☆Extra - Capítulo 6☆

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Oi, pessoal!

Socorro! Fui revisar o capítulo e estava tranquila com o número de palavras. Então, quando coloquei o ponto final, percebi o tamanho que ficou... 😨

Presentinho de Natal antecipado!🎁 Acho que vocês conseguem terminar de ler até lá!😉

Boa leitura!

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Depois que Peeta se despede, aguardo de pé próxima à janela e permaneço ali até vê-lo cruzando o gramado em frente à escola, em direção ao seu carro. Refaço meu caminho até o local onde Annie, Prim e Rue definem os detalhes finais para os projetos da feira de ciências. Esbarro com minha irmã e sua amiga inseparável, quando elas atravessam a porta da sala. Prim me encara com ar travesso e fico mais ruborizada do que já estava desde que vi Peeta ir embora.

- Guardou todo o material bem direitinho com o Peeta? - Annie se levanta e põe o dedo em riste, numa tentativa de parecer séria, mas logo suaviza sua expressão num meio sorriso e sinaliza para eu me sentar perto dela à mesa. - Aproveitando que estamos sozinhas na sala... Como vai esse coração apaixonado?

Enrijeço no local em que estou, nem sentada, nem de pé, no mesmo instante em que Annie pronuncia a pergunta, que contém um dado alarmante, ao menos para mim. Coração apaixonado?

Finalmente, eu desabo na cadeira, porém abro e fecho a boca sem emitir nenhum som, balançando a cabeça, muito atordoada para falar.

Annie tem um ótimo faro para desvendar o meu estado de espírito, mas duvido por alguns instantes de que eu já estivesse dando qualquer pista a respeito dos meus sentimentos, pois nem eu mesma conheço o alcance deles.

- Você acha que eu estou apaixonada?

- Quase posso ver as engenhocas do seu cérebro funcionando para desvendar esse mistério. - Ela gesticula, simulando engrenagens em movimento sobre a própria cabeça. - Relaxa, amiga.

- Eu estou... muito... relaxada. - Forço meu pescoço rígido a se mover ligeiramente, mas meus músculos tornam a se tensionar, quando ergo os olhos e me deparo com a expressão um tanto maliciosa da ruiva.

Apesar da provocação, ela é minha melhor amiga e me conhece muito bem. Eu sempre admirei sua sagacidade e sua visão otimista da vida - ainda que bem diferente da minha -, e os conselhos que recebo dela a partir de suas observações, sob um ponto de vista quase sempre diametralmente oposto ao meu. Assim, apesar de receosa, estou aberta a avaliar a opinião dela. A princípio.

- Você pode ficar aí sacudindo a cabeça o quanto quiser, mas tenho provas indiscutíveis.

Annie faz essa declaração com um olhar questionador que sugere que, além de expor suas próprias convicções, ela vai me testar até ouvir de mim o que ela quer saber. Mas esse jogo eu também sei jogar. São anos de prática com ela e Prim. Então, já estou armada para contestar qualquer dos argumentos que ela me apresentar.

- Ok, discorra sobre o tema - exijo, com um tom desafiador, apoiando meus antebraços sobre a mesa e aproximando meu rosto do dela, num sinal de que não estou intimidada. - Como diz o meu querido advogado Haymitch: o ônus da prova é de quem alega.

Annie reproduz o meu gesto e seus olhos verdes faíscam com sua astúcia, aguçada por meu contra-ataque.

- Katniss Everdeen, eu poderia passar o dia inteiro tentando convencê-la do óbvio, dizendo que está claro como você se sente sobre o Peeta, mas bastam poucas evidências. Sinceramente, nas últimas vinte e quatro horas, você fez coisas que eu nunca imaginei acontecerem...

Blind dateOnde histórias criam vida. Descubra agora