Forgive me....

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O resto do meu dia foi passado a ouvir a minha mãe ralhar comigo porque a merda da professora de português foi queixar ao diretor que eu tinha saído da sala sem dar justificação e ainda tinha "batido" num colega, primeiro eu não bati dei apenas uma pequena grande chapada que ele mereceu, o cabrão do diretor telefonou à minha mãe e exagerou demais óbvio. E a minha mãe nem quis ouvir a minha versão de "a culpa foi dele", pensando bem não era uma boa versão, mas era a verdade ou o mais perto da verdade, apenas começou ali a gritar comigo tipo uma psicopata.

Apetecia me matar o cabrão do William, e não é apenas matar, eu queria esfaquear, esfaquear de novo, pulveriza lo e dá lo às baratas, era um bom plano.

(...)

Acordei. Vou matar alguém e não é só o despertador, hoje é um dos meus piores dias, e sinceramente apetece me fumar, ótimo lá vem o vício.

Saio de casa. Vou para um parque que mais parece um cemitério, ou seja um lugar que aprecio. Aproveito e fumo um pouco.

Já chega tenho de ir para a merda da escola, senão digo adeus à minha liberdade ou pelo menos à pouca que tenho.

Rapidamente chego. Acabou de tocar. Quero lá saber. Avisto o William."Acalma te, não o mates ainda, pelo menos não aqui, tenta controlar te." - diz a parte racional do meu cérebro e eu sei que tenho um.

Ele apenas olha para mim. Viro a cara e vou em direção à minha sala. Entro. Sento me. O resto da turma entra e com esse resto da turma vem o William, o cabrão do William, o caralho do William.

Ele senta se no seu lugar, que é mesmo ao meu lado, porra!!!

Apenas deito a minha cabeça na mesa e tento dormir.

Passado uns 10 minutos sinto alguém a tocar me. Só pode ter sido o William, procurou a morte mais cedo.

Levanto a minha cabeça.

-Que foi? - digo com agressividade, ele merece.

Ele olha me como a pedir piedade, mas que....

-Desculpa...

-O QUÊ?

-Eu pedi desculpa...

-Porque?

-Porque sei que a culpa foi minha, fui eu que te irritei, desculpa... - disse cabisbaixa.

MAS QUE? A SERIO QUE ELE ESTÁ ME A PEDIR DESCULPA?!!!!! Bem, a culpa foi dele mas nunca pensei.

-Mas porque estás a pedir desculpas?

-Porque quero ser teu amigo, acho te interessante.

-Eu não tenho amigos.

-Mais uma razão.

-Não, tu não estás a perceber, eu não quero amigos.

-Ah, ok eu entendo. Mas então podíamos ser apenas conhecidos?

-Tudo bem.

A SERIO QUE EU ESTAVA A SER SIMPÁTICA?

Não falamos mais durante a aula, não que eu não quisesse ou quisesse, apenas não me sentia bem, eu estava calma, ele pôs me calma, eu tinha de afastar me dele rapidamente, ele não me fazia bem, ou por outras palavras ele fazia me bem e isso era mau, muito mau.

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