Série Flores - Livro 1
SINOPSE:
- Sem querer a gente se apaixona, isso é fato - sua voz doce e suave sussurrou ao meu ouvido. - Eu não acho que você deva ficar. O campo não faz parte de você - continuou ele, enquanto enrolava uma mecha do meu cabelo...
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Recapitulando o que eu disse sobre ser fácil escrever as imperfeições de Marcel, retiro o que eu disse. É extremamente difícil pensar nos defeitos dele.
E olha que ele tem muitos.
Me recosto na cadeira.
Tenho exatos cinco defeitos listados. E fique sabendo que usei minha noite inteira para isso. Me sinto orgulhosa de ter ido tão longe, nem pensava que conseguiria. Claro, que os defeitos são óbvios.
Egocêntrico, séria a definição de tudo, porém, Sami disse em tons claros que queria uma lista e não uma palavra.
Não sei porque de fato estou tentando fazer essa maldita lista, Sami não tem o direito de me obrigar a nada, mas sinto que seu eu conseguir algo vai mudar.
Não em relação a Marcel, mas sim a mim mesma. Se eu conseguir construir essa lista, vai ser uma grande evolução para a moribunda que está vegetando a cinco meses dentro de casa. Oras, vai ser uma grande chance de mostrar que sou capaz de seguir em frente e mostrar para aquele presunçoso do caralho que ele não tem efeito algum na minha vida.
Um grito agudo me faz voltar a realidade. Logo depois barulhos de algo sendo arremessado e colidindo com o chão preenche minha audição e novamente o grito.
Roger está gritando.
Me levanto num salto.
O que Roger está fazendo na minha casa?
Corro para a cozinha e a cena que vejo me faz rir de nervoso. Roger e Klaus em cima da bancada e abraçados. Klaus segura uma panela como se fosse uma espada pronta para ataque.
Mas que diabos!
Roger é meu melhor amigo e Klaus o odeia. Roger venera Klaus, tem aquela admiração exagerada, que faz com que Klaus abomine a pequena criatura que é meu amigo. E não é admiração do tipo queria ser igual você, é admiração de alguém interessado. Isso aí, Roger é apaixonado por Klaus.
— O que foi? — Pergunto esganiçada.
— Eu vi uma aranha. Ali! — Klaus arremessa a panela na pobre aranha indefesa. — Mata, por favor! Nunca te pedi nada, Lava!
Ele acabou de arremessar a panela em cima da pobre aranha!
Consigo rolar os olhos com o apelido tosco que ele me deu.
"Lava diminutivo de Lavanda. Lavanda age como lava de um vulcão. Pensem bem, só vive em queda, sua vida é uma declive total igual a lava escorrendo do vulcão. A única vez que nós vimos ela reagir foi com a agressão á Marcel há séculos atrás, igual um vulcão em erupção".
De fato as palavras dele tem sentindo, mas meus sentimentos feridos não pensaram nisso. O que fez com que eu chorasse dias seguidos. - Palavras fortes, lágrimas fortes - foi o que Mariza disse para me compensar de explicações.