• Capítulo 4 •

214 46 67
                                    

Recapitulando o que eu disse sobre ser fácil escrever as imperfeições de Marcel, retiro o que eu disse

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Recapitulando o que eu disse sobre ser fácil escrever as imperfeições de Marcel, retiro o que eu disse. É extremamente difícil pensar nos defeitos dele.

E olha que ele tem muitos.

Me recosto na cadeira.

Tenho exatos cinco defeitos listados. E fique sabendo que usei minha noite inteira para isso. Me sinto orgulhosa de ter ido tão longe, nem pensava que conseguiria. Claro, que os defeitos são óbvios.

Egocêntrico, séria a definição de tudo, porém, Sami disse em tons claros que queria uma lista e não uma palavra.

Não sei porque de fato estou tentando fazer essa maldita lista, Sami não tem o direito de me obrigar a nada, mas sinto que seu eu conseguir algo vai mudar.

Não em relação a Marcel, mas sim a mim mesma. Se eu conseguir construir essa lista, vai ser uma grande evolução para a moribunda que está vegetando a cinco meses dentro de casa. Oras, vai ser uma grande chance de mostrar que sou capaz de seguir em frente e mostrar para aquele presunçoso do caralho que ele não tem efeito algum na minha vida.

Um grito agudo me faz voltar a realidade. Logo depois barulhos de algo sendo arremessado e colidindo com o chão preenche minha audição e novamente o grito.

Roger está gritando.

Me levanto num salto.

O que Roger está fazendo na minha casa?

Corro para a cozinha e a cena que vejo me faz rir de nervoso. Roger e Klaus em cima da bancada e abraçados. Klaus segura uma panela como se fosse uma espada pronta para ataque.

Mas que diabos!

Roger é meu melhor amigo e Klaus o odeia. Roger venera Klaus, tem aquela admiração exagerada, que faz com que Klaus abomine a pequena criatura que é meu amigo. E não é admiração do tipo queria ser igual você, é admiração de alguém interessado. Isso aí, Roger é apaixonado por Klaus.

— O que foi? — Pergunto esganiçada.

— Eu vi uma aranha. Ali! — Klaus  arremessa a panela na pobre aranha indefesa. — Mata, por favor! Nunca te pedi nada, Lava!

Ele acabou de arremessar a panela em cima da pobre aranha!

Consigo rolar os olhos com o apelido tosco que ele me deu.

"Lava diminutivo de Lavanda. Lavanda age como lava de um vulcão. Pensem bem, só vive em queda, sua vida é uma declive total igual a lava escorrendo do vulcão. A única vez que nós vimos ela reagir foi com a agressão á Marcel há séculos atrás, igual um vulcão em erupção".

De fato as palavras dele tem sentindo, mas meus sentimentos feridos não pensaram nisso. O que fez com que eu chorasse dias seguidos. - Palavras fortes, lágrimas fortes - foi o que Mariza disse para me compensar de explicações. 

Lavanda - O Amor Mora No Campo. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora