Capítulo 1 - Um encontro

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Desde quando nasci, fui impedido de ver o mundo, ver as cores, as pessoas os animais que é uns dos seres que mais amo.

Quem sou eu?

Oliver Rocha, minha estatura é considerada baixa, tenho 1,65 de altura, peso 56 kg, sou loiro, com olhos azuis, moro em um orfanato desde que nasci.

Nunca fui uma pessoa normal, minha mãe morreu no meu parto e meu pai me culpou por sua morte, me abandonando em um orfanato, depois de alguns meses, os diretores da instituição, descobriram que eu era deficiente visual, sim sou cego, cresci sozinho, sem amigos, sem família, enfim, sem amor.

Tinha o perfil, que todos os casais procuravam para adotar uma criança, quando descobriram que eu era cego, me rejeitavam. Sofri tudo que um ser humano poderia sofrer. Apanhava por não conseguir realizar as tarefas mais simples, os garotos do orfanato, me ofendiam me chamando de ceguinho, imprestável, defeituoso, mas com todo sofrimento aprendi a ser forte, através de um professor aprendi o braile e po ser muito esforçado acabei aprendendo a tocar piano, havia um senhor que visitava o orfanato seu nome era Luiz, tinha aproximadamente setenta anos, vivia sozinho, sem família, então passava os finais de semanas nos fazendo companhia, por ser idoso, os outros internos não fazia questão de sua presença, mas eu por ser sempre sozinho, esperava ansiosamente por esses dias, para ter alguém que conversasse comigo, que me desse, atenção - com o passar do tempo ele consegui através dos diretores que eu passasse os finais de semanas e feriados com ele em sua casa - Esse senhor até tentou me adotar, mas devido a idade ele foi considerado incapaz, fiquei muito triste de não sei adotado por ele, mas a justiça estava certo ele era idoso, para cuidar de uma pessoa com deficiência.

Voltando como aprendi a tocar piano, o Luiz me ensinou, o ouvia tocar todas as vezes que eu ia pra sua casa, acabei me apaixonando pelo som e pelas melodias que saia das teclas, sempre foi o nosso segredo, não queria que ninguém soubesse o que eu havia aprendido. Era sexta feira esperei que Luiz fosse me buscar para passar mais um final de semana com ele, mas infelizmente não veio, depois de alguns dias fiquei sabendo que ele havia sido encontrado morto, nessa época tinha quinze anos - meu mundo desabou novamente, perdi a única pessoa que se importava comigo, meu único e verdadeiro amigo, mas como dizem a vida continua - com muita dificuldade consegui concluir o ensino médio.

Amanhã completarei dezoito anos e não mais viverei nesse lugar onde vivi um verdadeiro inferno. Não sei para onde vou ou o que irei fazer - sendo cego e suspeito que eu seja gay, não terei muitas chances, mas vou em frente, como eles haviam me avisado, amanha terei que desocupar o quarto que ocupo aqui no orfanato. É até bom que saio logo daqui, pois eu suspeito que tenha algo acontecendo de errado, mas não quero me envolver, sabe Deus o que pode acontecer.

Em outro ponto da cidade de São Paulo

- Senhores e senhoras, obrigado a todos pelo comparecimento nessa reunião, irei aqui fazer um resumo da ação que irá acontecer nessa delegacia.

Primeiramente irei me apresentar sou Enzo Vila Verde, Delegado Regional da Policia Federal de São Paulo.

-Há alguns dias tivemos uma denuncia anônima, dizendo que em um abrigo de criança e adolescente do sexo masculino, está tendo ações ilegais, conforme a denuncia, nesse local escondem drogas e armamentos pesados, e que alguns adolescentes são usados como laranja. Fizemos uma minuciosa investigação que teve resultado positivo.

- Quero todos vocês, às cinco horas de amanhã, pois iremos invadir o local, já estamos com a autorização da justiça, por ter menores no local, a Promotoria da Vara da Infância e juventude e o Conselho Tutelar estará presente.

- Peço ainda, que tomem o maior cuidado, para que nenhum menor se machuque.

- Muito obrigado e até amanhã

- Deixe me apresentar para vocês saberem um pouco como sou, pois já iniciei com uma reunião com todos os policiais da DF- Vamos lá! Como já disse sou Enzo, tenho vinte e cinco anos, uns dos mais jovens delegados federais do Brasil, tenho 1,90 de altura, olhos e cabelos pretos e sou moreno claro, meus pais são importantes empresários de transportes internacionais, com uma frota de caminhões, navios e aviões, quando decidi ser delegado, meu pai não aceitou, pois ele queria que eu assumisse seu império, mas como não me dou, com escritório, contabilidade, etc,.
- Diz de tudo para passar no concurso da PF aqui de São Paulo, tenho três outros irmãos, que sempre que pudemos nos encontramos, sendo que dois estão assessorando meu pai, para que no próximo ano já substitua nosso progenitor.

- Sou um homem vivido, não sou de frequentar baladas, não tenho namorada, quando estou afim de uma foda, vou a um PUB, lá encontro uma gostosa, transo até acabar com todo meu estresse e vou embora para minha casa. Jamais levei uma mulher para dormir em meu lar, isso ficará para quando eu me apaixonar pois somente assim levarei alguém para dormir na mesma cama que eu, enquanto isso somente fodas ocasionais de uma noite só.

- Em dois anos de trabalho, consegui muitos inimigos, muitos querem me ver morto, então sempre tenho muito cuidado com quem eu me relaciono, não sabemos quem são nossos inimigos. - ser delegado tem seus perigos, mas amo o que faço, tenho somente um amigo que se chama Rogério Sandro Bitencourt - trabalha aqui comigo e é perito criminal aqui do DP - Rogério é como se fosse um irmão, me conhece pelo olhar, ele é casado com Eduardo um médico legista e acabaram de adotar uma linda menina chamada de Julia, no qual tive o prazer de ser padrinho de batizado.

Desafiando os limites (Romance Gay) ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora