• Capítulo 15 •

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— Lavanda corre mais rápido! — Roger grita, suas pernas correndo em ritmo constante.

Solto o ar preso em meus pulmões e paro de correr. Agacho com as mãos nos joelhos. Meus pulmões ardem, queimam, procuram por resquícios de ar. Eu odeio ser sedentária.

— Meu Deus! Não morre, Lavanda — ele volta correndo para onde estou – morrendo? – meu corpo inteiro treme a ponto de desmoronar.

Roger tem a audácia de correr em minha direção sorrindo, enquanto tento me equilibrar em minhas pernas bambas. O suor escorre entre meus seios e desce pela barriga. Estou toda suada. Tem suor em lugar que eu nem sabia que podia suar. E Roger está parado em minha frente com as mãos no quadril e sorrindo, sem suor.

Presunçoso do caralho!

— Só faz vinte minutos. Vamos lá, guerreira!

Ergo os olhos do chão e encaro meu amigo. Se eu tivesse garras acabaria com esses lábios em forma de sorriso dele.

— Maldito exibido você, Roger — puxo uma longa lufada de ar. Me endireito e coloco as mãos no quadril. — Uau. Estou acabada. Acho que estou tento convulsão. Minhas pernas estão tremendo.

— Sedentarismo docinho. Vamos? Só falta mais quarenta minutos.

Com certeza eu faria um grande estrago com garras.

— Quer me matar? — reclamo, retirando o suor da testa usando o dedo indicador.

Roger bate palmas duas vezes e sorri.

— A última a chegar é a mulher do padre — e volta a correr. Fico parada olhando sua figura distanciar-se. — Só estou caminhando!

Ele tem razão, mas só de olhar meus pulmões já reclamam.

Volto a andar – ou seja, arrastar-me – não sei dizer se meus pés estão deixando o solo. Encaro a poça d'água a minha frente e choramingo só de pensar que tenho que pulá-la e o efeito que isso trará ao meu corpo trêmulo.

Roger está parado assistindo minha cena entre pular ou não pular. Olho para trás, o caminho de onde vim e parece tão convidativo. Volto a olhar para a enorme poça que toma conta de todo caminho de terra.

— Eu desisto — peço arrego.

— Ainda bem! — olho confusa para Roger. — Não aguento mais ficar interrompendo minha corrida por sua causa — ele pula a poça com um sorriso de deboche.

— Maldito exibido! — falo rindo.

O caminho de volta Roger não ficou calado um segundo. Enquanto meu cérebro trabalhava para entender como ele tinha fôlego para aquilo. Ele começou o assunto: médico gostosão que havia me ajudado no avião.

Eu sabia que eles estavam tendo um caso, mas não imaginava que meu amigo se importasse tanto a ponto do assunto ser só o médico gostosão.

— Tenho um tesão quando estou com ele — ele diz. — Ele é maravilhoso. Você tem que ver. Ele é simplesmente... Uau — ele sorri lembrando da sua noite passada. — Ele tem aquele V maravilhoso que leva para a felicidade. Lavanda! — ele para de andar e se põe em minha frente. — Ele tem uma pegada, que já fico arrepiado só de lembrar. E o instrumento dele é...

Lavanda - O Amor Mora No Campo. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora