Bu!

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Depois de sair do meu escritório por estar quase na hora de irmos para a boate, encontro Jennifer na sala de estar com um taco de baseball nas mãos. Ela parece tensa e assustada. Coloco minhas mãos em sua cintura na intensão de acalma-la, mas sou atingido em cheio pelo taco na direção do meu rosto.

— Merda! Eu achei que fosse um ladrão.

Coloco a mão no rosto e grito de dor, parece que meus ossos foram triturados. Toco meu nariz e é ali que está a raiz do problema, ele está quebrado.

— Você quebrou meu nariz. – balanço a cabeça e ando até o interruptor de luz – VOCÊ QUEBROU MEU NARIZ!

— Foi mal, mas estava tudo escuro e eu te chamei, depois escutei um barulho, você não apareceu.

— O barulho foi provavelmente eu derrubando o livro do meu colo e eu não escutei porque não dá para escutar ninguém daquele escritório.

— Espere, você tem um escritório?

— MEU NARIZ ESTÁ QUEBRADO!

— Desculpe, vamos para o hospital. – ela pega sua bolsa e vai indo em direção ao elevador.

— O short.

Ela revira os olhos e volta correndo para o quarto voltando vestida.

— Eu não acredito que quebrei seu nariz – Jen solta um riso.

— Nem eu.

Graças ao meu plano de saúde sou atendido assim que piso no hospital. O doutor que suponho ter uns sessenta anos, injeta algo no meu nariz e me pergunta quais são meus sintomas e o que causou aquilo.

— Dor no nariz, de cabeça e na garganta.

— Como isso aconteceu?

— Minha namorada me bateu com um taco de baseball.

— Uuh – ele faz careta e pega uma gaze assim que vê sangue pingando do meu nariz. – vai ficar tudo bem. Não foi grande coisa.

Vejo o sangue pingar na minha bermuda.

— Eu tenho pavor do meu próprio sangue, eu acho que vou desmaiar.

— Você não...

Apago.

Acordo com o cheiro forte de álcool. As dores pararam e meu nariz está enfaixado.

— Senhor O'donoghue?

— Sim? – me sento e reconheço onde estou. Hospital.

— Tudo bem?

— Sim. Eu disse que poderia desmaiar.

— É. Eu sinto muito, mas agora o senhor já pode ir. Sua namorada está esperando por você, eu acho...

— Sim, ela está.

Levanto-me e dou tapinhas no ombro do doutor. Vou caminhando até a sala de espera. Jennifer está chorando muito, nunca a vi chorar tanto. Suas mãos cobrem seu rosto e seu corpo se movimenta freneticamente para cima e para baixo, junto com os soluços.

Aproximo-me e toco seu cabelo. Ela levanta a cabeça e arregala os olhos pulando em cima de mim literalmente, mas por sorte mantenho o equilíbrio e a abraço.

— O que houve? – Acaricio seu cabelo.

— Eu... Eu achei que você tinha... – ela soluça e segura meu rosto. – a enfermeira falou... Ela disse.

— Está tudo bem querida, está tudo bem – beijo sua testa e a abraço.

— Ela falou sobre um Colin ter morrido, eu... Eu achei que você já era. Eu achei que era uma assassina.

Professor mandão (Colifer)Onde histórias criam vida. Descubra agora