Witch secret?

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—Então vocês não vão querer visitar meus pais? — perguntei, desapontada.
—Muito pelo contrário, ficarei feliz em revê-los. Afinal, são amigos de adolescência, pra poucos!
Eu dei uma risada falsa mas estava empolgada, tenho que admitir.

—Mamãe? —liguei para minha mãe para avisa-la. Ela podia ser brava mas se eu conversasse com ela, talvez ela me entendesse.
—Onde você está?
—No colégio —disse.
— Posso saber o que você tá fazendo?
—Eu preciso que você me entenda.
—Você sabe que eu gosto do Alec. Você aceita falar com os pais dele? —cuidadosamente, as palavras fluem da minha boca.
—Filha, você sabe que seu pai é um pouco temperamental. Mas posso fazer isso por você. Ele estará numa reunião amanhã quando vierem, e depois eu converso com ele.
—Obrigada,  mãe! Sabia que podia contar com a senhora, te amo.

Desliguei o telefone. Alec havia ouvido tudo mas seu rosto era preocupado.
— O que aconteceu?
—Tem uma coisa que você precisa saber sobre mim antes de ir a frente com isso, Jade.
Ele nunca me chama de Jade.
—Você nunca me chama de Jade.
—Preciso que me ouça bem.
Quando ele abriu a boca pra falar, os pais de Alec gritaram no portão e ele me depositou um beijo na testa.
—Deixa pra lá. —foi o que terminou de dizer.
Eu fui indo até o Clube da vovó que era quase ao lado da escola. E liguei pra mamãe novamente pedindo pra ir dormir na casa da minha avó.

Eu estava realmente chateada com papai mas o entendia como filha.
Quando finalmente peguei meu celular, Alec havia deixado uma mensagem com sua voz de sono:
—Oi gatinha, me desculpa por assustar você. Sou gamado pelo seu sorriso! Ah, depois conto o que tenho que te falar. Dorme bem, te vejo amanhã.

Eu dei um sorriso mole. Eu era muito fraca pra competir com isso.

O melhor amigo da minha melhor amiga 3Onde histórias criam vida. Descubra agora