Capítulo 14 - Vendo o Sol Nascer

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Rogério e eu decidimos ir dar uma volta na praia, estava uma noite bem gostosa, Rogério estacionou o carro em um canto da praia onde outras dezenas de carros estavam estacionados e fomos andar pelo calçadão. Andamos muito, até perdemos os carros de vista. A praia estava praticamente vazia, havia apenas alguns casais deitados na areia, e alguns carros passando na avenida. Aliás estava bem tarde, ja era quase madrugada.

- É a primeira vez que você vem pro Rio? - Rogerio perguntou colocando as mãos no bolso.

- É sim, lugar lindo né? - Falei sorrindo olhando para ele - já veio aqui antes?

- Sim, mas faz tempo, Laura tinha uns 9 anos. - Ele sorriu e meu Deus, que sorriso lindo.

Um silêncio esquisito ficou no ambiente. Apenas o som do mar a esquerda e o barulho dos carros passando na avenida a direita.

- O que foi? - Rogério perguntou sorrindo.

- Nada, por que? - Perguntei.

- Tava me olhando e sorrindo.

- Não é nada! - Falei sem graça olhando para o chão.

- Fala ué? - Ele era insistente.

- Não é nada é so que.. sei lá... seu sorriso é bonito. - Falei e senti meu rosto corar.

- Você acha? - perguntou sorrindo naturalmente - porque... eu também acho o seu sorris...

- PERDEU! PERDEU! - Um homem de bermuda verde, camiseta preta e boné gritou enquanto segurava uma faca.

"MERDA! ASSALTADA LOGO AGORA?"

- Calma! Pode levar tudo mas não precisa machucar ninguém. - Rogério falou colocando as mãos pra cima, e tirou a carteira e o celular.

- E VOCÊ NOVINHA? PASSA TUDO! - Ele gritou comigo e eu fiquei parada em choque.

- Helena... - Rogério me chamou e eu sai do transe - Coopera com ele.

- Tudo bem! Tudo bem! Não precisa fazer nada... aqui - Falei entregando a bolsa para ele e o homem saiu correndo tão rápido que perdemos ele de vista em questão de segundos.

- Ai meu Deus! Você ta bem? - Rogério falou me abraçando e naquele momento, tudo o que eu senti foi um sentimento gigantesco de segurança. A proteção que ele me passava era enorme. O coração dele estava acelerado, e suas mãos começaram a acariciar meus cabelos.

- Estou! E você? - Perguntei olhando em seus olhos e... bom acho que estava acontecendo de novo.

"Merda! De novo, ele esta se aproximando."

- Obrigada! Eu não sei o que eu teria feito se você não estivesse aqui. - Falei parando de olhar para ele e encostei o rosto em seu peito, e me afastei em seguida.

- Vamos sair daqui? - Ele perguntou segurando meu rosto com as mãos grandes.

- Vamos! Eu preciso ir pro hotel onde eu estou hospedada! A Laura e o Hugo vão ficar preocupados. - Falei e ele olhou para o bolso.

- Que bom que na carteira só havia umas notas de dinheiro e notas de banco. Aqui ó - ele falou balançando o cartão da porta do quarto do hotel dele.

"TAPORRA ELE TA ME CHAMANDO PRA IR PRO HOTEL COM ELE?"

- Eu posso ir a pé até o meu hotel Rogério, nem é tão longe daqui.

- De jeito nenhum. Vamos para o meu, eu durmo no sofá e você na cama. - Um alívio percorreu meu corpo, e uma decepção também.

- Vamos pegar o carro, graças a Deus a chave tava no bolso de trás. - Falou pegando a chave que estava junto com o cartão do hotel.

A Sexta VentaniaOnde histórias criam vida. Descubra agora