O despertador..... QUE RAIVA!!!! TENHO DE COMEÇAR A NÃO METER DESPERTADOR, SÓ ME DESTROI A VIDA. Mais um dia estragado, esqueçam são todos assim.
Levantei me com grande esforço. Tomei banho. Vesti me. Outro dia infernal.
Sai de casa.
Hoje nem sei como, cheguei na altura certa. Vi o William. Ele está a vir na minha direção. Ótimo apetecia me mesmo gritar agora, por acaso até apetece.
-Bom dia.
-Que é que queres?
-Bom humor logo de manhã.
-Estou sempre assim, os meus dias são lindos!!!!
-Sim, lindos de sarcasmo.
-Vês como és inteligente?
-Eu já sabia que era.
Convencido. Mas eu também sou.
-Não te esqueças de morrer.
-Claro que não.
E fomos para a aula, quer dizer eu fui e ele também foi, mas afastados. Português. Estive basicamente a babar me e quase a dormir. O William não me deixou dormir, estava sempre a olhar para mim e a rir, quero ver quando lhe partir a boca se também vai rir. Sim, ele agora tinha de estar ao pé de mim em todas as aulas. Tenho cá uma sorte, só que não.
-O que foi? - disse meio sonolenta.
-O quê? - disse olhando para mim.
-Porque que é que estás sempre a olhar para mim e a rir?
-Não posso? Que eu saiba não mandas em mim.
-Mas estás a olhar para mim, por isso tenho direito de mandar. - disse já a elevar a voz.
-Mas os olhos são meus.
-Já me estás a enervar.
-Estás sempre enervada.
Não consegui foi mais forte do que eu, por acaso até quis fazer. Dei lhe uma estalada, que até os meus dedos ficaram lá marcados.
-Mas és maluca ou quê? - disse gritando para mim.
O olhar da turma e da professora já estavam sobre nós.
-Sou mesmo, por isso é melhor manteres te longe. - disse no mesmo tom que ele.
Sai porta fora. Não dei justificação a ninguém, não tinha de dar. Sem saber bem porque, lágrimas escorriam me da cara enquanto saia da escola. Mas que...... Tudo isto por culpa dele, aquele otário. Porque é que não vai embora e me deixa em paz? O que eu estou a sentir não é bom. Estou a sentir de novo..... MERDA. Estúpido, estragou me a vida, em dois dias.
Cheguei a casa. As lágrimas não paravam, tinha de fazer algo. MERDA, não acredito. Fui ao meu quarto, peguei na caixa de cigarros que há algum tempo não usava. Comecei a fumar quando "aquilo" tudo aconteceu na minha vida, e prometi a mim mesma que não ia voltar a sentir me assim. Parei quando já estava de certa forma estável, ou seja insociável. Agora este estúpido faz me chorar outra vez, vou matá lo nem que seja a última coisa que eu faça. Ponho o cigarro entre os lábios, e penso se é isto mesmo que eu quero. Não demoro muito a acende lo e a ver as lágrimas a secarem. Fumar sempre me acalmou, o que de certa forma era bom, tinha algo com que podia controlar as minhas emoções, pelo menos algumas delas.
Não me arrependo nem um pouco de lhe ter dado a chapada, devia é ter dado mais, mesmo cabrão.

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Go away
Teen Fiction"Se não amares, não te magoas era o que eu pensava até que ele veio estragrar tudo. (...) Amar é uma tragédia à espera do momento certo para te matar por dentro."