— Quem é você? — eu perguntei.
Aparentemente era um cara jovem contando sua vida inteira pra mim. Mas eu não tive medo dele.
— Você não lembra de mim? — ele perguntou de volta.
— Eu deveria lembrar?
— Nós éramos...
— Você não deveria estar aqui, rapaz — o médico entrou na sala e tirou aquele moço do quarto.
— Doutor, cadê meus pais? — perguntei, massageando minha cabeça.
— Eles estão na sala de espera, mas tem uma pessoa que gostaria de te ver.
E quando a porta se abriu.
Lá estava Dexter.
Finalmente alguém que eu conhecia.
— Dexter! — gritei.
— Calma, não faça esforços, eu vou até você — ele cuidadosamente me abraçou. — Assim que eu soube, vim correndo te ver.
— Como assim? Onde mais você estaria?
— Você perdeu muita coisa... mas é muito bom te ver, estava morrendo de saudades.
— Nesse tempo que eu perdi, você perdeu o bv? — perguntei, surgindo um sorriso malicioso.
Ele riu.
— Você nem vai imaginar quem tirou. Mas tem algo que eu quero te pedir.
— O que?
— Alec. Eu conversei com ele e ele tá muito mal, você precisa conversar com ele, Jay.
— Alec quem?
— Aquele rapaz que acabou de sair daqui.
— Mas eu nem conheço aquele maluco!
— Só... conversa com ele. Logo logo você vai receber alta, e logo logo eu vou ter que voltar pra meu intercâmbio. Mas quero que me de sua palavra.
Eu sorri, beijei o peito das suas mãos, e fiz que sim com a cabeça.
— Se você se importa tanto com esse rapaz, então sim...
— Você se importa com ele, Jade. Um dia, vai me agradecer por isso. Eu te amo numa extensão que você não entende, por isso faria qualquer coisa por você.
— Também amo você, Dê.Depois que Dexter saiu, eu pude escutar o que ele e o médico conversava.
— E aí doutor, é grave?
— Jade está com Amnésia parcial temporária, então não. Não é tão grave se pudermos reverter a situação. Ela precisa descansar. Mas os remédios que estamos dando pra ela, vai ajudar. A mente dela precisa de descanso.E depois que ele disse isso, eu dormi.
Abrindo devagar os meus olhos, aquele rapaz, o Alec, estava sentado ao meu lado.
— Não vou desistir de você. — ele falou — Mas se quiser que eu vá embora, faço isso.
Eu segurei seu dedo mindinho com meu dedo mindinho e ele olhou pra mim.
— Nós realmente tínhamos alguma coisa? — eu sorrateiramente pergunto, e minha voz quase não sai.
— Sim.
— Você gosta de mim?
— Eu amo você.
Aquilo me assustou. Demais. Eu não entendia. Não o conhecia. E como em um ano eu poderia fazer alguém me amar?
— Seus pais querem falar com você. Eu desisti de fugir, como você sabe. Mas eu sei que não mereço você, então vou embora da sua vida, gatinha.
Eu não sei o que eu senti quando ele disse isso. Mas se um dia ele fez parte da minha vida, talvez a antiga Jade ficasse muito decepcionada.
Mas eu não disse nada.
E ele foi embora.
*******
Meus pais entraram no quarto, enquanto descia uma lágrima dos meus olhos.
— O que ele fez com você? — meu pai falou, estressado.
— Nada — limpei o canto dos meus olhos. — Só estou lacrimejando.
*******
"Porque beijar, qualquer um beija, ficantes ou namorados.
Mas um carinho de dedo
são só para apaixonados."
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O melhor amigo da minha melhor amiga 3
Teen FictionAnos se passaram e Mari e Lucas já tinham sua filha com 15 anos, chamada Jade. Crescida com Dexter (filho da Susan) a menina vai viver um triângulo amoroso, e seus pais não ficarão nem um pouco contentes.