I Don't Love You

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AVISO

Esse capítulo contém violência física e emocional.

Reforçamos que não apoiamos tais práticas e as cenas descritas aqui são meramente fictícias. Se você não se sente bem lendo, por favor, não leia. Se precisar conversar, luv-u-all e eu estamos à disposição ou procure ajuda de uma psicóloga.

#Weforeverybody

O peito de Frank subia e descia constantemente enquanto ele puxava e soltava o ar pesadamente de seus pulmões. Seus braços estavam cruzados atrás de sua cabeça e seu corpo estava coberto apenas por uma boxer fina. Iero encarava o nada mas pensava em tudo.
E tudo, no caso dele, era Gerard.

Ele repassava todas as sensações que sentiu ao ter seu corpo junto ao de Way.
Sua pele macia e cheirosa, quente e clarinha, seu cabelo que era grosso porém pouco, suave e oleoso mas também tinha um cheiro adorável de morangos.
Ele podia quase sentir cada toque novamente, apenas pensando em onde sua pele encostara na do moreno. Era tão macio e quente, tão acolhedor.
Em sua cama, observando o teto, Frank só queria poder se teletransportar para sabe-se lá onde Gerard estava naquele momento e abraçá-lo mais uma vez.
Ele não sabia de onde havia tirado coragem para fazer o que fez, tocar, abraçar, sentir e falar com o outro aquele dia, mas estava satisfeito por tê-lo feito. Estava surpreso também, por Way ter correspondido seus gestos e por tê-lo consolado com calma e gentileza, quando surtou.
Sem que percebesse, Iero arrastou seus dedos pela barriga, um suspiro saindo de seus lábios ao imaginar os dedos de Gerard ali.
Sua mãe bateu na porta de seu quarto, mas Iero estava absorto demais nas sensações que estava tendo, que nem ao menos percebeu que ela o chamava para jantar, do lado de fora.
Linda acabou desistindo, pensando que o filho já estava dormindo e voltou para comer com o marido.

Frank tocou sua testa por um momento e se lembrou do toque dos lábios de Way em sua pele, imaginando aquela sensação se instalando por onde as pontas de seus dedos passavam.
O garoto acariciou as próprias coxas, arranhando de leve a parte interna com as unhas curtas, sentindo arrepios se alastrarem por todo seu corpo.

Recordou-se de acariciar Way por cima do moletom e focou em imaginá-lo sem aquelas roupas. Como seria ver menino por inteiro? Sua pele era tão branca, contrastava lindamente com seus cabelos negros. Como seria ver seu peito desprovido de roupas depois de tanto tempo? Ou até mesmo tocá-lo sob os tecidos que atrapalhavam a visão de Frank.
Junto disso, a mente de Iero foi inundada com a lembrança do sonho que tivera, aquele sonho que tanto o atormentava.
A forma que o Gerard imaginário o beijava, o mordia e o levava ao limite.
Frank passou os dedos por cima de seu membro coberto pela boxer e tremeu com a corrente elétrica que sentiu.

— Droga! — Praguejou baixinho. O sentimento de ódio voltando a correr por suas veias.
Era preciso apenas mentalizar o moreno por alguns segundos e o resultado era uma grande e latejante ereção.
Gerard Way era mesmo a sua maior fraqueza.

Frank recolheu sua mão e se sentou rápido na cama, tentando tirar os pensamentos sobre o moreno da cabeça enquanto procurava seu celular. Ele rapidamente discou o número de Jamia, uma garota com quem ele saía frequentemente, e clamou para que ela fosse até sua casa. Ele estava desesperado por um “alívio“, sendo ele corporal e mental.

Jamia Nestor era o tipo de garota que não se preocupava em manter a pose de moça boazinha e recatada. Ela se divertia e curtia a vida de todas as formas que queria.
Há mais ou menos uns seis meses, Frank e ela ficaram em uma festa qualquer e perceberam que tinham encontrado o que precisavam: Alguém para dar uns amassos e não ter que se preocupar depois.
Como sempre, Iero era gentil, preocupado em não magoar a garota, mas Jamia era desapegada e dinâmica.
Com o tempo, eles estavam se tornando mais amigos do que ficantes, mas de vez enquando, quando precisavam relaxar, sempre recorriam um ao outro.
A garota respondeu que chegaria em sua casa em apenas alguns minutos, já que moravam bastante perto um do outro.
Frank nem se deu ao trabalho de colocar outra roupa, não era como se Jamia nunca tivesse o visto de boxer. Ela já tinha visto muito mais que do isso.

How To Make Two Boys Fall In Love - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora