POV LAURAEstava no meu quarto separando cobertores para que eu e Helena fizéssemos uma maratona de uma série que ambas adoravamos, Shippar eternamente Delena, e embora ja tecnicamente a gente fosse maior de idade, e Helena se considerar muito madura, esse era o momento que ela agia como alguém da idade dela. Me olhei no espelho para arrumar o cabelo que estava com um fio rebelde querendo subir, eu parecia um unicórnio com aquele único fio no meio da minha testa. Helena havia acabado de sair do quarto para colocar seu celular que estava descarregado para carregar no andar de baixo. Até que me assustei com um enorme estrondo vindo da escada.
"Que porra é essa?"
- HELENA? ACONTECEU ALGO? - Gritei do meu quarto, e não houve resposta. Decidi ir la olhar o que era.
Eu quase desmaiei ao ver a cena do salto da minha melhor amiga no topo da escada, preso entre o vão do piso e o primeiro degrau da escada, e ela no fim da escada, no chão, caida e desacordada.
- MEU DEUS HELENA? - Desci correndo e desesperada. Ela não respondia aos meus chamados, vi que ela estava respirando, o que me deixou um pouco aliviada. - MEU DEUS O QUE EU FAÇO? - corri para o telefone ao lado do sofa e disquei o número da ambulância, e uma mulher me atendeu, fiquei tão nervosa para explicar o que havia acontecido que o celular tremia na minha orelha.
"Droga Laura, se acalme!"
- Isso moça, uma ambulância, minha amiga caiu da escada e está desacordada, RÁPIDO! - Enquanto eu tentava explicar para a mulher o que aconteceu ouvi alguém fechar a porta da frente, era meu pai.
"Graças a Deusa!"
- PAI PELO AMOR DE DEUS, vamos para o hospital rápido! - Desliguei o telefone na cara da mulher que estava do outro lado da linha.
- Laura? O que aconteceu? - Ele perguntou sem entender o motivo do meu alvoroço. Até que viu minha amiga deitada no chão desacordada. Meu Deus, eu não sabia o que fazer, eu estava tão confusa, não sabia se chamava a ambulância, se tentava acordar a minha amiga caida, ou se explicava para o meu pai.
- No caminho eu te explico, so pega ela logo e vamos para o hospital mais próximo. - Falei empurrando ele em direção ao chão e assim ele fez. Pegou Helena no colo e fomos correndo em direção ao carro lá fora.
Enquanto meu pai colocava ela deitada no banco de trás, eu sentei e coloquei sua cabeça sobre meu colo, e papai indo direto ao volante.
- Porra Laura! Da pra dizer quem é essa menina? - Ele falou nervoso.
- Minha melhor amiga, aquela amiga que falei que conheci, mas você como sempre me ignorou enquanto lia seu jornal sem graça. - Tentei controlar minha boca e não começar a discutir com meu pai ali mesmo, e a situação não estava muito favorável para isso.
Meu pai é um homem bem rígido, a profissão dele exigia isso, ja que ele sempre reclamava que se você amolecer, as pessoas da área de publicidade que ele trabalhava, pisavam em você como um garoto levado pisa em uma formiga indefesa. Ele era dono de uma agência de publicidade, que fazia designer de produtos e algumas propagandas. Eu inclusive ja participei de algumas. Mas nada grandioso.
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A Sexta Ventania
RomanceQuando Helena completa seu aniversário de 18 anos, se muda para a cidade grande, quando certo dia acaba entrando em uma loja de livros antigos, na qual encontra um livro com uma carta de um menino de 7 anos. Tempo depois, ao entrar na faculdade enco...