Nada para faz... amar!

53 4 0
                                    

ANANDA.

Eu já estava impaciente. Não havia mais o que arrumar em meu quarto, todas as tarefas da escola feitas! Já havia lido e relido os jornais, escovado os cabelos e terminado os novos discos que a Lara me emprestou.
Fui ao jardim e colhi flores novas para o quarto e a sala. Hoje seriam cravos e um enorme girassol.
Observei mamãe enquanto costurava uma roupa de bicho, outra encomenda dos artistas.
Acabei parando sentada no parapeito da janela do meu quarto, um livro na mão que eu mal conseguia me concentrar. O Sol estava começando a ir embora, o céu era uma mistura de tons alaranjados, nuvens branquinhas é brisa leve balançando as folhas das árvores.
Então eu te vi, descendo a rua com a bicicleta. Sua camisa semi aberta e cheia de terra, o cabelo desgrenhado e as bochechas avermelhadas.
Parou no portão, me viu, sorriu e piscou. Foi o suficiente para gelar-me o coração.
Então corri! Finalmente você tinha chegado!

Um dia Qualquer em 1964Onde histórias criam vida. Descubra agora