Não sei por quanto tempo fiquei ali, mas sei que foi por um bastante tempo. Ouvi a porta da frente se abrir e os passos de Bradley ecoarem pelo apartamento completamente silencioso. Eu não me dei ao trabalho de levantar os olhos ou cumprimentá-lo, ate porque estava absorta de mais em meus pensamentos para isso, mas então ouvi seus passos se aproximando da sala e logo depois sua voz ecoar:
-O que está fazendo? – Bradley perguntou confuso por me ver ali no meio da noite.
-Vendo Tv. – Falei a primeira coisa que me veio na cabeça.
-Mas a Tv ta desligada. – Bradley disse se sentando ao meu lado e me fitando. – Você está bem?
-Eu recebi a carta do New York times. – Falei ignorando sua pergunta. – Lembra que me inscrevi para conseguir uma vaga como estagiaria lá?
-Claro, você me expulsou de casa por dois dias para poder escrever o seu artigo. – Bradley disse se sentando de forma a ficar de frente para mim. – E ai você conseguiu?
-Não. – Suspirei abraçando meus joelhos ainda mais forte e fechando os olhos.
-Como assim não? – Bradley perguntou incrédulo. – O seu artigo ficou muito bom, ele tinham que ter te aceitado.
-Ao que parece não ficou tão bom assim para eles. – Murmurei empurrando a carta para Bradley que a pegou e a leu.
-Eu sinto muito Alexis. – Bradley murmurou colocando a carta em cima da nova mesinha de centro.
Ficamos em silencio por vários minutos enquanto eu continuava a fitar o ponto fixo na parede e Bradley parado ao meu lado virado para mim, mas sem me olhar. Depois de alguns minutos naquele silencio horrível me aproximei de Bradley e me aconcheguei em seu peito abraçando-o apertado. Eu normalmente não faria aquilo, mas eu precisava de um abraço, precisava de alguém me consolando e ele era o único perto o bastante para fazer isso. Eu pensei que Bradley iria me afastar dele ou levantar e ir para o seu quarto, mas ao contrario disso ele me abraçou de volta tão apertado quando o meu passando a mão levemente pelo meu cabelo.
-Isso é tão frustrante. – Sussurrei com os olhos cheios de lagrimas. – Esse era o meu maior sonho e eu me dediquei tanto naquele artigo para eles simplesmente dizerem que não foi bom o bastante.
-Eles são uns idiotas que não sabem o talento que você tem. – Bradley também sussurrou me apertando ainda mais contra seu corpo.
-Talvez eles estejam certos, talvez eu não seja boa o bastante para isso. – Falei fungando. – Eu não consigo nem mesmo um lugar como escritora no Daily News.
-Não diga isso. – Braldey falou levantando meu rosto para olhar em meus olhos. – Você é ótima no que faz e gosta o que é ainda mais importante. Se eles não vêem o seu talento eles são todos uns babacas que não merecem você trabalhando para eles.
-Se eu tenho tanto talento porque não consigo nem realizar o meu maior sonho? – Perguntei chorosa.
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Sex, Love and Fun!
ChickLitAlexis Green e Bradley Davis dividem o mesmo teto. Ela estudante de jornalismo, sonhadora e um tanto louca. Ele? Ah, deixo que vocês tirem suas próprias conclusões. Sex, Love and Fun! demonstra as ironias da vida, e como um sentimento pode surgir d...