Euposso ser meio carente.
Ou totalmente. Não me importo.
Acho que todo mundo gosta de cafuné e chocolate quente.
Eu posso ser igual bicho do mato.
Ou um tímido exagerado.
Não tem problema.
Muita gente acha engraçado
quando tem visita na minha casa,
e eu passo correndo pela sala.
E de cabeça baixa,
saio repetindo mil vezes a mesma palavra.
“Ei. Ei. Ei. Ei. Ei.”
É meio esquisito, eu sei.
Mas quando alguém responde, eu me desarmo.
Dou um beijo e um abraço apertado.
Eu posso ser ciumento.
Ou inseguro às vezes.
Não me importo.
Acho que ninguém gosta quando a namorada diz:
“Ah, meu ex-namorado...”.
Pronto. É inevitável.
Quando entrar no meu quarto,
vou fechar os olhos e tentar voltar ao passado.
Só para beijá-la primeiro.
É meio maluco, eu sei.
Mas isso não funciona.
Acredite, eu já tentei.
Cada pessoa tem a sua história.
E isso é só dela.
Então, um dia escrevi algo para nunca mais esquecer.
É assim:
“Acredite. Você não sabe a sorte que tem
em ser o novo sonho de alguém”.
Eu posso ser fiel.
Ou um romântico declarado.
Pode me chamar de bobo, sonhador ou louco.
Eu vou continuar romântico e fiel.
E pode ter certeza, não acho fidelidade
uma qualidade ou digna de prêmio Nobel.
É caráter, só isso.
E nesse mundo, meu velho,
ter caráter muda tudo.
Eu posso ser incrível.
Ou invencível.
Sim, eu posso.
Porque eu aprendi assim.
Amar o que se é,
sentir o que quiser e
não ter medo do que vier.