• Capítulo 7 •

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Meu coração perdeu mais uma batida assim que senti meu corpo chacoalhar

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Meu coração perdeu mais uma batida assim que senti meu corpo chacoalhar. Esse maldito avião não vai sair mais dessa maldita turbulência?

Minha cabeça está pesada. Lembro vagarosamente de me apoiar em Roger para embarcar em outro avião. E o novo avião entrar em outra turbulência, e me obrigarem tomar mais dois compridos. Mas a turbulência ainda não acabou, meu corpo chacoalha e chacoalha. Não estou pronta para abrir os olhos e morrer logo em seguida.

— Roger é agora que morremos? — pergunto com medo, entretanto, a curiosidade é maior. O grande problema da família.

Posso ser a garota mais azarada do planeta, mas não quero morrer. Eu amo a vida mesmo que ela seja uma tremenda ingrata comigo. Não estou preparada pra morrer. Acho que ninguém está preparado pra morte, porém, comigo é diferente, eu realmente não estou preparada nem pra morte nem para o que vem depois dela.

Se é que vem alguma coisa!

— Dorme Lavanda! — não é Roger que me responde e sim uma voz muito sexy por sinal, não que Roger não possua uma, mas essa é inacreditável.

— Roger, cadê você? — me apavoro. — Roger está morto? — já posso ver imagens de corpos ensanguentados, faltando membros e dentre esses corpos já posso imaginar o do meu amigo. Pobre Roger! O que será da minha vida sem meu conselheiro fiel?

— Não, moça — mais uma vez essa voz me responde.

Abra os olhos Lavanda! Lembre o que a senhora do avião disse. Não é hoje que eu morro, mas ela não falou nada sobre Roger!

— Cadê ele? — pergunto, apertando os olhos com mais força. A turbulência parece ter chegado ao fim ou é agora que percebo que morri e não Roger.

— Abra os olhos e o encontrará. — a voz me responde rude. Não gosto que me tratem assim, me faz lembrar da época das vacas magras com Marcel.

— Quem é você? Por que está me tratando dessa forma? — questiono  confusa, porém, extremamente brava. — Onde estou? Cadê Roger? — abro os olhos e minha visão está um belo emaranhado de nada. — Cadê meus óculos?

— Você pergunta demais — ele parece não gostar de mim, o que não me abala, pois gosto dele menos ainda. Com esse sotaque ridículo.

— Acordou Lavanda? — reconheço a voz do meu amigo. Ele está vivo!

— Roger? — ele resmunga qualquer coisa. — Cadê meus óculos? Você esta mesmo vivo?

— Em alguma mala, meu docinho — reconheço a voz de quem acabou de acordar. — E sim, estou vivo — ele garante.

— Onde estamos? Não morremos?

— Estamos vivíssimos, acabei de dizer isso, docinho — muito docinho vindo de Roger. Não gosto disso! — Estamos a caminho da casa do seu avô — ele esclarece por fim. Então realmente estamos vivos?

Lavanda - O Amor Mora No Campo. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora