Uma semana se passou. Eu não tinha notícias do Alec. Eu mal o via pela escola, e havia até esquecido por um tempo da sua existência.
Até que alguém me fez lembrar.— Jade? — a diretora me chama a atenção — será que podemos conversar por um instante?
Meu coração gelou. O que será que ele tinha aprontado?
Entrei na sala e ela começou a falar:
— Eu queria agradecer por tudo que você fez por aquele jovem, por ter acreditado nele. E peço desculpas pela desconfiança em você.
— É sério é?
— Sim. Por que não seria? Sempre soube que você tinha dom de enxergar o bem onde ninguém mais vê.
— Ah, — sorri nervosa — que nada.
Clhoe finalmente me liberou e eu fui a procura de Alec.
O encontrei já fora da escola, o lugar era meio escondido e dentro do mato e eu só o encontrei porque visitava muito aqui quando era mais nova.
— O que tá fazendo aqui? — questionei, dando um pequeno susto.
Ele olhou pra trás e quando me viu, retornou a olhar o nada.
— Sai pra fumar — ele tinha um cigarro no canto da boca, mais um escorado na orelha e o maço jogado no chão.
— Você fuma? — pergunto, assustada, dando um passo pra trás.
— É o que parece.
— Por que? Você não é assim — eu estava parecendo muito uma daquelas crianças na fase do "porquê" mas não pude evitar.
— Porque sim, gatinha. Você não me conhece. Minha vida já é uma droga mesmo, deixe que meu pulmão também seja. Eu não sou uma boa companhia pra você, vamos, procure por seu amigo Dexter, ele vai saber o que fazer.
Sem responder mais nada, me levanto devagar e volto para a escola.
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— Ele estava fumando! — exclamei alto — bem na minha frente, entende? Ele nem se preocupou com o que eu iria pensar ou...
— Tudo bem, ele já é grandinho, sabe o que faz — Dexter rebateu.
— Não, não sabe! Ele é imprudente, simplesmente imaturo, uma criança.
— Pare de se preocupar, Jay. Vai ficar tudo bem, só não se envolva mais. Agora vamos, temos educação física.
Dexter me puxou pelas mãos e me levou até a quadra.
Eu ainda estava nervosa pelo o que havia visto, mas tentei relevar.
Aviso Alec no bebedouro e o alcanço a tempo. Bebo água junto a ele.
— Oi de novo, gatinha.
— O que tá fazendo aqui?
— Se todo lugar que a gente se encontrar, você me fizer essa pergunta, vou ficar irritado.
Sorri.
— Te arranquei um sorriso, legal! Você vai jogar?
— Não, vim só ver o Dexter. Eu não jogo muito bem.
Ele ergueu a sobrancelha quando uma loira do terceiro ano passou e soltou uma risadinha maliciosa.
— Vocês, homens, são nojentos! — comento, revirando os olhos.
— O que? Não! Eu não olhei pra ela.
Retornei à quadra e quando menos espero, sou atingida por uma bola no meio do rosto! DROGA.
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O melhor amigo da minha melhor amiga 3
Roman pour AdolescentsAnos se passaram e Mari e Lucas já tinham sua filha com 15 anos, chamada Jade. Crescida com Dexter (filho da Susan) a menina vai viver um triângulo amoroso, e seus pais não ficarão nem um pouco contentes.