Capítulo 6: Manhã de calmaria

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Capítulo 6

Três meses atrás:

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Três meses atrás:

Três meses atrás:
É tão estranho, quando as coisas não saem como o planejado... A sensação de que tudo está fora dos trilhos.
Talvez ninguém jamais entenda, o que é receber conforto nos braços de alguém, que não lhe pertence. O Ícaro, nunca me pertenceu. A vitalidade em seus olhos, querendo se entregar a uma paixão intensa, era como uma flecha certeira em meu peito. Eu me sentia prestes a desmoronar a qualquer momento e render ao meu desejo de oferecer a ele o que ele precisava.
Aquela manhã, eu o vi como alguém diferente. Talvez mais diferente do que você possa imaginar. Eu degustava o saboroso café da manhã, enquanto ele dedilhava os dedos no violão... Uma melodia agradável me trazia a paz que durante muito tempo eu desejei.
Ele não era como os outros. Talvez a sua inocência, não foi roubada pelos sofrimentos da vida... Ele sorria para uma desconhecida, sem imaginar os planos que eu tinha de destruir a sua vida.
-Lua... - Ele colocou o violão no canto. - Quando eu a verei novamente?
-Você quer me ver novamente? - Abri um sorriso de orelha a orelha.
-Sim. - Ele puxou a cadeira e sentou-se ao meu lado: - Podemos nos ver...
-Podemos? - Perguntei encarando seus  olhos.
-Mas... Tem uma condição. - Ponderou.
-Agora eu preciso de condições para me encontrar com você...
-Claro. Onde você encontrar alguém como eu? Que tem uma casa legal como essa? - Ele começou a rir de si mesmo, sem parar, como se tivesse dito a coisa mais engraçada do mundo... Sua risada contagiante me fez rir e engasgar com o café.
-Nem você se convence de que realmente é tudo isso... - Comentei.
-Bela observação, senhorita.
-Que cordial!
-Então... Senhorita, nos veremos novamente? Do meu jeito é claro.
-E como é o seu jeito?
-Você só saberá se me dizer sim.
-E se eu disser não? - Perguntei sorrindo.
-Perderá uma grande oportunidade... - Ele sorriu galante e me beijou nos lábios. Um sorriso surgiu em seu rosto, fazendo o meu coração queimar. - Sabe o que eu acho mais estranho em você, senhorita? É que até agora, não teve a curiosidade de saber o meu nome...
-E qual é o seu nome?
-Ícaro....
-Ícaro?
-Ícaro Montagner. - Ele sorriu, causando me arrepios ao ouvir aquele sobrenome. Eu sabia muito bem quem era ele...

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