eu a deixei quando sai em meia hora você terá problemas bem maiores do que um simples olho roxo.
Então me virei e caminhei para o meu quarto afim de tirar qualquer resquício de Bradley e sua vadia ruiva de lá. Bati aporta do meu quarto com força só para mostrar para Bradley que eu não estava para brincadeira e fui direto para o banheiro pegar um desinfetante e alguns panos para limpar o meu quarto.
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Olá, meus amoressss!
Esses dois são como cão e gato kk.
O que estão achando?

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Sex, Love and Fun!
ChickLitAlexis Green e Bradley Davis dividem o mesmo teto. Ela estudante de jornalismo, sonhadora e um tanto louca. Ele? Ah, deixo que vocês tirem suas próprias conclusões. Sex, Love and Fun! demonstra as ironias da vida, e como um sentimento pode surgir d...