Capítulo 28

2.6K 150 69
                                    

Quando Ana se aproximou o suficiente de mim, ela sussurrou baixinho: 

- Eu não acredito que aquele idiota encostou nos teus lábios... - ela disse enquanto passava o polegar sobre meus lábios - Esses lábios que são tão meus... - ela tirou o polegar de onde estava e fez um carinho na minha bochecha - Sabe? Minha vontade foi jogar pro espaço o fato de que tu disse que tínhamos terminado tudo ali e socar a cara daquele idiota. - ela foi descendo sua mão, contornando meu corpo - Mas eu não fiz. 

- Ana... - eu suspirei baixinho quando sua mão apertou minha bunda, juntando nossos corpos de vez. 

- Dois dias sem te ter Vitória... foram suficiente pra me deixar insana de vontade de tu. - ela mais suspirava do que falava. Sua boca estava tão próxima da minha, podia sentir o hálito quente dela me invadindo, o cheiro de manhã que exalava de seu corpo. - Tu é que nem droga pra mim. - ela tirou a mão da minha bunda e começou a me massagear por cima do shorts de pijama e eu gemi baixinho no ouvido dela - Tu me entorpece e me vicia, Vitória. Tu nem tem noção do teu poder sobre mim - suas mãos entraram devagar dentro do meu shorts, passando a mão no mesmo ritmo por cima da calcinha. - E eu vou te fazer sentir o que eu sinto quando tu me toca. E tu vai gozar tão forte nos meus dedos e na minha boca, que vai perder o sentidos. Que nem acontece comigo, Vitória Fernandes Falcão - eu não sei se Ana sabia, mas ela poderia me fazer gozar apenas com aquelas palavras sendo ditas no pé do meu ouvido. 

Ana foi me empurrando até me encostar na parede e me lançou um sorriso. 

- Tira a roupa. - ela disse, me deixando ali na parede e se afastando, ligando o rádio baixinho numa música que assim que começou a tocar, reconheci a batida: Earned It, do The Weeknd. Quando estava voltando na minha direção, pegou o banquinho que ficava na frente do teu piano e colocou próximo a mim. - Tira a roupa, Vitória. - ela ditou assim que me viu ainda vestida, e eu me apressei, já me sentindo totalmente molhada e excitada só pelo teu tom mandão sobre mim. 

A música começava a ficar mais envolvente e  eu vi Ana se sentando no banquinho preto e ditar: 

- Dança pra mim, Vitória. - ela abriu as pernas e relaxou na cadeira enquanto eu tentava dançar sensualmente. 

Vi Ana descer seu olhar por todo meu corpo semi-nu e morder os lábios, o que me fez ter certeza que Ana estava curtindo cada movimento improvisado que eu fazia. Eu já estava insana de desejo e tudo o que eu fazia naquela hora era apenas por instinto. Me senti arrepiar quando Ana passou a língua pelos lábios e me chamou com o dedo indicador. Estremeci toda. Apaguei a luz, deixando só a luz que vinha da pequena fresta da janela iluminando o quarto e fui em sua direção. Sentei em seu colo com as pernas abertas e comecei a rebolar em seu colo conforme a música ditava, e também sua mão em minha bunda, coordenando cada movimento. 

- "You're my favorite kind of night" - eu cantei num sussurro pra Ana e a senti estremecer debaixo de mim. 

- Sabe qual era minha intenção essa manhã, Vitória? - ela falou, gemendo no final da frase quando eu arranquei minha calcinha rapidamente e rocei minha intimidade em sua coxa, a fazendo sentir o quão molhada eu estava. 

- Qual era sua intenção, Ana Clara? - eu sussurrei, e logo em seguida mordi o lóbulo de sua orelha 

- Fazer tu implorar pra eu te tocar. - Ana disse e eu estremeci, sentindo uma onda de choque percorrer meu baixo ventre. - Mas se tu continuar se movimentando assim em cima de mim... - ela fez uma longa pausa quando o refrão da música chegou e eu forcei nossos corpos um no outro - Tu nem vai precisar implorar. - de súbito, ela me pegou pela coxa e me levantou, nos levando até a cama e me jogando ali de forma desajeitada, devido nossa diferença de tamanho. 

Ana ficou por cima de mim e me fitou dos pés a cabeça. 

- "Girl, You earned it" - Ana cantou o refrão com a boca quase grudada na minha e logo depois senti sua boca atacar o meu pescoço. Ela deixou diversos pequenos chupões ali e logo depois procurou o fecho do meu sutiã, o tirando vagarosamente. 

