Arregalei meus olhos rapidamente e Robert estava adormecido ao meu lado, meus olhos focaram no despertador e meus lábios antes que eu pudesse controlar, proferiram:
- DROGA ROBERT, ESTAMOS ATRASADOS.
O que bastou para que ambos pulássemos da cama e o caos se formou.
Adentramos juntos na empresa, isso não foi a coisa mais esperta se fazer, mas devido ao atraso, nosso foco era apenas chegar lá. Charles notou, os outros se notaram, não falaram nada.
- Hum... Chegaram juntos?
- Não, que isso, é que ambos saímos tarde ontem.
Evitei-o restante do dia. Assim como Robert me evitou. Minhas tarefas tomaram minha mente em pouco tempo. Hum... Ela não estava ali desde a manhã.
- Erik, pode me fazer um favor? – Robert me chamou em sua porta e eu ergui meu corpo para adentrar em seu escritório, ele sorriu e me puxou para atacar meus lábios, suas mãos me apertaram contra o seu corpo. Durou alguns segundos antes que eu me afastasse.
- Robert, ficou doido? E se alguém entra?
- Eu estava com saudade. – Ele tornou a beijar minha testa e sorriu. Meus olhos reviraram e ele estreitou os dele.
- Do que precisa?
- De você. – Tornei a revirar meus olhos.
- Eu estou cheio de coisas para fazer. – Ele sorriu e tornou a me puxar, dessa vez, deitei a cabeça contra o seu peito, sentindo o seu calor durante longos minutos. Sentia-me protegido em meio aos seus braços.
- Você já almoçou? – Neguei com a cabeça enquanto ele suspirava, apertando-me um pouco mais de encontro a si. – Então vem, vamos almoçar. – Neguei com a cabeça.
- Charles desconfiou. Me indagou.
- Metido. – Concordei levemente com a cabeça e o apertei a mim, minhas mãos se enrolaram no tecido de sua camisa, não queria que ele me soltasse. – Alguém vai entrar.
- Não estava preocupado com isso antes. – Ele riu de maneira breve e eu me afastei, a contra gosto.
- Vá almoçar. – Concordei com a cabeça e sai de sua sala para voltar aos meus afazeres, comi o sanduíche que me lembrei de pegar em casa.
Robert teve que sair logo depois de seu ataque maravilhoso. E eu sai logo em seguida do meu horário, ao colocar os fones de ouvidos, eu voltei a notar sua falta. Era incrível que já se passaram tantas horas sem nenhuma interrupção. Segui meu caminho com um sorriso bobo nos lábios.
Parei na padaria que havia perto do meu apartamento e como estava distraído acabei tropeçando e empurrando alguém.
- ME DESCULPE. – O som saiu mais alto do que eu imaginava enquanto eu tirava os fones de ouvidos.
- Que isso, um gatinho desses? – Meu sorriso se abriu um pouco mais e logo se fechou, era Pedro.
- Ah Pedro. – Ele sorriu e cutucou meu ombro de maneira firme.
- Acho que vamos nos topar muito na tua volta. – Concordei com a cabeça enquanto continuava a pegar os salgados, ao terminar de pagar, Pedro voltou a me acompanhar até em casa. – Como você está hoje?

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MOLETOM (+18)
RomanceNotas do autor. Senti a necessidade de depois de três anos, acrescentar essa parte do livro, pelo simples motivo de explicar exatamente isso: O livro começou a ser escrito por um garoto de dezessete anos, imaturo e terminou sendo escrito por um garo...