Capítulo 32

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Manoella Narrando

— Está tudo prontinho Estela, entrega todos esses papeis para o James — Eu falava para minha nova assistente enquanto entregava uma pasta cheia de contratos.

— Ele saiu agora para almoçar mais deixarei um bilhete avisando — Ela falou e eu assenti.

— Mana tenho uma babado para te contar — Erik entrou na sala assim que Estela saiu

— Bom dia primeiramente né.

— Aff, então vai direto ao assunto — Ele revirou os olhos me fazendo rir — Tou com um boy novo e estamos quase namorando.

— Sério? Por isso que anda bem feliz esses dias né Erik

— Claro amor, ele me come todo dia — Ele falou me fazendo gargalhar

Ele não prestava, era um viado muito safado e sem vergonha.

— Seu safado.

— Sou assim mesmo e meu boy ama — Deu de ombros

— Quero conhecer esse ser.

— Vou levar ele na festa da empresa.

— Que bom — Srri, olhei no relógio e marcava quatro horas — Tenho que ir para casa.

— Tá amore, beijos — Ele me abraçou, peguei minha bolsa e sai da sala.

Passei por algumas pessoas cumprimentando todos com um sorriso, sai da empresa e esperei meu carro com o manobrista que trouxe até mim. Conectei meu celular no carro via Bluetooth e coloquei uma música, passei no Mac e comprei um lanche para mim e pro meu filho, eu não vou dividir minha comida.

— Cheguei — Falei assim que entrei em casa

— Mãe — Mateus sorriu ao me ver.

— Oi denguinho — O peguei no colo beijando seu rosto — Já tá liberada Silvia, obrigada.

— De nada, é um prazer ficar com ele — Ela sorriu — Tchau — Beijou meu rosto depois do meu filho.

— Amor, eu vou banhar — Falei para o Mateus — Fica quietinho ai.

Fui na cozinha e tomei água, deixei a sacola do Mac em cima da mesa e sai a procura do meu homem que devia está dormindo. Tirei meus saltos e peguei minha bolsa subindo com eles nas mãos, fui no meu quarto e ele não estava. Joguei minha bolsa e meu salto em um canto e fui ver a caixa que estava na minha cama.

Sorri pensando em ser uma surpresa de Gustavo, abri a caixa e assim que vi o que tinha dentro meu sorriso desmanchou. Várias fotos do Gustavo se encontrando com Luane e ainda tinha uma carta. Peguei a carta e fui ler:

"Do que adianta morar com ele? Ter um filho com ele? Sendo que vive uma mentira. Filho não segurou seu Gustavo né querida, quando eu voltei não sabia que ele estava tão deprimido. Ele me conta cada coisa e eu sempre o consolando, parece que você não tem tempo para ele e nem o segurou. Estou aqui te falando TUDO porque sempre fui apaixonada nesse homem e você o roubou de mim, mais agora ele veio atrás de mim. HAHAHAHA essa você não ganhou Manoella Aguillar"

Eu tremia e lágrimas desciam sem parar, parece que eu perdi meu chão.

Tudo tá desmoronando de vez, era isso que ele escondia de mim. Era por isso que ele andava todo estranho comigo, mas a minha dúvida é porque ele me pediu em casamento? porque ele tava dizendo que ainda me ama sendo que tava com ela? porque ele não me falava os problemas dele?

Eu suspirei e retomei minha postura, coloquei tudo dentro da caixa e fui para o closet tirando minha mala de lá. Coloquei as roupas que eu consegui levar assim como as outras coisas, fui no quarto do Mateus e fiz a mala dele também. Tomei um banho rápido depois desci com as malas, Mateus ria assistindo o desenho.

— Mamãe? vamo pla onde? — Ele perguntou ficando em pé no sofá

— Você e a mamãe vai viajar — Seguro o choro e abro um sorriso.

— E o papai vai?.

— Dessa vez não, só você e a mamãe.

— Mais quelia o papai — Ele sentou fazendo bico

— Agora não Mateus, vou deixar as malas no carro e já venho te buscar.

Coloquei as malas no carro depois voltei para pegar Mateus que segurava seu dinossauro nas mãos, fui na cozinha e peguei o lanche que comprei. Desliguei a TV e peguei o Porta retrato que tinha nós três sorrindo, abaixei e neguei com a cabeça.

— Vamos — Chamei Mateus com a mão e ele veio até mim todo triste

— Quelo o papa.

Não respondi só o coloquei na cadeirinha e sai daquele lugar indo direto para o Aeroporto.

Gustavo Narrando

Cheguei em casa e estava tudo em silêncio, isso é bem estranho pois geralmente Manoella brincava com Mateus e se podia ouvir a voz dos dois de longe.

Fui na cozinha e eles não estavam, subi para o quarto do Mateus e estava vazio e bagunçado. Fui para meu quarto e estava do mesmo jeito, o que me chamou atenção foi aquela caixa em cima da cama.

A caixa já estava aberta, arregalei os olhos quando vi a foto e depois li a carta.

Tudo é mentira, aquela vadia mentirosa. Corri para o closet e vi que a mala da Manoella não estava mais lá como a maioria de suas roupas havia sumido.

— Não Não Não —  Eu negava, peguei meu celular discando o numero da Manu que só dava caixa postal.

Liguei várias vezes para ela e dava a mesma coisa, decidi que não iria ficar parado aqui chorando. Sai de casa entrei no carro e fui direto no apartamento da Luane, assim que cheguei fui direto no seu andar e bati na sua porta frequentemente.

— Nossa não soube esperar alguns minutinhos...

— O que tu disse para minha mulher em sua vagabunda — A peguei pelo braço a trazendo para a sala

— Calma benzinho, eu só falei a verdade — Sorriu — Agora se livramos da vadia e do pirralho, podemos ficar juntos

— Fala direito dá minha família, eu e você não tivemos, não temos e nunca vamos ter nada.

— Benzinho...

— Cala a boca sua desgraçada, eu disse para você que iria te dar a merda do dinheiro porque não esperou?

— Eu te amo Gustavo, aquela mulher te roubou de mim e ainda te deu um golpe da barriga. Você sabe que temos o mesmo patamar e sei que você me ama também. Se não quis deixar ela por causa do pirralho podemos ter mais bebês — Sorriu se aproximando

Ela tava completamente maluca.

— Luane coloca uma coisa na tua cabeça que eu não gosto de você, que eu amo minha mulher e que nunca iria trai ela.

— EU AMO VOCÊ GUSTAVO, EU NÃO SOU MALUCA

— Só doida, psicopata.

— Eu mandei aquela caixa para ela ir embora e não voltar nunca mais.

— Você é doida.

— Eu não queria seu dinheiro benzinho, só estava te ameaçando para você passar mais tempo comigo — Riu passando a mão no meu corpo, eu desviei

— Eu vou atrás da minha mulher e explicar tudo.

Assim que estava passando pela a porta um vaso acerta a parede

— Seu desgraçado, eu quero meu dinheiro agora — Ela gritou — Se não trazer meu dinheiro até amanhã eu mando matar aquela mulher e aquele pirralho

A Marrentinha do Popular #3 (2017)Onde histórias criam vida. Descubra agora