não é você

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Certodia, uma mulher perguntou:
“Ique, por que é tão difícil encontrar o homem da nossa vida?”.
Eu queria encontrar uma mulher
que não estivesse apaixonada
por um homem que “ama” todas as mulheres,
que diz para todas “você é a mulher da minha vida”,
que “você é pra casar”,
mas que agora ele não quer um relacionamento.
E uma semana depois, ele se casa.
Não com você.
Mas com outra que ele conheceu há um mês.
Eu queria encontrar uma mulher
que não estivesse apaixonada
por um homem que diz, olhando em seus olhos:
“Eu não te amo mais”.
Por um homem que tem medo de se apaixonar,
que diz pra todas as mesmas coisas,
que vive a mesma história com mulheres diferentes,
que se aproveita da sua carência pra te levar pra cama.
E no outro dia, nem bom dia.
Eu queria encontrar uma mulher
que não estivesse apaixonada
por um homem que namora duas ao mesmo tempo,
que diz:
“Vou dar uma sumida. Preciso disso”,
que no começo é alegria, amor e euforia,
depois é tristeza, dor e comodismo.
Que terminou para “curtir a vida”,
que diz:
“Não estou preparado”.
Que a traiu com a amiga, com a vizinha e com a manicure.
Eu queria encontrar uma mulher
que não estivesse apaixonada
por um homem que, depois do sexo, muda,
que não a deixa respirar.
Que sufoca.
Que a deixa em casa.
E dez minutos depois chama três amigos para ir ao puteiro.
Eu queria encontrar uma mulher que,
ao chegar no final deste texto, se sinta cansada
de fazer toda a caminhada sozinha,
que se levante da cadeira, enxugue as lágrimas,
e recupere o lugar dentro do seu coração,
que precisava se curar.
Para se apaixonar novamente
por um homem que será tudo o que ela precisa.
Seu amigo.
Seu amor.
Seu menino.
Que terá coragem para dizer:
“Eu encontrei você”.
Que saberá que a busca terminou,
mas que a jornada está apenas começando.
Porque a melhor parte não é encontrar a mulher da sua vida.
É viver ao lado dela, todos os dias.

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