Epílogo part.2 - Fim

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Respiro fundo em pânico enquanto Colin dirige feito louco para o hospital. Passamos dois meses em lua de mel na Irlanda e voltamos há alguns dias. Senti contrações ontem a tarde toda, mas insisti que passaria logo e agora olhe para mim... Na manhã de um domingo sendo levada às pressas para o hospital, pois minha bolsa estourou a mais de uma hora.

— Colin! – grito sentindo uma forte dor. – o bebê vai nascer no carro!

— Aguenta aí amor! – ele coloca a mão na minha coxa acariciando na intenção de me acalmar, mas não funciona.

Tiro os olhos da sua mão que esta em minha coxa e volto a olhar para estrada, quando um carro descontrolado entra em nossa frente se chocando com força no para-choque.

Meu corpo vai com tudo para frente e sinto meu bebê sair de uma vez pela minha vagina. O pego e enquanto o carro derrapa pela estrada em direção a um caminhão, pulo para fora com meu bebê nos braços sentindo meu crânio chocar no asfalto.

Apago.

Abro os olhos e tudo está doendo. Minha cabeça, minhas costas e a droga da minha perna. Tento me movimentar ou ao menos gritar por ajuda, mas tudo o que consigo fazer é observar. O sol irrita meus olhos. Há pessoas andando em euforia a minha volta. Sinto vontade de gritar para elas pararem, mas isso não acontece. Elas não param e minha voz não sai. Franzo um pouco o cenho ao me dar conta do choro forte que está perto do meu ouvido. Meu bebê! Ela está bem! Solto o ar devagar entre meus lábios relaxando, até que sinto alguém tirá-la de cima de mim. Formo a frase na minha mente, mas ela não sai dos meus lábios.

Eu quero meu bebê.

Devolva meu bebê.

Apago.

(...)

Desperto sentindo minha boca seca e meu braço latejando. Olho para o mesmo e solto uma reclamação ao vê-lo engessado. Faço uma careta tentando recordar os acontecimentos. Eu estava em lua de mel com Jen. Voltamos para casa e ela entrou em trabalho de parto. Um carro se chocou contra o nosso!
Tento levantar, mas meu lombar dói muito. Solto um gemido em desaprovação e procuro por um botão ao lado da cama, soltando o ar aliviado quando encontro um. O aperto sem parar até que alguma enfermeira apareça no quarto.

— Olá, o que o senhor está sentindo? – ela vem até mim com uma lanterna.

— Onde está minha esposa?

— Eu preciso checar o senhor.

— ONDE ESTÁ MINHA ESPOSA? – sei que estou sendo mal educado, mas preciso exageradamente saber onde está Jen.

— Eu vou chamar o doutor. – ela sai rapidamente do quarto.

Ignoro a dor no meu lombar e me levanto tirando a agulha que envia soro para o meu corpo a jogando na cama. Caminho devagar me apoiando na parede até sair do quarto. Vou até a recepção.

— Com licença, preciso de uma informação.

— Quer que eu chame um médico? – ela pergunta pelo meu estado deplorável.

— Não. Eu estou bem, só gostaria de saber sobre minha esposa. Jennifer O'donoghue.

— Só um minuto – ela digita algo no computador e olha para mim – quarto cinco.

— Pode me dizer qual seu estado? – prendo minha respiração esperando a resposta que imagino.

— O doutor não me deu informações concretas para adicionar ao sistema.

Professor mandão (Colifer)Onde histórias criam vida. Descubra agora