- Caralho, Vitória... - foi o que foi dito por Ana antes dela abocanhar um dos meus seios, enquanto com a mão livre, massageava meu outro mamilo, já rígido pela excitação. 

Fechei os olhos e me permiti sentir tudo que Ana estava me proporcionando naquele momento. Todas as sensações que percorriam meu corpo foram sentidas da forma mais intensa que eu pude. Soltei um gemido baixo quando Ana me surpreendeu passando a língua rapidamente, indo e voltando, pelo meu abdômen. Numa questão de segundos, Ana arrancou minha calcinha com os dentes, rasgando o tecido frágil e o jogando em qualquer canto do quarto. 

Naquele momento, eu já estava implorando para ser tocada. Eu precisava de Ana Caetano em mim. 

- Ana... amor, não me tortura. 

Ana POV 

Ouvi Vitória dizer quando mordisquei sua coxa, próximo a sua intimidade. 

- O que você quer de mim, Vitória? - eu perguntei, enquanto deixava beijinhos em sua virilha

- Eu quero você. - Vitória estava ofegante e só a cena dela sentindo prazer sob meus toques já me deixava em ebulição 

- O que você quer, Vitória? - eu repeti a pergunta, implorando pra que ela implorasse por mim. Cheirei aonde ela queria minha boca e o ar quente que saiu do meu nariz fez ela soltar um longo suspiro.

- Eu quero que tu me chupe, Ana Clara. Me faz gozar. - ela abriu os olhos que até agora estavam fechados e eu sorri pra ela o meu melhor sorriso malicioso antes de sentir sua mão me afundar nela. 

Minha língua fazia movimentos ritmados com a nova música que tocava, Needed Me, da Rihanna. Sua mão afundava meu rosto cada vez mais nela e não demorou muito pra eu sentir o líquido quente escorrer pela minha face. 

- Senta em mim. - Vitória sussurrou enquanto eu subia seu corpo com pequenos beijinhos e eu estremeci novamente. 

Vitória se levantou, se sentando e deixou suas pernas abertas, esperando que eu me encaixasse nela. Procurei a melhor posição e quando senti nossas intimidades se roçarem, eu fui ao inferno e ao céu cerca de 1000 vezes. A sensação era inexplicável. Nossos corpos se tornaram um e os gemidos de Vitória eram incessantes. A sentir tão molhada enquanto se esfregava em mim era, no mínimo, surreal. Eu nem acreditaria se nossos corpos suados não estivesses tão grudados. 

- Isso, Ana... - Vitória gemeu, me dando um impulso pra acelerar ainda mais nossos movimentos. Eu joguei minha cabeça pra trás, tentando não gozar. Eu não queria que aquele momento acabasse. Queria fazer amor com ela. Queria senti-la quente em mim novamente. 

- Puta que pariu, tu é tão gostosa, Vitória - eu disse quando voltei minha cabeça pro lugar e a vi com os cachos soltos, molhados pelo suor, jogados e bagunçados em seu rosto. Meu coração quase parou com aquela cena e eu tive que me concentrar quando senti minhas pernas tremerem e meu ventre se contrair. Eu havia chegado ao ápice. Mas Vitória ainda não. E eu ia fazê-la gozar. 

Afundei um dedo nela assim que nos separamos, e ela deu grito de prazer e surpresa. 

- Mais um, Ana! - ela ditou no pé do meu ouvido e eu a penetrei com dois dedos enquanto massageava seu clitóris com o polegar. Ela calou um gemido preso ao me puxar pra um beijo cheio de desejo e amor. 

- Goza pra mim, Vitória. - eu pedi, com os nossos lábios ainda quase grudados um no outro, após o beijo e Vitória deu seu gemido mais alto da noite, me fazendo dar um sorriso de satisfação. Vitória me grudou num outro beijo, agora mais carinhoso e, após nos separarmos, retirei meus dedos dela e levei um até minha boca. - Seu sabor permanece sendo meu preferido. Sente. - levei o outro dedo pelos seus lábios e ela o envolveu com os lábios rosados. Aquela cena foi como o paraíso pra mim. 

Depois disso, eu me aninhei nela. E, com os corpos ainda nus e suados, adormecemos, sem saber dizer como todas aquelas sensações cabiam em apenas dois corpos.    

A jabuticabeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora