Professor mandão (Colifer)

Nosso casamento

Mamãe me surpreendeu com aquelas pessoas no meu apartamento após eu voltar da churrascaria com Jen. Lá estavam nossos amigos, familiares e até mesmo um cachorro que não era meu.

Como sempre exagerada ela contratou um Buffet de frutos do mar, pois havia deixado claro que se tornou a comida preferida de Jen.

Houve muita conversa, música, brincadeiras... Foi realmente divertido, até eu me lembrar do grande momento da noite. O momento que iria dar as alianças que me esqueci de dar após o ultrassom. Acho que minha mãe é uma bruxa. Ela sempre faz coisas que interferem nas minhas de uma maneira boa. Como se soubesse tudo que iria acontecer.

— Com licença família, amigos e cães. Eu gostaria de dar umas palavrinhas e dizer o real motivo dessa comemoração. Eu pedi Jennifer em casamento e ela aceitou. – todos aplaudem. Jen entrelaça nossos dedos e sorri. – mas, como um péssimo parceiro, em quatro anos juntos eu nunca dei nenhuma aliança, claramente isso mudará agora e quero que vocês me deem licença para eu refazer o pedido. – me ajoelho e pego a caixinha dentro do bolso. Olho em seus olhos e a abro sorrindo – Amor, você apareceu de repente na minha vida. Nunca pensei que uma garota tão mal educada, provocadora e durona tomaria conta do meu coração, antes de mostrar o que estava por dentro. Sim, você não é mal educada e muito menos durona. Não posso dizer nada sobre provocadora, se é que vocês me entendem. – as pessoas dão risada e Jennifer cora – Você é a Maria mole mais mole que já tocou meu coração. Eu não me importo com a sua idade, porque sei que em relação a você ela não faz nenhum sentido, só pelo simples fato de você ser a mulher mais madura que já conheci em toda a minha vida. Você só tem dezenove anos e passou por muita coisa. Coisas ruins e coisas boas, como nosso bebê, nossa garotinha. – toco sua barriga. – Você é meu raio de sol no qual quero acordar ao lado todas as manhãs. Quando se trata de você o céu não é o limite. – sorrio – eu quero mais que um namoro. Eu quero mais que um filho. Eu quero ser seu marido. Jennifer Marie Morrison, você aceita se casar comigo?

— Sim, sim, mil vezes sim – ela sorri e se ajoelha junto comigo me abraçando com força. Tenho que segura-la para não cairmos de costas no chão. – eu te amo.

— Eu também te amo, agora eu preciso respirar e colocar a aliança que comprei para você.

Ela me solta sorrindo e limpando as lágrimas. Pego sua mão e coloco sua aliança. Ela pega a minha e coloca a minha aliança. Levanto-me e a ajudo no mesmo. A loira segura meu rosto e me beija.

Eu sei que as pessoas gritaram e aplaudiram, pois escutei nos primeiros cinco segundos, mas depois só conseguia ouvir sua respiração enquanto me beijava. O mundo parou naquele momento. Só havia nós dois.

A partir daquele dia eu não sei se foi por eu ter dito tudo o que queria, mas me senti mais próximo de Jen. Eu a amava mais do que achei possível amar.

No dia do seu aniversário de vinte anos, a levei para acampar. Fizemos uma fogueira, montamos uma barraca, nadamos na cachoeira e assamos marshmallows. Aquele dia foi mágico e gostoso, porque nos divertimos muito e a noite, não fizemos sexo selvagem ou apressado de sempre. Fizemos amor, mais de uma vez, fizemos amor.

Durante esse período minha mãe colocou em nossas cabeças que deveríamos nos casar logo, pois não havia nada nos impedindo. Dinheiro não era problema e muito menos a certeza dos nossos sentimentos. Jen negou no começo por estar grávida, mas depois disse que seria uma boa ideia, porque se não teríamos que esperar muito até o bebê nascer.

Ela estava com sete meses quando começou a provar os vestidos. Às vezes na calada da noite a ouvia chorando. Eu não sabia o porquê, nunca tive coragem de perguntar, mas acho que é pelo fato de estar muito perto do casamento. As mulheres entram em desespero. Ela comentava que nenhum vestido parecia bonito o bastante por conta da barriga, talvez seja por isso também, mas se ela soubesse... Se ela soubesse que a acharia bonita até dentro de um saco de batatas, não ficaria tão nervosa e chateada.