It Meant Everything

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NOTA: Se tiver alguma coisa bagunçada, perdoa. Não tive tempo de revisar. Antes que vocês me agradeçam... De nada!!!! hahahaha

KAT

Depois que Dominique saiu do meu quarto eu só conseguia chorar. Parecia que eu ia implodir, sentia meu estomago queimar. Tinha tanta coisa em jogo, não era certo com Ray. Mas ao mesmo tempo eu fico me perguntando: "E eu? O que é certo comigo? O que eu quero?". O sentimento de reprimir a minha própria felicidade já estava sufocante. Me deixava angustiada. Já tinham passado um par de horas e eu só conseguia rolar na cama e sentir cada impulso do meu corpo me fazendo querer levantar dela. Quando dei por mim, já estava de pé, em frente ao quarto Dela e já tinha batido tantas vezes, sem obter resposta, que já estava quase voltando pro meu quarto, quando ouço a porta.

Dominique estava com os olhos inchados, tive certeza de que ela havia chorado tanto quanto eu. E com cara de sono. Devo tê-la acordado. Praguejei mentalmente por não ter olhado a hora. Ficamos paradas uma olhando pra outra por alguns segundos, ou minutos, talvez. Ela escorada na porta, claramente esperando que eu falasse alguma coisa.

- Significou tudo pra mim. Mudou alguma coisa dentro de mim. Cada beijo que nós demos. Eu não parei de pensar neles nem por um segundo desde que aconteceu. Desde aquele primeiro beijo no ensaio. - Eu comecei a falar tudo muito rápido. Dominique, no susto pelo que eu estava falando ali, parada no corredor do hotel, me puxou para dentro. Colocou a cabeça pra fora do quarto, conferindo se não tinha ninguém que pudesse ter escutado, e então fechou a porta. Eu continuei falando durante todo o processo, antes que perdesse a coragem - Você não é uma crise pré casamento. Nada disso acontece só quando estamos muito próximas por causa das nossas personagens. Eu não consigo ver você beijando outra pessoa sem que isso me afete profundamente. - Eu tinha feito uma lista na minha cabeça, eu precisava falar tudo. - Eu não consigo ter você perto de mim sem querer te tocar. Não to conseguindo ficar um dia sem pensar em você e no quanto eu sinto sua falta quando você não está por perto. Dom, eu não sei mais o que fazer com esses sentimentos - Eu procurava seu olhar, ansiando por alguma reação dela.

Dominique ficou parada, me encarando, sem dizer uma palavra. Eu queria ter poderes de telepatia pra saber o que ela estava pensando. Me aproximei dela com pressa, não aguentava mais aquela agonia da espera. E mais uma vez, com o corpo tomado por uma coragem que eu, até então, desconhecia, empurrei Dominique com o meu corpo até a parede mais próxima, atrás dela, e a beijei.

Esperei que ela me empurrasse e como isso não aconteceu, investi mais, pedindo passagem com a minha língua, entre os seus lábios, o que prontamente aconteceu. Eu precisava sentir o gosto da boca dela novamente. Pressionei o corpo dela contra a parede e ouvi uma respiração pesada. Não sabia ao certo se era minha, ou dela. Dominique afastou um pouco nossos lábios, e eu abri os olhos achando que ela me expulsaria dali. Nossos corpos ainda estavam colados um no outro contra a parede.

- O que você está fazendo? - Ela sussurrou, pousando as mãos em meu rosto, acariciando delicadamente com o polegar. Eu ainda estava tentando controlar a respiração, acho que pela ansiedade de ter finalmente conseguido dizer tudo o que queria. Dei mais um beijo nos seus lábios, prendendo o inferior entre meus dentes, antes de soltar e responder

- Parando de fugir. - Imediatamente suas mãos foram parar em minha nuca, enquanto as minhas tentavam memorizar cada pedaço da lateral do seu corpo. Vez ou outra puxando sua cintura contra mim, recomeçando o beijo com ainda mais intensidade. Sentia sua língua na minha, acariciando e me causando arrepios em lugares que eu nem imaginava que pudesse sentir. Dominique, entre o beijo, passava a língua no contorno dos meus lábios e aquilo me fazia querer meu corpo mais perto do dela, só que sem roupas.

Àquela altura meu cabelo já estava bagunçado com os leves puxões que Dom me dava perto da nuca e eu ficava louca, pressionando meus dedos contra a pele de suas costas, agora por baixo do pijama. Eu estava decidida a ir até as vias de fato, e comecei a levantar sua blusa, quando sinto suas mãos parando as minhas. Ela me deu um beijo nos lábios e seguiu para o meu queixo, depois ficou distribuindo mais beijos com seus lábios quentes na linha do meu maxilar. Apertei suas mãos em resposta a fim de que ela soubesse o que estava causando. E então ela sorriu, com os lábios perto da minha orelha, mordiscou a mesma de leve e voltou o rosto para a frente do meu. Só minutos depois eu percebi que ela tinha parado, então eu abri meus olhos e lá estava ela, me olhando com um sorriso desafiador nos lábios. Eu adorava aquilo. Eu amava todos os sorrisos que ela dava. Até os que não eram pra mim.

When You Let Your Heart Win - (Brovost)Onde histórias criam vida. Descubra agora