Primeiro dia

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Pov. Annabeth

20/12/2017

18 anos. Eu assumo que não estava tão empolgada para que meus 18 anos chegassem. Geralmente uma grande maioria estaria radiante, já que 18 anos vira sinônimo de liberdade. Na minha opinião era um aviso de que um pouco a frente eu teria muita responsabilidade nas minhas costas e que as coisas mudariam rápido.
Eu sei que uma grande maioria não acredita nisso, dizem que depois dos 18 nada muda, é como todos os anos. Sinceramente, não concordo. A menos que a pessoa seja um vegetal e não tenha vida. 

As coisas só acontecem quando nos procuramos e nos esforçamos para aquilo acontecer.
E nesse momento eu tinha sensação que as coisas iam mudar bastante.



2 meses depois...


Definitivamente eu estou muito nervosa. 

Hoje é meu primeiro dia na faculdade, irei iniciar meu curso de arquitetura. Estou feliz mais nervosa. Nesse momento estou me encarando no espelho, sim eu sou louca, não acho que minha roupa está fazendo sentido. Tiro a blusa colada e ponho uma mais soltinha. Faço um coque, porque meu fios loiros estão parecendo um ninho de passarinho. Calço minha sapatilha, pego minha bolsa e desço pra tentar comer alguma coisa. 

São sete horas. Quem sente vontade de comer essa hora? Eu definitivamente não. Pego uma maçã e vou para a facul.

Geralmente minha mãe  me levava para escola e esperava a carona dela hoje, mais ela está viajando a negócios em São Francisco. Sim! Eu moro com meus pais, na verdade apenas minha mãe, meu pai morreu quando eu tinha 7 anos.
Estou a passos da entrada. Meu primeiro pensamento foi: isso é uma mini cidade. Pelo que parece são vários blocos com seus respectivos cursos. O meu é o bloco C. Sigo em direção a ele, indo direto para  a recepção e pego meus horários e vou direto para minha primeira aula.


***


Estava na hora do almoço. Comprei um almoço na cantina e me sentei em uma das mesas afastadas do barulho, bem perto das árvores. Meu curso era integral então tinha que me afastar do tumulto pra não ficar com a cabeça doendo no final do dia.

Estava me deliciando com uma fatia de lasanha até que alguém senta bem na minha frente.
Levanto a cabeça e vejo um garota de olhos de cor bem duvidosa na minha frente me encarando.

- Posso ajudar? - Digo mastigando minha comida rapidamente.

- Posso sentar aqui? Está um barulho horrível ali - Diz a desconhecida apontando para as mesas um pouco a frente da nossa.

-Claro... - Digo gentilmente sorrindo.

-Obrigada. Eu sou a Piper. - Ela diz estendendo a mão e eu estendo a minha.  

-Annabeth. Mas pode me chamar de Annie se quiser.

O horário do almoço terminou depois de 1 hora. Eu e Piper conversamos ao longo dele, ela era uma pessoa bem legal, está cursando moda e tem um gosto bem extravagante, com suas botas cheia de pelos e cordões de pedras em uma espécie de gargantilha.

Fico feliz de ter feito uma amizade nesse primeiro dia.


***


Após 5 horas com minha bunda doendo naquela cadeira, enfim em pé. Minha aula terminou agora e são exatamente 6 horas da tarde, ainda tenho que passar na biblioteca e imprimir vários slides que a professora pediu.
Cerca de 40 minutos se passaram e me encontrava com uma pilha de papéis nos meus braços indo em direção a saída da faculdade. Como meu bloco é o C, tenho que passar pelo B e A ainda.
Vou andando rápido demais, o que é arriscado  já que meus pés adoram tropeçar em tudo que tem pela frente. Mais o que eu não esperava era que meu corpo que fizesse isso comigo. Porque a cena que aconteceu nesse exato momento foi ridícula. Eu literalmente colidi com um corpo duro e estou jogada no chão e algo pesado está por cima de mim.

-Aí! - Ouso uma voz masculina reclamar. Eu deveria reclamar, eu que estou sendo esmagada.
Eu abro os olhos e me deparo com um moreno dos olhos incrivelmente verdes me encarando.

-Eh... me desculpe- Falo ficando totalmente vermelha. 

-Tudo bem.- Ele diz se levando e estendendo a mão para eu levantar. Nossa ele é forte e muito bonito. Eu realmente não  deveria está pensando nisso.

Volto a atenção ao meu redor e saio catando minhas folhas que estão por toda parte, ele para de me encarar e faz o mesmo. Naquele horário não tinha quase nem um aluno por ali, o que era ótimo. Imagina a vergonha.

-Não precisa, eu posso pegar sozinha. Já basta eu ter batido em você. - Digo pegando a última folha que havia no chão.

-Você não se bateu sozinha. Eu não estava prestando atenção também. - Ele veio em minha direção e eu travei, ele era bem mais alto que eu, isso me intimidou um pouco - Eu ajudo você a carregar isso.

-Eu tenho que pegar um ônibus agora. Não se preocupe. - Faço menção de pegar minhas folhas de volta, mais ele recua - Eu te dou uma carona. Deve isso a você. Além do mais, você pode derrubar isso de novo. - Diz ele amigavelmente sorrindo.

Eu me rendo aquele gesto. 

-Tudo bem. Mais é um pouco longe.


***


Estamos 10 minutos dentro do carro em silêncio, não estava tão constrangedor porque tinha uma música tocando bem baixo. Ele estava bem concentrado no que estava fazendo, olhando fixamente para frente. Como ele estava tão concentrado, decidi analisa-lo um pouco. Desde o encontrão eu não tinha reparado muito na sua fisionomia.

Ele tem cabelos bem negros, seus olhos muito verdes, o rosto com traços bonitos,  não tinha o rosto muito sério e tinha uma leve barba crescendo. Ele era bem bonito eu não podia negar.
Acho que passei uns minutos o encarando , porque ele me encarou e perguntou:
-Tudo bem? 

- Tudo. Desculpa. Eu não sei porque fiquei encarando você. - Digo ficando vermelha pimenta, feliz por está escuro e não ser tão perceptível.

-Talvez porque você não me conheça e esteja se perguntando, como eu pego carona com alguém que eu não sei nem o nome. -Diz ele rapidamente com um sorriso de lado. Eu instantaneamente arregalo os olhos. Como eu não perguntei o nome dele? Porque tão lerda senhor. - Ele da uma risada da minha cara. 

- Eu sou Perseu Jackson, mas todos me chamam de Percy. 

- Annabeth Chase, mas pode me chamar de Annie. 

- você está cursando o que Annie? - Ele me perguntada olhando para a estrada.

-Arquitetura e você? 

- Oceanografia - Ele diz me olhando e depois olhando novamente pra frente.

Não demorou muito para chegar na minha casa. O clima não estava tão constrangedor. Conversamos algumas bobagens sobre a música que esteva tocando no momento. Descobri que ele tem 20 anos e é obviamente apaixonado pelo mar.

Percy estacionou em frente a minha casa e me ajudou a levar os papéis para dentro.

- Bom. Está entregue. -Ele disse sorrindo e colocando as mãos nos bolsos.

- Obrigada por me trazer aqui. Você deve morar longe. Foi muito gentil da sua parte.- Digo sorrindo de volta.

- Moro umas quadras daqui. Não se preocupe, gostei de ter sua companhia.- Fiquei corada com aquele comentário. - Eu vou indo. Até manhã - Ele me deu um beijo na bochecha e foi andando até seu carro.

-Até -digo baixinho pra mim mesma.

Percabeth- Aprendendo A Amar (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora