Capítulo 46

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Manoella Narrando

Tudo estava escuro, eu andava descalça por um laberinto e parecia que eu corria em círculos. Eu estou cansada mas não paro de correr, as lágrimas desciam pelo meu rosto e só ouvia vozes distantes pedindo pra eu voltar e outras coisas que eu não conseguia entender direito.

As vozes eram frequente mas agora a última voizinha fez eu lutar mais e correr muito para achar uma saída.

— Oh meu Deus, me ajuda — Choro deslizando até o chão, passo a mão no rosto.

Fico minutos assim até que alguém me chamar, eu me levanto e logo uma mulher loira com um vestido branco anda até uma porta aberta com luz.

— Ei, me ajuda — A chamo correndo atrás dela

Assim que entrei, ela estava sorrindo para mim.

— Gisele?

— Eu mesma — Sorriu — O que você esta fazendo aqui Manu? Você tem que voltar.

— Gisele eu quero muito voltar mas eu não consigo. Parece que eu estou correndo em círculos

— Eu já passei por isso, mas meu tempo na terra terminou — Falou — Você ainda tem chance e tem que voltar pelos meus netos e meu filho.

— Meus filhos — Sorrio ao me lembrar deles — Me ajuda Gisele, me ajuda

— Não posso fazer mais nada Manu, agora tudo é com você. Resista.

Assim que ela terminou de falar sumiu como mágica, eu olhei para trás e vi que alguns lugares do laberinto estava um pouco iluminado. Corri para lá e a porta se fechou, corri muito e lá vi um grande porta branca.

— O meu Deus — Gritei — Muiito Obrigada, eu vou viver minha vidinha, não normal porque sabes que vida de Manoella Aguillar nada é normal — Rir comigo mesma

Acordei com minha cabeça dolorida, olho para lado e vejo paredes brancas com cinza, noto que estou usando uma roupa dehospital, logo uma moça entra no quarto e arregala os olhos.

— Oi?

— Oh meu Deus, espera um segundo Manoella — Ela sorriu saindo apressada.

Olho tudo ao meu redor, passo a mão na minha barriga e me desespero ao ver que meu bebê não está mais aqui comigo, logo a moça volta ao lado de um médico.

— Por favor, me diz cadê meu filho?

— Calma Senhorita, seu bebê está bem —  O medico sorriu anotando em um papel — E pelo visto você esta bem.

— Parece que a visita do filhão fez muito bem — A enfermeira sorriu olhando nos aparelhos.

— O que aconteceu?

— Você está em coma mas seu caso não era muito grave. Seu filho veio te ver ontem, parece que foi um bom remédio.

— Nossa, Meu Deus.

— E o pequeno Bruno nasceu e já está em casa. Faz uma semana que ele saiu do hospital.

— Que bom — Suspiro — Quanto tempo fiquei desacordada?

— Quase três meses — Arregalei os olhos — Mais ainda bem que você acordou — A enfermeira diz.

— Eu quero meus filhos, por favor quero falar com meu marido.

— Calma Manoella, temos que fazer uns exames e a Enfermería irá ligar para eles.

Gustavo Narrando

— Iae gostou da escolinha? — Pergunto para Mateus assim que ele chega na sala.

— Sim Papai, os meus primos vão estudar tudo lá — Mateus se sentou ao meu lado balançando a cabeça

— É eu sei.

— O meu irmão vlai comigo?.

— Ele ainda está pequeno, depois de um tempinho ele vai — Expliquei.

— Ah tá — Balançou a cabeça.

Uns minutos depois Sílvia chegou e foi levar o Mateus para o banho, eu aproveitei pra ver o Bruno. Nos primeiros dias a minha sogra dormiu aqui em casa depois de um tempo eu peguei o jeito com as duas crias.

— Gustavo querido, Telefone para você — Amália apareceu no quarto do Bruno.

— Tô indo — Falei saindo do quarto e ela ficou fazendo companhia pro pequeno.

Peguei o telefone e uma enfermeira falava que era o Hospital que a Manoella estava.

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim, mas não podemos falar pelo telefone. Venha mais rápido possível — Ela falou rápido e desligou

Meu coração disparou, subi correndo para o quarto pegando minha carteira e minhas chaves. Avisei Amália que iria sair pro hospital e liguei para Clara avisando a ela ir pra lá também.

Cheguei no hospital e como recepcionista já me conhecia ela mandou eu ir direto. Cheguei no corredor que a Manoella estava e vi o médico dela no corredor.

— Aconteceu alguma coisa com minha mulher Doutor? Por favor não me fala que...

Não término de falar pois ele me interrompe.

— Calma Gustavo, não é nada disso que você está pensando.

— Não? E o que aconteceu? — Suspiro passando a mão pelos meus cabelos

— A Manoella não estava em uma condição de risco, ela estava indo bem aos tratamentos e depois da visita de você e seu filho a Manoella melhorou muito — O medico explicou com um sorriso no rosto.

Eu tava tentando procesar isso tudo, se tava tudo bem com ela quer dizer a Manoella...

— Venha ver você mesmo — Ele me chamou entrando no quarto.

Eu entrei no quarto e antes de eu ver ela já podia ouvir sua gargalhada que fez meus olhos encherem de lágrimas.

— Fez cócegas — Sua voz fez meu coração disparar

E quando a vi pareceu como se fosse a primeira vez anos atrás naquela pista de Skate. Manoella Aguillar estava acordada na minha frente me olhando com um sorriso no rosto.

Aquele sorriso que eu sou apaixonado.

— Vamos deixar vocês a sós — A enfermeira falou saindo com o Doutor.

— Oi amor, não vem me abraçar?.

— Meu Deus — Caminhei até ela e abracei a mesma

Todos os sentimentos era disposto naquele abraço, minha mulher estava acordada e na minha frente.

— Estava com muita saudades — Falei beijando seus lábios.

— Eu te amo muito, você e nosso filho foi o meu remédio — Ela sussurou perto dos meus lábios.

— Eu te amo mais que tudo Manoella.

A Marrentinha do Popular #3 (2017)Onde histórias criam vida. Descubra agora