Capítulo 18 - Um Tapinha Não Dói.

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Cheguei na casa de Laura, e ela estava na sala mexendo no celular. Ela estava com um semblante irritado, eu não sabia distinguir muito bem o que o rosto dela dizia.

- Cheguei! - Disse ao entrar, a porta ja estava aberta.

- Oi. Meu só quero saber por que ele não falou nada. - Ela foi direta.

- Ah Laurinha. É a vida dele, talvez ele esteja vendo se é algo sério pra poder te contar depois. - Falei sorrindo.

- Ele chamou ela de amor Helena.

"Droga Rogério, a gente precisa falar em código agora pra ninguém descobrir a merda que a gente ta fazendo."

- Ah sei la... não sei o que dizer - falei sinica.

- Bom... vou tentar descobrir algo, vou colocar ele na parede, ele sempre cai, eu sei colocar pressão nas pessoas - Falou sorrindo.

- É... eu sei. - Respondi sorrindo e ela me empurrou.

- Cala a boca - Gargalhou.

Ouvi a batida da porta atrás de mim e a voz rouca me fez tremer de nervosismo.

- Che... - Falou fechando a porta - guei.

- Falando no diabo - Laura sussurrou.

- Helena, quanto tempo. - Ele falou sinico.

- Oi Rogério, verdade, muito tempo. - Entrei na onda.

Ele foi afrouxando a gravata e tirando os sapatos, e vestindo um par de chinelos de cor preta.

- Laura, o que acha de pedir comida pra nós. Vai ficar pra comer com a gente né Helena - Ele perguntou e o olhar profundo dele me deixou sem ar.

- Eh... eh. Sim. Tudo bem. Tá. - Eu falei tudo tão confusamente confusa, que nem mesmo eu entendi.

- Okay. - Ele sorriu.

- Eu vou lá em cima, preciso de um banho. Ta calor hoje. Pai você pede a comida pelo aplicativo? - Laura falou subindo a escada.

- Peço sim. Helena você me ajuda? Eu sou péssimo com esses negócios de aplicativos. - Perguntou com segundas intenções.

- Ajuda ele ae Helena, é que na pré-historia não existia Internet - Laura gargalhou e eu toda vermelha concordei.

Ela subiu e ele se sentou de pernas abertas no sofa, aquela visão que eu estava tendo, era simplesmente perfeita. O homem mais sexy do mundo ali, me olhando e me desejando. Só que infelizmente nada iria acontecer. Ele continuou sentado de perna aberta e me chamou com o dedo.

- Que saudades... - Ele falou me puxando rápido, me fazendo sentar em seu colo, e segundos depois nossos lábios se tocaram.

- Rogério... a Laura ta la cima.

- Ela ta no banho, temos tempo o suficiente - Falou me beijando no pescoço e puxando meu cabelo levemente pela nuca com a mão direita.

- Eu não vou dar uma rapidinha com você aqui. - Falei empurrando ele e ele gargalhou.

- Pequena... nossa primeira noite juntos vai ser inesquecível, não quero rapidinha. Só quero ficar dando uns pega com minha namorada no sofa. - Sempre que ele falava como os garotos da minha idade ficava mais sexy.

- Bobo... - Falei dando um selinho nele - Mas infelizmente não vai ser hoje que isso vai acontecer. Pede logo essa comida, se a Laura aparecer ela vai perguntar por que a gente enrolou tanto.

- Se ela soubesse o motivo real disso... - Ele sorriu.

- Exatamente, e a gente precisa conversar sobre isso depois.

- Okay, a senhora que manda - Fez reverência como um soldado e eu gargalhei da cena.

Rogério havia pedido comida italiana, e o aplicativo de pedidos avisou que em 10 minutos chegaria. Ele estava sentado na poltrona ao lado da mesa de centro, e eu no braço do sofá, havia um clima de tensão no ar. Ambos com vontade de estar juntos, na verdade queríamos estar um com a língua na garganta do outro para ser mais específica, mas enfim. Tentei acabar com o clima tenso indo para a cozinha para preparar a mesa para comermos. Levantei-me e Rogério perguntou onde eu estava indo.

