Qual seu plano?

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2 meses depois

Eu passeava com o cachorro Sebastián na rua. O cachorro não era meu. Comecei a pegar ele na casa da Sr. Johnson pra passear porque essa era a hora que minha mãe voltava do trabalho pra almoçar, e eu não gosto de me esbarrar com ela.

— Tá passeando com cães agora? — avisto Alec na rua, e ele me pergunta isso num tom sarcástico.

— Só com ele, e não tem fins lucrativos nisso. Só relaxar — sorri — Você desistiu de sair do país? É por isso que você veio né? Pra ir embora.

— Bom, eu não desisto tão fácil assim. Eu só estou tramando as coisas bem.

— Contanto que não sobre pra mim — comentei, e sai andando.

— Na verdade... — Alec começou a dizer vindo atrás de mim.

— Não, Alec...

— Só uma ajudinha, por favor.

— Por que você não pede à Cassandra? — perguntei, falando da morena que eu o vi pegando alguns meses atrás.

— Quem? — ele fez uma cara perdida e depois mexeu a cabeça — Seja quem for, ela não é você. Qual é, só você sabe disso.

Eu mordi o canto da boca, e revirei os olhos.

— O que você quer?

E ele sorriu. O tipo de sorriso que a gente dá quando consegue algo ou quando planejamos fazer algo muito, mas muito ruim.

Nós deixamos Sebastián em casa e eu fui escutar o que Alec queria comigo.

Entramos numa doceria e ele pediu 2 capuccinos pra nós.

— Dá pra falar logo que ideia maluca passa pela sua cabecinha de vento?

Ele não me responde. Ao invés disso pega um maço de cigarro. Atrás dele havia um aviso "Proibido Fumar 🚫"

Eu o mostro e ele guarda o cigarro na carteira.

— Se continuar assim você vai morrer. —avisei.

— Mas eu já estou morto por dentro.

Eu reviro meus olhos, e ele finalmente começa a se explicar:

— Eu quero muito sair desse país, mas meus pais nunca me deixariam ir embora, entende?

— Bom, Alec... Eu já sei disso tudo.

— Você já me ajudou a sair do colégio, a tirar boas notas...

— Você poderia, por favor, ir direto ao ponto? — estava começando a me estressar.

— Ah, deixa pra lá, era só um pedido idiota. Esquece — Alec se levanta da mesa, deixa uns trocados e sai.

Eu saio em seguida.

— Alec! O que foi? Você tá sem grana? — perguntei, preocupada.

— Não, não é isso. Eu tenho dinheiro, só que preciso de 3 mil dólares pra conseguir sair daqui e me estabelecer aqui, não posso tirar dos 2k que consegui até agora para o aluguel.

— Como assim? Você não estava morando com seu amigo/chefe?

— Acidentalmente nós brigamos e eu fui expulso/demitido. — Alec sorriu de lado, se sentindo culpado.

— Bem, se você quiser, pode ficar lá em casa, afinal, falta tão pouco pra alcançar seu objetivo.

— Ah, não. Se você me arranjasse algum contato de alguém legal já seria muito, eu não conheço muita gente ali e agora os que eu conheço devem estar chateados pela minha briga com o Maicon.

— Não seja bobo, Alec. É claro que você pode ir pra minha casa. É só mais um mês.

Ele recuou mas acabou aceitando.

*******

Mamãe entrou no quarto e eu sou obrigada a tirar meus fones de ouvido.

— Jade?

— Hum? — faço.

— Eu contratei dois novos empregados hoje pela manhã e eles vão ficar com os quartos de hóspede enquanto a casa não entra em reforma. Só tô avisando pra você não se assustar se entrar em algum deles e ver alguém que não conhece.

— Mas mãe...

— Algum problema?

Eu pensei por um instante.

— Não, problema nenhum...

Assim que a minha mãe saiu do quarto eu liguei pra Dexter.

— D?

— Oi, Jay. O que manda? — ele responde, suavemente.

— Eu preciso de um favorzinho seu...

O melhor amigo da minha melhor amiga 3Onde histórias criam vida. Descubra agora