Capítulo 13 (quem nasceu piriga nunca vai ser diva)

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Tive uma manhã relaxante ao lado de Daniel, transamos na banheira e depois ele foi embora, tinha alguns assuntos da empresa para resolver. Sinto que estou entrando em um caminho que não tem mais volta, já tentei ter relacionamentos abertos com outro dois homens e isso inclui meu vizinho.

A primeira vez que tentei ter um relacionamento aberto, foi quando comecei a faculdade, com um interno que estava na mesma sala que eu. Começamos saindo de vez em quando para beber, até que um dia fomos a uma festa juntos e transamos, naquele momento percebemos que éramos perfeitos para transar e nada a mais do que isso. Deu certo por longos oito meses, mas como nem tudo são flores eu me apaixonei por ele e ele realmente só queria transar, o que não deveria me surpreender já que esse era o nosso combinado desde início. Brigamos por dias por causa de algo que nunca chegou a existir, no fim eu sai de coração partido por amar alguém que não me amava e ele se mudou, voltou para sua cidade natal e sua família rica. Pelo menos foi isso que fiquei sabendo, nem informações sobre ele eu queria.

Com meu vizinho, foi por causa da química a mesma química que tive com Lucca, o problema dessas relações é a química, digo, só tem química, geralmente disso não dá para sair um relacionamento, em alguma das partes a parte do "só sexo" era a mais pura verdade. Foi coisa de momento a primeira vez que transei com meu vizinho, não que eu me arrependa muito pelo contrário, isso é uma das coisas das quais eu nunca vou me arrepender.

O problema das relações em aberto é que alguém sempre acaba se apaixonando, mesmo sabendo que não era para acontecer, mesmo sabendo que a outra pessoa talvez não sinta o mesmo. Corremos o risco, pulamos do precipício e só um sai sem nenhum arranhão, já o outro cai no mar e se afoga.

Daniel Walker é uma tentação, fica difícil recusar uma tentação quando ele usa terno, tem um corpo igual a de um Deus grego, uma voz rouca e sexy e na cama, meu Deus ele me leva a loucura. Como recusar um pedido de só ter sexo de Daniel Walker? Mas tem um porém, a aposta. O que eu faço? Como vou me livrar da aposta sem consequências? Kate não vai querer trocar de irmão e muitos menos deixar com que eu saia da mesma sem pagar. Por que fui me meter nessa porra de aposta? Pego meu celular e digito o número de Kate, ela atende após dois toques.

— Diga minha menina levada - Ela diz toda animadinha

— Não vou conseguir cumprir a aposta - Posso imaginar o enorme sorriso de Kate daqui.

— Por quê? - Ela pergunta toda ingênua

— Motivo pessoal, não preciso e não quero te dar uma satisfação. - Falo toda seca. Eu já deveria ter aprendido com meus erros do passado.

— Como sempre direta, reta e grossa. Você sabe que tem que cumprir com o combinado, quer escolher o dia para a dança?

— Quero.

— Quando?

— Black masquared ball - Dou um sorriso de lado, é o melhor evento da boate e um dos mais aguardados do ano.

— Isso é em dois dias, parece que alguém está animada para relembrar os velhos tempos. - Estão sentindo algo molhado no ombro de vocês ou só eu estou sentindo o veneno dessa cobra escorrer?

— Na verdade só quero acabar com isso logo. Vai entrar comigo?

— Sabe que não faço mais isso - Ela diz alterando a voz.

— Nem eu e cá estamos nós relembrando o passado. - Falo rude — Vai estar na plateia então? 

— Não vou entrar, Mia. Está sozinha. E sim, vou te assistir do camarote - Ela desliga. Tenho que achar uma meia arrastão e ver se Charles me deixa relembrar este momento pela última vez.

Minha Doce Perdição (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora