Soul mate // Shawn Mendes

Capitulo 1

Minha vida sempre foi baseada em histórias normais, um tanto monótonas e sem importância alguma para o universo.
E, agora, com meus 16 anos completos, embarco para o Canadá, na tentativa de amadurecer e ter uma nova vida.
Novos ares, novas pessoas. Não vejo a hora que isso aconteça.
Planejo esse intercâmbio desde os meus 13 anos, e inicialmente era somente um desejo imenso de conhecer o shawn mendes, e de me casar com ele.
Ao longo do tempo, me conformei que isso era impossível, mas a minha vontade e ansiedade para a ida à Toronto só crescia cada vez mais.
Estava devaneando nos meus pensamentos quando percebi que já estava na hora do embarque, e como de costume, eu estava atrasada.
Despedi-me às pressas da minha mãe e dos meus melhores amigos que tinham ido ao aeroporto junto a mim. Iriamos passar um ano separados e eu realmente acho que essa seria a pior parte de tudo isso.
Peguei as dezenas de malas que estava levando, e trouxe em minha mão uma pasta com todos os documentos possíveis e impossíveis que eu iria precisar no consolado canadense.
Entrei no avião e automaticamente coloquei minha playlist no spotify. New rules gritava em meus ouvidos, e eu realmente precisava levar aquela música a sério.
Tinha acabado de sair de um relacionamento que foi um completo fiasco. Eu amava ele mais do que eu era amada. Além disso, ele ficou com uma das minhas melhores amigas, o que acabou bloqueando a minha mente e o meu coração para qualquer outra pessoa que viesse com segundas intenções.
Cansei de me machucar.
Fechei os olhos na intenção de apenas descansar, mas, acabei pegando no sono e só acordei com o aviso para apertar o cinto. Já estávamos chegando no aeroporto.
Depois de uns 10 minutos de descida, desembarcamos e eu finalmente sai daquele inferno.
Eu odeio aviões, sempre odiei e sempre vou odiar.
Fui em direção às minhas malas, e depois disso, fui procurar minha família canadense e logo vi uma plaquinha com o meu nome.
A família era constituída por um pai chamado Carter, uma mãe chamada Katherine, por uma menina da minha idade chamada Louise e um menino mais velho que a família prefere manter em segredo, e eu realmente não entendi o por quê.
-Luiza!- gritou a minha "mãe" canadense, com um enorme sorriso no rosto- Bem-vinda, querida! Espero que esse ano seja o melhor da sua vida, e que se enturme com a gente!- continuou.
-Oii Katherine! Muitíssimo obrigada, e eu realmente acho que vou amar minha estadia aqui.- falei um pouco tímida, já dentro do abraço acolhedor de Katherine.
-OI LU- gritou lou, a irmã mais legal do mundo, se jogando em meus braços surtando de alegria.
-LOUUUU, NÃO VIA A HORA DE TE VERR- gritei como resposta
Já conversava com a Lou desde que descobri que ficaria com eles, e realmente parecemos irmãs. A irmã que eu nunca tive, já que em casa éramos só eu e a minha mãe. Meu pai se mudou para longe quando eu tinha apenas 2 anos de idade, e nunca teve vontade de voltar ou de me conhecer, mas mesmo assim, sempre fui feliz.
Os homens da casa não tinham vindo, pois tinham ficado na casa preparando as coisas para mim. Eu realmente acho que me encaixaria nessa família.
Fomos em direção ao carro, e no mesmo momento percebi que eles não eram tão humildes quando demonstravam ser.
Cheguei na casa, ou melhor, não na casa, na fortaleza em que eles viviam.
A casa tinha uns 3 andares, e uma piscina rodeava a casa. Os carros estacionados em um canto, junto de uma fonte iluminada que me deixou encantada.
Eu realmente pirei.
Percebendo isso, a Lou virou pra mim e disse:
-É um pouco demais, e eu nunca liguei para essas coisas, mas os meus pais precisam disso, já que são empresários e tem toda uma burocracia para causar uma boa impressão na mídia.
Assenti com a cabeça. Os pais dela eram empresários muito bem sucedidos, e possuíam várias franquias e empresas, nas mais diversas áreas.
Isso era uma coisa totalmente nova para mim, já que no Brasil eu vivia em uma minúscula cidade no interior de São Paulo, e nunca tive tanto luxo assim. Sempre fui uma pessoa normal, que estudava em um colégio muito bom, sempre sendo uma das primeiras da classe. Eu sei fui uma boa filha, mas não sou perfeita, piso na bola de vez em quando, mas nada fora do normal. Minha vida é entediante e minha meta é mudar isso.
Entramos na casa, e eu realmente não via a hora de conhecer o irmão "misterioso" e o meu pai canadense. A casa esbanjava luxo por todos os cantos, mas a humildade e a generosidade naquelas pessoas, era o que mais me surpreendia.
Ouvi risos vindos da cozinha, e foi quando me deparei com os homens da casa.
"Meu" pai, tinha cabelos um tanto grisalhos e apesar de estar vestindo um avental roxo com bolinhas coloridas era muito elegante.
Já o "meu" irmão, estava de costas, e quando percebeu que tínhamos chegado, virou para me cumprimentar.
p u t a q u e p a r i u.
Eu realmente não sabia o que fazer. Minhas pernas estavam bambas, e eu estava ficando vermelha.
Nash Grier estava na minha frente. NASH GRIER.
-Oi, bem vinda a família- disse ele meio tímido, com um sorriso bobo no rosto- Não sei se você já me conhece, mas eu sou o Nash, e você é?- continuou ele
-Oi Nash, meu nome é Luiza, prazer em conhecê-lo- falei, com meu sotaque brasileiro que foi piorado pelo nervosismo.
-Desculpa por te pegar de surpresa, mas nós não revelamos quem eu sou e usamos outro sobrenome para não acontecer de virem pessoas aqui dentro de casa só para me ver- disse ele, meio frustado.
-Não tem problema, eu entendo o seu lado.- continuei
-Você não reconheceu a gente?- perguntou lou
-Não. Eu conhecia os meninos da magcon, mas nunca fui essa fã louca de pesquisar a família e o histórico de vida.- disse
-Que bom, não tava afim de uma fã doida varrida dentro de casa- disse Nash, o que fez com que todo mundo risse.
Lou subiu me mostrando o quarto em que eu ia ficar hospedada, e eu realmente não estava esperando nada disso.
O quarto era inteiro branco, com apenas uma parede pintada em lilás. A cama era enorme e muito convidativa, eu estava louca pra me jogar em cima dela e dormir. Em uma parede, tinha uma grande janela com vista para o jardim, que para variar, era muito lindo.
-Uou- sussurrei
-Espero que tenha gostado, eu que decorei, e como sei que temos gostos muito iguais, achei que você também ia gostar- disse ela, com um sorriso muito fofo no rosto.
Além disso, que genética essa família tem!
Todos eles tinham os cabelos castanhos escuros e olhos azuis como o céu. E eu sou somente eu; uma menina com 1.65 de altura, cabelos castanhos muito claros, que chegam a ser loiros, e olhos de uma tonalidade indefinida, que varia entre castanho e verde. Não sou gorda, mas também não sou magra, não tenho corpão, mas também não sou seca. Me considero no meio de tudo.
-Luizaaaaaaaaaa, eu tô falando com você meu amor- disse Lou, tentando chamar minha atenção.
-desculpa, eu boio muito, e sou um pouco desligada, e quando vejo, já estou pensando em coisas extremamente aleatórias- falei, em tom meio brincalhão
-Eu percebi- disse ela em meio a um sorriso- Bom, vou para o meu quarto tomar um banho e dormir, se precisar de qualquer coisa, meu quarto é no final do corredor. Amanhã temos um longo dia, então procure descansar, e deixar para arrumar as malas depois. Boa noite, sis, loveu-continuou ela, mandando milhões de beijinhos no ar, o que me fez gargalhar.
-Ok, eu vou ver o que vou fazer, e pode deixar que qualquer coisa eu vou te atazanar. Muito obrigada por tudo, eu te amo também, boa noite sisssss- falei na mesma tonalidade de voz que ela.
Ela deu uma breve risada e saiu do quarto, me deixando só. Decidi tomar uma ducha para relaxar, e depois disso, após ter feito minhas higienes, peguei meu celular, e liguei para a minha mãe. Após uns 20 minutos conversando sobre tudo o que já tinha acontecido, desliguei o celular, e fui responder algumas mensagens dos meus amigos brasileiros.
As minhas melhores amigas tinham decidido dormirem juntas para me ligar no meio da noite, e foi o que elas fizeram.
Logo que a chamada de vídeo começou, eu coloquei meu fone, sabendo que elas iriam começar a gritar muito quando eu dissesse o que tinha acontecido.
-AAAAAAAAA, ESTAMOS COM SAUDADES- elas gritaram no meu ouvido
-Eu também tô, meu deus do céu, parem de gritar igual as duas loucas que vocês são, e fiquem quietinhas para eu contar o que já aconteceu- disse, fazendo com que elas obedecessem- Lembra que eu disse pra vocês que eu não sabia quem era o irmão da família que eu ia ficar? Então, eu descobri que meu querido irmão, não é ninguém menos que Nash Grier.- falei não acreditando em minhas próprias palavras.
-QUE, MANO, EU VO MORRE, TÔ MORRENDO, MEU NAMORADO TÁ NA MESMA CASA QUE VOCÊ, VOCE TÁ ZUANDO NÉ?- a Ana gritou desacreditada.