"We met at the end of the world
And sat, hand in hand
As the stars went out."O sol atingia-me os olhos enquanto eu olhava para o céu azul. Balancei os meus pés na água do rio e cobri os meus olhos com a mão. Estava realmente um dia bonito.
Não estava longe do resto dos grupo, ainda conseguia ouvir Beth a cantar enquanto tocava guitarra.Tem estado tudo calmo, sem discussões, ou guerras e mais importante... sem novos elementos. Os walkers também têm mantido a sua distância, o Rick decidiu reforçar a segurança e renovou a rede perto do portão.
Temos tido algum tempo para respirar e relaxar um pouco e eu nunca imaginei que precisasse tanto desse tipo de descanso, até agora.Ouvi passos atrás de mim e virei-me lentamente, sabendo quem era só pela maneira como as suas botas batiam no chão.
"O que estás a fazer aqui sozinha?" a voz suave de Carl soou naquele espaço aberto e foi um alívio. Ultimamente, ouvir a voz de Carl tem sido como uma segurança de que estava tudo bem, de que estávamos bem.
Escolhi os ombros, sem responder e voltei a balançar os meus pés na água, olhando para o líquido cristalino e para pequenos peixes que andavam por lá.
O rapaz de olhos azuis sentou-se ao meu lado, em silêncio e fez o mesmo que eu. Descalçou as suas botas, tirou as meias, e enfiou os seus pés no rio.
Ficamos em silêncio por uns momentos, Carl tinha-se afastado um pouco de toda a gente. Não ao ponto de não comunicar, mas notava-se que não estava tão à vontade como antigamente. Talvez pelo o que se sucedeu há umas semanas atrás."Está um bom dia hoje." ele disse, num fio de voz.
Eu ri pelo nariz. "Vamos mesmo falar do tempo?!" perguntei. "Isso é o que as pessoas conversam quando estão desconfortáveis e não sabem o que dizer."
"Eu sei o que dizer." ele ripostou, quase imediatamente. "Estou só a tentar arranjar uma maneira de o fazer."
Assenti, mostrando que compreendia. Deitei-me de costas na relva verde, à espera que ele falasse. Ele deitou-se também, passando a mão pelas pequenas folhas no chão. Era uma sensação maravilhosa... ficar ali deitada, apenas a ver alguns pássaros a voar.
"Desculpa." ele disse a olhar para o céu.
Franzi o cenho, não entendendo a razão de ele estar a dizer tal coisa.
"Mas... não fizeste nada de errado..."
Ele suspirou. "Tenho a sensação que te estou a deixar confusa em relação aos meus sentimentos por ti porque não estou a demonstrar como devia."
"Não me deves nada, Grimes!" eu tranquilizei-o. "Não me deves a tua atenção, não me deves justificações e muito menos me deves os teus sentimentos."
Ele virou-se para mim, ajeitando-se no chão. Eu virei a cabeça para o encarar e ele sorriu, mexendo numa madeixa do meu cabelo.
"Eu gosto de ti." ele disse.
"Eu sei." afirmei. "Eu também gosto de ti."
Os seus olhos viajaram até aos meus lábios e depois para os meus olhos e eu sorri. Aproximei-me e colei os nossos lábios num beijo simples. Ele agarrou a minha cintura e apertou-me um pouco.
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• The Reason • ➳ cr/cg
TerrorDepois do começo do Apocalipse, o mundo ficou um caos. Pessoas morrem e tornam-se zombies, zombies matam pessoas, que morrem e, por si só, transformam-se em mais zombies. Um ciclo vicioso bem assustador onde só pelo facto de respirares, podes estar...