Capitulo 18 - Diogo

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"he's so pretty, i want to cry😰"

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"he's so pretty, i want to cry😰"

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Ele saiu do quarto ainda com um sorriso no rosto e se ele não fosse noivo da minha mãe iria pensar que estava de uma certa forma a apreciar a minha namorada, quase que a comê-la com os olhos!

Estava envolvido nos meus pensamentos sobre o que acabara de acontecer até que a Gabi me disse:

- Diogo, que foi isto? Ele estava a intimidar-me, por momentos pensei que me fosse fazer alguma coisa de mal.

- Ei pequena, ele não te faria nada de mal, pelo menos comigo aqui, eu nunca deixarei alguém tocar-te, nem num fio de cabelo, prometo! - Disse e dei-lhe um beijo suave na testa.

Ouvi um suspiro vindo dela e percebi que as minhas palavras a acalmaram, é tão bom saber que tenho esse efeito nela.

- Mas e agora? Ele sabe que nós temos uma relação, e se ele contar à tia? Como será que vai reagir? E se nos obriga a ficar afastados? Eu não te quero perder, nem posso. - ela disse tão rápido que nem tive tempo de falar alguma coisa, quando dei por mim, ela estava abraçada a mim com tanta força, como se estivesse a fazer os possíveis para eu não a largar, e mal sabe ela que o que eu mais quero agora é tê-la comigo.

- Não sei meu amor, mas a minha mãe não irá fazer nada, vamos ver o que acontece neste jantar, e caso o Vitor não lhe conte nada, amanhã tratamos de arranjar uma boa forma de lhe contar. E se ela não deixar, paciência, nós temos o direito de ser felizes e não te vou deixar, nem que ela mande. Amo-te muito!

- Também te amo muito Diogo.

Ela deu-me um beijo, e se não fosse a minha mãe estar lá em baixo eu juro que não saíamos do quarto enquanto eu não a tivesse comigo, enquanto os nossos corpos não estivessem unidos como um só, enquanto eu não estivesse dentro dela a dar-lhe todo o prazer que ela quisesse e desejasse. Mas temos de ir. Por isso, finalizei o beijo e disse-lhe:

- Temos de nos vestir para ir amor, mas este nosso lance vamos terminá-lo mais tarde, não penses que me deixas aqui morto de desejo por ti como se não se passasse nada. - Fiz-lhe um sorriso perverso e divertido.

Ela não disse nada. Ambos nos vestimos e descemos.

Estávamos já à porta para sair quando ela me largou a mão. Vínhamos desde o quarto até aqui de mãos entrelaçadas e se ela não se lembrasse de as separar, a minha mãe ia saber a verdade aqui e agora, porque eu estava tão bem com ela assim que nem me lembrei de separar as nossas mãos.

Entramos no carro, e antes de arrancar, o Vitor virou-se para mim e para a Gabi e disse:

- Então meninos, está tudo ok? Podemos seguir?

- Sim. - eu respondi sem qualquer tipo de emoção.

Quando chegamos ao restaurante, almoçamos normalmente, a minha mãe contou-nos tudo sobre a sua viagem com o Vitor, sempre com aquele brilho lindo nos olhos, mas eu não conseguia mais confiar naquele homem, não depois da forma que ele olhou para a minha namorada.

O Vitor ia participando mas não tirava os olhos da Gabi, todos notavam isso, mas a minha mãe parecia não notar, parecia ainda em êxtase da viagem.

No final, o Vitor queria pagar mas a minha mãe não deixou:

- Não Vitor, és sempre tu a pagar tudo, hoje é a minha vez. - Deu-lhe um beijo na face e dirigiu-se para o balcão.

- Gabi, vamos? - Perguntei-lhe. Não queria que ficássemos muito tempo ali com ele, sozinhos.

- Vai andando, eu ainda quero ir à casa de banho, vou já ter convosco ao balcão sim?

- Claro, até já. - Pisquei-lhe o olho e sorri.

Ela pode não me dizer, mas eu sei que ela adora o meu sorriso e a forma como olho para ela, os seus olhos não mentem.

Fui em direção à minha mãe e deixei o Vitor sozinho na mesa.

Passado um pouco regressamos e o Vitor ainda estava na mesa, mas mais nervoso do que quando saí de lá, e a Gabi nem veio ter connosco nem estava na mesa e já tinha passado bastante tempo. Eu estava a ficar preocupado.

Aproveitei que a casa de banho das mulheres era ao lado da dos homens e disse à minha mãe:

- Mãe, eu vou à casa de banho, volto já.

E saí. Eu ia mesmo à casa de banho, mas não era à dos homens, e não quero saber se é proibido ou não, mas eu sei que se passa alguma coisa com a Gabriela, eu sinto isso.

Entrei na casa de banho das mulheres e esta parecia vazia, mas uma das portas estava trancada.

- Gabi Estás aí?

- Eu.. ah.. já vou sair, dá-me um minuto. - Ouvi a sua voz falhar no final e percebi que ela estava a chorar, o que me deixou ainda mais apreensivo.

- Amor estás a chorar? Abre a porta.

- Não, estou bem, já vou sair, podes voltar para ao pé deles.

- Não, eu sei que tens alguma coisa, fogo eu conheço-te, abre a porta, estás a deixar-me mais preocupado.

Ela abriu a porta e dei de caras com uma menina trémula, parecia uma criança, sem defesa nenhuma, com o rosto vermelho com lágrimas e manchas negras no pescoço e nos braços. Ela estava em muito mau estado.

- O que aconteceu? Quem te fez isso? Diz-me! Diz-me agora! Eu juro que mato o cabrão que te fez isso! - Eu já estava a ficar fora de mim, estava preocupado com ela, estava furioso com a pessoa, que mesmo não sabendo quem foi, lhe fez isto e a deixou em tão mau estado.

Ela não me respondeu, ela só levou as mãos à cara e chorou ainda mais.

Eu também não estava a agir bem, estava a ser consumido pela raiva de ver o mal que lhe fizeram mesmo depois de lhe prometer que não iria deixar ninguém tocar-lhe, mas eu tinha de estar lá para ela, depois saberia quem foi, mas o mais importante é a minha bebe ficar bem.

Aproximei-me dela, tirei-lhe as mãos do seu rosto e abracei-a. Ela retribuiu o abraço, ainda estava a tremer mas eu já a sentia ficar mais calma. Fui acariciando o seu cabelo e dando beijos nele para a acalmar.

Ela parou de chorar, quebrou o abraço e olhou-me nos olhos:

- Eu só quero ir para casa, mais tarde, noutro dia, conto-te o que aconteceu, não estou bem, preciso de descansar, preciso de sair daqui, preciso de estar sozinha. Por favor Diogo. - Aquele olhar.. eu não tive como recusar, eu queria, queria que ela me contasse o que aconteceu, mas ela estava tão frágil e vulnerável que eu não consegui dizer não.

Ajudei-a a levantar-se e a sua sorte foi eu estar a agarrá-la suficientemente forte porque ela quase caía ao levantar-se, tinha as pernas bambas e eu notei que ela estava sem força.

Levei-a para fora e a minha mãe ao ver-nos tão próximos e cúmplices olhou desconfiada, porque eu não fiz de nada para esconder que tinha saído com ela da casa de banho das mulheres, mas nem queria saber disso agora.

Assim que ela reparou no estado da Gabi, também não quis saber do facto de eu sair daquele compartimento.

- O que se passou? O que tens meu amor? o que te fizeram? - Ela disse super preocupada, surpresa e assustada, para a Gabi. - Diogo o que é que ela tem? O que lhe aconteceu? Digam-me alguma coisa caramba!!!

- Calma tia, eu só quero ir para casa, o Diogo não sabe de nada, só me encontrou na casa de banho e trouxe-me, não grite com ele. Vamos embora por favor, eu preciso de descansar.

- Desculpem amores, eu só fiquei muito preocupada ao ver-te assim Gabi e não me contive, mas o que aconteceu? Quem te deixou nesse estado? - Ela disse à Gabi, mas desta vez num tom mais suave.

- Eu..

dusk till dawn 🕊 Diogo Gonçalves [REST]Onde histórias criam vida. Descubra agora