Capitulo oito.

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Precisei de uma semana para entender toda a história. E depois de muita insistência, estava sentado em uma mesa de café, esperando por Robert. No outro dia após a confusão, acabei por pedir demissão do estagio e trancar a faculdade novamente, a verdade, é que não teria cabeça para tal.

Estava ajudando meu pai em sua empresa, coisas simples, basicamente o mesmo que fazia no estagio xerocar e organizar.

- Que bom que aceitou vir. – Ele se aproximou para me abraçar e eu me afastei.

- Eu só preciso da verdade.

- O nosso relacionamento, não teve nada haver com meu acordo com Henry.

- Por favor, não mascare!

- Henry é meu primo, ele me ligou, me contou de você, sua história...

- Espera... Toda a história? – Robert concordou com a cabeça e eu só pude tomar outro gole do meu café antes de perguntar – Você sabia então das vozes, da minha irmã, do acidente, dos cortes? – Ele voltou a concordar com a cabeça. – Cacete! E por que...

- O acordo era que eu somente oferecesse um estágio para você e soubesse do que acontecia em sua vida, Henry estava preocupado que você não tivesse suporte aqui.

- Claro, e me comer foi um grande suporte?

- Eric, eu realmente amo você. – Dei uma risada, eu sei que não deveria, mas dei e ela se propagou por mais tempo do que deveria. – É verdade.

- Eu não posso acreditar em você, grande espião.

- Eric... Eu não esperava que fosse me sentir tão atraído e tão... Seu, como quando você entrou na minha sala, eu não pude controlar.

- Henry sabia que estávamos juntos?

- Não. Eu não consegui contar a ele. E ele não precisava saber.

- Que ótimo, eu não sou o único que não precisava saber de coisas. – Ele me encarou e eu voltei a beber meu café. Meu sangue já estava novamente fervendo pelas minhas veias. – O que Henry disse quando soube de nós?

- Eu ganhei um belo soco na cara e ele não responde a nenhuma ligação.

- Que bom, saiba que o soco não foi só dele.

- Eu sei.

- Ótimo. – Meu café estava no fim o bastante para que eu tomasse um último gole farto e o deixasse ali.

- Tem tomado seus remédios?

- Com todo o respeito, mas isso não importa a você mais.

- Eric, não precisa ser assim. – Ele abaixou a cabeça ao terminar de falar, e eu queria um copo de café cheio para jogar na cara dele, mas infelizmente, não podemos ter tudo aquilo que queremos.

- É assim que é. Você assinou isso, no momento em que fez seu acordo imbecil com aquele... – Inspirei fundo e levantei da cadeira. – Adeus, Robert.

- Eric... – Eu pude escutar ele me chamar, mas eu já havia dado as costas e estava tomando uma lufada de ar gelado. Meus passos se seguiram rápidos durante algumas ruas, eu não estava correndo, mas era rápido o bastante para me cansar e eu procurar um cordão de calçada para sentar. Carros passavam de um lado para o outro, o tempo todo. E isso era bom, provava que eu não era a única pessoa no mundo naquele momento como parecia dentro de mim.

MOLETOM (+18)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora