— Por que tenho problemas? Eu não tenho problemas, Roger — ele faz "uhum" — Sério! Eu só...
— Não quero explicações. Quero que você se resolva com si mesma, entende? — ela espana a poeira do short, enquanto levanta-se do chão.
— Não entendo, não! Me resolver? Mas não tem nada pra resolver. Eu só gosto de passar o tempo com ele. Wallace é legal — falo sorrindo.
Roger está entrando em desespero por desconfiar que Wallace sabe segredos que ela não sabe. E ele está certo, Wallace sabe de muitas coisas. Coisas das quais não sei seu um dia terei coragem de falar para a família.
— Eu sei que ele é legal. Eu só não gosto que vocês passem tanto tempo juntos — ele passa as mãos nos fios desgrenhados. Desde quando chegamos em Ferrassiéres Roger não se importa tanto com seu visual.
Andar com os cabelos despenteado e totalmente desgovernados, virou sua rotina. Suas camisas estão sempre com botões demais abertos, mostrando seu tórax tonificado. E ele que era contra bermudas acima dos joelhos, agora não deixa de vesti-las.
— Nós começamos a sair á três dias, Roger.
Roger olha para o céu, que decidiu estar límpido, sem resquícios qualquer de chuva.
— Três dias que você não me dá atenção — ele revira os olhos. — Pierre nos chamou para ir ao lago. Mas quando fui te procurar estava toda sorridente com o Wallace. Eu não gosto disso.
— Ele estava falando de algo engraçado — me defendo. — E não quero me aproximar de Pierre.
— Pierre só nos convidou pra acompanhar Lola. Ele não iria, porque foge da sua presença feito eu fugindo de ex namorados — ele balançou a cabeça indignado. — Aliás, Wallace não precisa ficar encostando em você. Isso é ridículo!
— Está me vigiando? — ele deu de ombros. — Eu vou te matar, Roger! — ele abriu um enorme sorriso.
— Vamos naquele bar hoje a noite. Já pode dizer para o Wallace que você não está disponível.
— Eu não disse que vou — puxo o óculos para a ponta do nariz e ergo as sobrancelhas.
— Mais você vai — ele dá de ombros. — Deixa esses óculos no lugar certo, já é feio o suficiente em frente dos olhos e na ponta do nariz está insuportável de ver. Aliás, que roupa é essa?
Arrumo os óculos. O grande problema de quem usa óculos, é que sabemos que não podemos encostar na lente que mancha, mas mesmo assim encostamos e fica tudo manchado. Agora mesmo vejo Roger em cor normal e fosco com minhas digitais. Olho para meu blusão do one direction, minha calça de moletom e minha pantufas de galinha.
Não foi só Roger que decidiu ligar o foda-se para a moda padrão de todos tem que estar bem vestidos. Acho que Ferrassiéres faz isso com as pessoas. Mostra que nem tudo é seguir regras feitas para pessoas totalmente imperfeitas tentando ser perfeitas da maneira errada.
— One direction — falo sorridente. Puxo o tecido da blusa analisando bem os rostos ali. Harry Stylles, minha paixão adolescente. Zayn Malik, minha segunda paixão adolescente. Liam Payne, minha terceira paixão adolescente. Niall Horan, minha quarta paixão adolescente e por último e não menos importante Louis Thompson minha outra paixão adolescente.
Ser adolescente é esquisito. Você se apaixona por pessoas distantes de todas formas possíveis. Sofre por amores platônicos com famosos. Gasta o dinheiro da faculdade com shows. Grita, chora, diz eu te amo tanto que a garganta dói. E chora mais ainda quando a banda acaba. Eu não era mais uma adolescente quando a banda acabou. Já tinha idade suficiente para entrar num bar e tomar todas. E foi o que eu e Roger fizemos enquanto chorávamos. Foi uma boa noite apesar de triste.
— Saudade — Roger suspira. — Written in these walls are the stories — Roger cita um trecho de nossa música preferida. History of my life.
Roger que me apresentou a boy band na minha adolescência. Ele era o fã número um. Na verdade ele não era, mas não quis partir o coração fanático dele com essa notícia. Quando completei dezoito anos fui para o meu segundo show da banda sem algum responsável. E por sorte de principiante consegui abraçar os cinco integrantes. Ainda acho que o Harry tem uma queda por mim.
— Ainda não consigo acreditar que o Harry elogiou seus olhos — diz Roger sorrindo, com os pensamentos daquela noite vividos também.
— Aposto que ele queria transar comigo...
— Ele é gay, docinho — Roger bufa.
— Ninguém tem certeza! Não força as coisas.
— Não força você, Lavanda! Fica querendo que o cara seja hétero — ele cutuca a unha. — héteros e suas manias de impor que todos sejam — ele sorri. Sempre falamos isso para héteros que acham que a vida é resumida na heterossexualidade.
— Sem rótulos?
— Claro. Aquele pedaço de pecado não precisa sem enquadrar em nada, porque ele é tudo — ele suspira.
— Nesse bar tem o que? — pergunto.
— Bebidas alcoólicas? — ele me encara.
— Não isso. O que? — rolo os olhos.
— Noite do karaokê. Ouvi rumores que os franceses gostam de cantar samba e de mexer os pés, fingindo que sabe sambar — ele ri.
Roger é filho de brasileira. Que sabe sambar e cantar samba como ninguém.
— Não vou perder meu amigo cantando e dançando samba — falo. Roger sorri.
Apesar de ter características brasileiras Roger não passa de um ser desengonçado. A única habilidade dela para dança e ir a boate e jogar os braços ao alto.
— Vou mostrar o que sei do Brasil — ele fala convicto, como se realmente soubesse dançar. Mas quem sou eu pra dizer que ele não sabe? Eu mesma tenho duas pernas esquerdas.
— Vou convidar o Wallace — Roger suspira derrotado.
— Falando do diabo ele aparece — ele resmunga. Wallace senta ao meu lado na grama. Ele beija minha testa.
— Atrapalho?
— Ainda pergunta — reclama meu amigo. — Se precisa contar segredos vou estar sentado no sofá — e começou a se distanciar.
— Ele não gosta de mim — diz Wallace. Ele não parece frustrado com a atitude do meu amigo, parece divertido.
— Ele gosta. Só não gosta disso — aponto para nós dois juntos.
— Disso? — ele arrastou o dedo lentamente pela cicatriz na minha mão — Espero nunca ver esse cara na minha frente — ele levou minha mão em sua boca, deixando um beijo na cicatriz. Umas das cicatrizes que Marcel deixou.
— Você não vai ver. Nem eu. Nunca mais — falo. — Vamos em um bar mais tarde. Você quer ir?
— Karaokê? — balanço a cabeça. — Claro. Tenho meus dotes para o canto — ele sorri. Os cantos dos seus olhos enrugam.
— Duvido. Os meus são melhores. Tive aulas de canto dos sete aos dezesseis anos.
— Uma cantora profissional. Assim não Vale — é tão fácil sorrir com Wallace que chega a ser assustador.
— Uma cantora que teve de abandonar o canto porque era uma péssima cantora para um palco, além dos de karaokês.
— Muitos talentos escondidos? — ele questiona.
— Alguns... — dou de ombros, rindo. — Sei fritar ovos. Cantar em karaokê. Fotografar. Fazer minha família ficar preocupada. Sei nadar tão bem quanto uma sereia. Também sei chutar canelas — Wallace já estava rindo sem se conter. — E o mais importante. Sei chorar que é uma beleza — acompanho Wallace nas gargalhadas.
Não estávamos sentados muito distante da casa. Foi onde consegui ver Pierre olhando em nossa direção pela janela. Quando ele nota que estou olhando em sua direção, sai da janela. É sempre assim! Não quer ficar próximo, mas não consegue me deixar livre.
— Tem um talento que adoro — Wallace me faz desviar a atenção da janela.
— Não me diga que são meus olhos. Só um cara conseguiu me atrair com isso.
Ele ergue as sobrancelhas.
— Estou curioso — ele sorri.
Ergo o tecido da camisa e aponto para o garoto dos cabelos encaracolados e olhos verdes.
— Harry Stylles — falo orgulhosa.
— Esse moleque? — ele ainda está sorrindo com uma careta.
— Aham. Mas só podemos ficar juntos por cinco minutos. Ele tinha outro show naquela noite. Mas foi uma noite maravilhosa. Nunca gritei tanto eu te amo em minha vida.
— Ele é o vocalista de alguma banda de garotos?
— Ele era. A banda se separou. Cada um segue um estilo musical diferente — suspiro frustrada. Apesar de acompanhar todos do mesmo jeito.
— Tenho certeza que foram cinco minutos de sorte para o cara — acabo sorrindo. — Como não vou ganhar elogiando seus olhos, que mesmo assim são os mais belos que já vi... — ele fala rindo. — mas seu talento que eu mais gosto é esse. Me fazer sorrir igual um bobalhão.
A cada novo dia acho que posso me apaixonar um pouco mais por Wallace. Isso mesmo eu disse que estou apaixonada.
***
Meu propósito ao entrar no bar e me acomodar na mesa ao fundo era afogar as mágoas na bebida, mas estou há 40 minutos sem conseguir me mover, sem me sentir estranha e incômoda com a presença de Pierre.
— Quem convidou ele? — questiono no ouvido de Roger.
— Peter. Ele achou que seria um boa ideia — Roger explica.
Wallace ao meu lado toma mais um gole de sua cerveja olhando solidário para Pierre. Eu e Roger parecemos os únicos perdidos nos olhares enigmáticos que os três trocam de momento em momento.
— O que esta rolando? — pergunto diretamente para Wallace.
— Nada — ele toma o restante da cerveja. — Vou pegar outra — ele levanta a garrafa vazia. — Alguém mais quer?
— Trás duas — pede Pierre.
Wallace sai.
— Torna-se um alcoólatra não vai resolver seus problemas — resmungo, bebericando minha própria cerveja. Peter arregalou os olhos em minha direção.
Esperava uma resposta rude de Pierre, ou até mesmo uma careta de desagrado. Ambas não vieram, o que de fato, foi uma frustação e surpresa.
— Você está horrível — continuo resmungando, insatisfeita com sua forma de me ignorar.
— Acho que está na hora de mostrar o que é samba de verdade para esses franceses — Roger levanta-se. Ele sorri como se soubesse o que está fazendo. E ele de fato sabe. Só não sabe cantar e dançar.
Ele alcança o pequeno palco. E começa uma conversa com um homem. Não consigo entender o que eles conversam por estar longe.
— Temos um participante que diz ser filho de brasileira. E que vai cantar garota de Ipanema. — anuncia o mesmo homem que conversava ainda pouco com Roger. A sala se enche de aplausos. — O palco é todo seu!
Ele entrega o microfone para meu amigo.
Roger sorri para as pessoas que observa-o.
— Olá, eu sou Roger. Roger Turner Silva - ele fala orgulhoso de si mesmo. — E agora vou cantar garota de Ipanema.
A melodia começa a soar pelo ambiente. E logo a voz de meu amigo começou a ressoar sobre a melodia.
Que alias, é horrível.
Ele começa se mexer no ritmo da música e logo a plateia entra na onda.
— Ele tem uma péssima voz — diz Wallace empurrando uma cerveja pra Pierre.
— Eu pedi duas — Pierre reclama.
— E eu trouxe uma — Wallace diz óbvio. — Me diz que canta melhor que ele? — ele faz cara de sofrimento.
— Fiz nove anos de canto. Não vou desafinar tanto quanto ele. Prometo — falo sorrindo. — O importante é que estão gostando.
Pessoas dançam enquanto meu amigo joga os pés em todas direções possíveis, sem total coordenação. Um grupo canta de maneira enrolada e confusa, enquanto Roger sorri e acena para as pessoas.
— Ele sabe animar — diz Wallace indiferente.
Peter assovia em direção ao palco.
Quando Roger termina a canção é recebido com aplausos e assovios. Ele agradece e vem eufórico a nossa mesa.
— Eles adoraram! — ele exclama, tomando minha cerveja. — Depois desse casal vai ser nós, Lavanda.
— One direction? — pergunto sorrindo.
— Claro. History of my Life?
— Com certeza!
Ele concorda e começa a conversar com Peter.
— Você não vai contar para ele? Sobre ele cantar ruim? — Wallace pergunta próximo a minha orelha.
— Não me importo se ele canta ruim. Eu só me importo se ele está feliz — falo cara a cara com ele. — O que podemos achar ruim, nem sempre é ruim para o outro.
Ele ficou em silêncio.
Nessa noite Wallace mostrou não ser o mesmo Wallace que eu havia conhecido. E é tão difícil pensar que talvez, ele esteja escondendo seu verdadeiro eu.
E que seu verdadeiro eu seja tão decepcionante o quão vejo ele agora.
Na verdade todos nós somos decepcionantes. Nós nos fazemos decepcionantes. Somos decepcionante todos os dias. É algo involuntário, nem ao menos percebemos quando somos. Só somos. Acho que por isso a decepção não seja tão trivial, ela vai estar ali todos os dias, na vida de todos. Sete bilhões de pessoas sofrem com a decepção e isso é tão incrível e decepcionante.
Viu só! A decepção está em qualquer coisa, qualquer lugar, qualquer momento. Em qualquer século. Não somos os premiados da vez. Alguém foi antes de nós a milhões de anos atrás. Provavelmente uma esposa quando descobriu quem era seu verdadeiro marido. Uma mãe quando chorou pela primeira por culpa de seu filho.
É tão decepcionante não saber qual foi a primeira decepção da vida humana que é extraordinário.
Qual foi a primeira decepção de Pierre? Qual foi a de Roger? A de Peter? De Wallace? Qual foi a minha?
É tão incrível não ter uma resposta para essas perguntas. Não sabemos qual foi nossa primeira decepção. Pode ter sido no momento em que decidimos sair do útero de nossa mãe. O nosso primeiro choro. Pode ter sido qualquer coisa, porque temos inúmeras decepções desde que nascemos.
— O que essa cabeça tanto pensa? — Roger me encara.
— Que não sabemos qual foi nossa primeira decepção. É um ciclo, nunca acaba.
Isso parece ter atraído a atenção de Pierre. Ele me olha, por segundos, minutos, séculos, não faço questão de saber. Só quero que ele nunca pare de olhar. Quero que ele me olhe assim para sempre. Que ele me olhe com os olhos brilhantes, como se eu fosse incrível. Todos. Os. Dias.
— Eu sei qual foi minha primeira decepção — diz Peter. — Foi o momento que decidi trair a confiança do meu irmão.
— Peter não — diz Pierre com a voz baixa e grave, sem desviar os olhos dos meus.
— Quem te garante que a sua primeira decepção não foi assim que você nasceu? — pergunto, com os olhos ainda fixos nos de Pierre.
— Isso foi profundo... — Peter fala.
— Vamos fazer uma brincadeira? — Roger quebra o clima mágico entre Pierre e eu. Fazendo-o parar de me encarar, para olhar com a testa franzida para ele.
Obrigada Roger!
— Brincadeira? — Peter coça o queixo. — Já somos grandinhos para jogar verdade ou consequência.
Roger bufa.
— É assim. Contamos uma decepção horrível nossa e quem desistir tem que tomar três doses seguidas de Jack Daniel's.— Muito melhor que verdade e consequência — ele pisca para Peter.
— Eu topo! — diz Peter rindo. Feito um adolescente bobão.
Essa brincadeira deveria chamar-se ferra vidas.
— Estou dentro — Wallace concorda.
— Eu também — diz Pierre.
— Lavanda? — Roger chama. — Só falta você.
Isso é colocar uma corda no pescoço e esperar o momento certo para se jogar para a morte. Quem em sã consciência faz isso?
— Vamos Lavanda? Pode até colocar alguma regra esquisita igual você fazia na escola — meu amigo sugere.
Até que não é uma má ideia. Não vai ser tão ruim contar algo e ninguém poder questionar os fatos da história.
— A regra é: sem perguntas depois da confissão. Isso serve para todos — solto minha regra.
— Tá bom. Vamos começar! Primeiro as damas — Roger oferece.
— Nem fodendo — digo, arrancando gargalhadas de Peter.
— Eu começo — Wallace se oferece. — Uma das minhas decepções foi não ter impedido Eleonor de ir embora naquela noite.
Pierre se mexeu desconfortável na cadeira. Eleonor tinha algo a ver com os olhares enigmáticos?
Ninguém perguntou quem era Eleonor. Era a regra.
— A minha foi não ter contado a verdade antes — Peter confessa.
— Sem meia verdades — diz Roger. — Ou as três doses — ele esclarece diante da careta de Peter.
— Não ter contado para Pierre a verdade sobre a mulher que decidi amar — ele diz sem meias verdades. Vejo quando Pierre fica desconfortável na cadeira, novamente.
— Bem... — Roger pensa um pouco. — A minha maior decepção foi não ter protegido a Lavanda como ela merecia — ele me olha nos olhos. — Eu sei o que o Marcel fez naquela noite — uma lágrima escorre por sua bochecha. Ele encolhe os ombros e limpa a lágrima.
Eu também estava a beira das lágrimas. Eu tenho tantas perguntas. Quando ele descobriu? Por que não fez nada? Por que não denunciou o Marcel? Por que não me protegeu?
Mas a regra era: sem perguntas. Regra essa que criei e me arrependo profundamente.
— Minha decepção é voltar aqui depois da morte dela — Pierre diz e toma uma dose da bebida.
— Esta fazendo errado — Peter alerta, sobre só beber se não contar algo.
— Que se foda — Pierre responde.
Agora todos estão me olhando. Esperando minha decepção. Eu tenho tantas que é difícil escolher uma.
— Hã... Foi ter continuado com Marcel depois daquela noite — Roger soluçou ao meu lado. Ele põe as mãos sobre a boca e nega com a cabeça.
— Me decepciono de não ter não ter feito nada para que meu pai não estuprasse Elizabeth todas as noites — Wallace pisca para as lágrimas não cair.
A verdade nem sempre é bela e legal. Ás vezes, é amarga e dolorosa. E uma confissão pode trazer todas as terríveis lembranças de volta.
— Me decepciono de ter convencido Eleonor de vir aqui naquela noite. E tê-la matado — Peter confessou, balanço os ombros prestes a chorar.
— Me decepciono de ter culpado meu irmão pela morte dela. Não foi culpa de vocês - diz Pierre.
Peter jogou os braços nos ombros de Pierre o abraçando.
Wallace ao meu lado funga.
Não sei quem era Eleonor e a sua historia, mas posso ver que era importante na vida deles. Principalmente na de Pierre.
— Me decepciono de não pegar um avião agora mesmo fazer Marcel pagar por tudo — Roger diz.
Sorrio para Roger. Esconder isso de mim por tanto tempo deve ter destruído ele também. Marcel é corrosivo.
— Me decepciono de não ter falado para todos o que ele fez. E me decepciono de ter fingido que não foi ele que me destruiu. Que não foi ele que arruinou minha vida.
Eu não me sentia preparada para falar que foi Marcel. Que havia sido ele que me violentou e abandonou meu corpo em um terreno qualquer. Mas, eu tinha pessoas as quais poderia esperar um abraço reconfortante e aguardar um dia melhor que o anterior.
A noite não havia terminado como o planejado. Porém, naquela noite poderíamos dormir sem tanta culpa.
Culpa que carregávamos mesmo sem ser nossas.
Poderíamos olhar para frente sem nos preocupar tanto com o passado.
Sem carregar tanto peso nos ombros.____________________
Quem aí também sente falta da 1D?
O que acharam do capítulo?
Peter realmente matou Eleonor? Afinal, quem diabos é Eleonor?
E sim, Roger sabia de tudo que lavanda passou esse tempo todo!! :○
SE GOSTOU DEIXE SEU VOTO!!! ;)
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Lavanda - O Amor Mora No Campo. (EM REVISÃO)
RomanceSérie Flores - Livro 1 SINOPSE: - Sem querer a gente se apaixona, isso é fato - sua voz doce e suave sussurrou ao meu ouvido. - Eu não acho que você deva ficar. O campo não faz parte de você - continuou ele, enquanto enrolava uma mecha do meu cabelo...