Respiro fundo em pânico enquanto Colin dirige feito louco para o hospital. Passamos dois meses em lua de mel na Irlanda e voltamos há alguns dias. Senti contrações ontem a tarde toda, mas insisti que passaria logo e agora olhe para mim... Na manhã de um domingo sendo levada às pressas para o hospital, pois minha bolsa estourou a mais de uma hora.
— Colin! – grito sentindo uma forte dor. – o bebê vai nascer no carro!
— Aguenta aí amor! – ele coloca a mão na minha coxa acariciando na intenção de me acalmar, mas não funciona.
Tiro os olhos da sua mão que esta em minha coxa e volto a olhar para estrada, quando um carro descontrolado entra em nossa frente se chocando com força no para-choque.
Meu corpo vai com tudo para frente e sinto meu bebê sair de uma vez pela minha vagina. O pego e enquanto o carro derrapa pela estrada em direção a um caminhão, pulo para fora com meu bebê nos braços sentindo meu crânio chocar no asfalto.
Apago.
Abro os olhos e tudo está doendo. Minha cabeça, minhas costas e a droga da minha perna. Tento me movimentar ou ao menos gritar por ajuda, mas tudo o que consigo fazer é observar. O sol irrita meus olhos. Há pessoas andando em euforia a minha volta. Sinto vontade de gritar para elas pararem, mas isso não acontece. Elas não param e minha voz não sai. Franzo um pouco o cenho ao me dar conta do choro forte que está perto do meu ouvido. Meu bebê! Ela está bem! Solto o ar devagar entre meus lábios relaxando, até que sinto alguém tirá-la de cima de mim. Formo a frase na minha mente, mas ela não sai dos meus lábios.
Eu quero meu bebê.
Devolva meu bebê.
Apago.
(...)
Desperto sentindo minha boca seca e meu braço latejando. Olho para o mesmo e solto uma reclamação ao vê-lo engessado. Faço uma careta tentando recordar os acontecimentos. Eu estava em lua de mel com Jen. Voltamos para casa e ela entrou em trabalho de parto. Um carro se chocou contra o nosso!
Tento levantar, mas meu lombar dói muito. Solto um gemido em desaprovação e procuro por um botão ao lado da cama, soltando o ar aliviado quando encontro um. O aperto sem parar até que alguma enfermeira apareça no quarto.— Olá, o que o senhor está sentindo? – ela vem até mim com uma lanterna.
— Onde está minha esposa?
— Eu preciso checar o senhor.
— ONDE ESTÁ MINHA ESPOSA? – sei que estou sendo mal educado, mas preciso exageradamente saber onde está Jen.
— Eu vou chamar o doutor. – ela sai rapidamente do quarto.
Ignoro a dor no meu lombar e me levanto tirando a agulha que envia soro para o meu corpo a jogando na cama. Caminho devagar me apoiando na parede até sair do quarto. Vou até a recepção.
— Com licença, preciso de uma informação.
— Quer que eu chame um médico? – ela pergunta pelo meu estado deplorável.
— Não. Eu estou bem, só gostaria de saber sobre minha esposa. Jennifer O'donoghue.
— Só um minuto – ela digita algo no computador e olha para mim – quarto cinco.
— Pode me dizer qual seu estado? – prendo minha respiração esperando a resposta que imagino.
— O doutor não me deu informações concretas para adicionar ao sistema.
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Professor mandão (Colifer)
FanfictionColin sempre foi um homem firme, não se deixa levar por nada, muito menos por uma mulher. O que acontece é ao contrário, elas que se deixam levar por ele. Sua voz firme, seu olhar profundo, é o que faz elas ficarem a seu domínio. Atualmente se mudou...