- Onde você vai? - Me olhou curioso.

- Na cozinha pegar pratos para colocar a mesa para a gente comer - Respondi enquanto andava em direção a cozinha.

Entrei na cozinha e fui pegar os pratos no armário. Lembrei de minha mãe sempre querendo parecer rica quando os parentes distantes iam para casa jantar ou almoçar, ela sempre arrumava a mesa com regras básicas de etiqueta. Resolvi querer mostrar meu lado sofisticada, só que não, para o meu homem e para a minha melhor amiga.

"Meu homem..."

Coloquei a mesa e estava de costas para a porta da sala de jantar, não conseguia ver quem chegava, e um forte barulho ecoou pelo silêncio do ambiente.

- Gostosa! - Rogério havia me dado um tapa forte na bunda, e em questão de segundos meu corpo havia sido tomado por um misto de tesão, e medo. Medo da Laura ver algo e meu Deus, seria horrível.

- QUE SUSTO! - Falei dando um tapa nas costas dele e ele gargalhou.

- Você fica simplesmente perfeita quando está distraída.

- Eu sou perfeita, obrigada, de nada. - Sorri sinicamente.

- GENTE CADÊ VOCÊS? - Laura gritou da sala e Rogério e eu nos olhamos.

- Pega isso - entreguei um garfo para ele e ele me olhou confuso - ESTAMOS AQUI!

- Oi, achei vocês.

- Seu pai tá me ajudando a por a mesa, né? - Olhei para Rogério e ele ficou nervoso e corado.

- Eh... s-sim. - Ele sorriu confirmando.

A comida chegou e finalmente fomos comer. Almoçamos tranquilamente, eu e Rogério trocávamos olhares discretos, e após comermos eu e Laura fomos lavar a louça, e Rogério ofereceu carona para me levar para casa e tentei negar, mas a insistência da Laura não deixou eu ter outra resposta além de um "Sim" e Rogério ficaria uma fera se eu não concordasse.

Me despedi de Laura e um alívio tomou conta de mim, Laura não sabia que era eu a namorada secreta do pai dela, e a culpa também sempre vinha junto com o alívio.

No carro, sentei no banco ao lado do motorista e iniciei minha conversa.

- Rogério, eu só fui lá na sua casa hoje, por que a Laura ouviu você chamar alguém de Amor, ela ficou uma fera - Falei séria.

- Sério? Que bom! - Respondeu sorrindo.

- Que bom? Como que bom?

- Ué pequena, já ta na hora dela saber que eu amo a amiga dela, vai ser até legal, ela vai gostar eu acho, a madrasta ser a melhor amiga. Todo mundo sai ganhando. - Ele respondeu sorrindo animado, como se aquilo fosse algo bom.

- NÃO, CLARO QUE NÃO ROGÉRIO, TÁ DOIDO? - Eu gritei sem querer.

- Calma, hey, foi só uma idéia, a gente resolve isso. - Ele tentou me acalmar.

- Eu quero falar pra ela, mas... é muito cedo, a gente precisa de mais tempo pra ver se o que a gente tem é realmente sério.

- Não é sério pra você? - Ele parou o carro rapidamente e me assustei.

- É óbvio que é. Sempre vai ser, eu sabia das consequências antes de me envolver com você, e... ou vai dar tudo certo e todo mundo vai viver feliz no fim. Ou vai dar muito ruim e a Laura vai me odiar pro resto da vida.

- Calma, eu resolvo isso, agora fica calma e vem aqui me beijar por que to morrendo de saudade da sua boca. - Se aproximou.

Nos beijamos lentamente, e nem havia notado que eu já estava na frente de casa. Sai do carro e entrei na portaria lembrando do que ele havia dito anteriormente.

"Já ta na hora dela saber que eu amo a amiga dela..."

Esse homem mexe comigo...

OIIE eu sei que sumi... e ta ae mais um capítulo... espero que gostem e é isso. Até a próxima povo lindooo amo vcs 💖💖🌸🌸

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