### Sinopse
"Não se apaixone por mim. Eu não sou alguém para você. Quero apenas ter minhas noites de prazer e cumprir o meu propósito impiedoso de lhe ver sofrer."
Lua cresceu com um único desejo: vingar-se da poderosa família que lhe causou grandes...
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Três meses atrás:
Era tão estranho! Eu conhecia o Ícaro a tão pouco tempo, mas mesmo assim me sentia muito segura ao seu lado. Nunca havia me sentido assim, perto de outro homem.
Aguardei na lanchonete da faculdade e sorri ao vê-lo chegar com os cadernos nas mãos. Ele sentou-se de frente para mim e abriu um largo sorriso:
-Está ansiosa? - Eu senti o cheiro agradável de seu perfume e abri um largo sorriso para ele.
-Por que eu estaria ansiosa?
- Porque terá a melhor noite da sua vida. - Ele piscou. - Ah! Não faça promessas que não pode cumprir. - -Façamos assim... Hoje eu te apresento o meu mundo, se você achar que vale a pena, eu lhe deixo conduzir da próxima vez. - Eu fiquei alguns minutos reparando a leveza de seu semblante e a vitalidade de seu sorriso, senti o meu coração se aquecer...
-Eu adorei a ideia. - Falei pausadamente sem tirar os meus olhos dos dele e aquele sorriso maroto surgiu mais uma vez em seus lábios.
Primeiro vamos para minha casa, preciso guardar os meus livros e trocar de roupa.
-Você pode tirar suas roupas e dividir comigo a sua cama, garanto que será muito bom. - Dessa vez, minhas palavras tinham a intenção de observar suas reações tímidas, aquilo sim, era divertido.
-É só nisso que pensa?
- Está me perguntando se sou ninfomaníaca?
Ele passou o polegar sobre os meus lábios e beijou-me carinhosamente na bochecha: - Não foi o que lhe perguntei. Já parou para pensar que existe um mundo à sua volta a ser vivido? Algo além de prazer carnal?
-Você fala dessa forma porque nunca sentiu esse prazer carnal. Depois que você experimentar, quem irá se viciar será você...
-É mais fácil eu me viciar em você do que me viciar fazer sexo com você. A ação do sexo em si é fútil. Eu segurei em sua mão: - Suas palavras são românticas demais para uma mulher como eu. Eu não me importo de ter novas experiências na cama, de fazer coisas diferentes e de me arriscar, mas não estou não posso te dar o meu coração.
-Vocês mulheres e seus egocentrismo de pensar que um elogio é romantismo.
-Vai continuar falando até anoitecer? - Revirei os olhos.
-Por que você prefere sexo? - Não era brincadeira, ele realmente esperava uma pergunta série e filosófica sobre sexo?!
-Quem está falando em sexo agora é você... - Murmurei sem perder o contato visual.
-Talvez porque seja contagiante...
-Talvez seja porque você está morrendo de desejo de me ter. - Segurei em sua coxa por debaixo da mesa e apertei com força, passeando com as mãos lentamente.
-Vai mesmo continuar me assediando? Sou apenas um garoto inofensivo. - Aquele olhar safado naquele rosto...
-Isso é assédio?
Ele puxou-me pela mão., me olhou nos olhos: - Por mais que eu esteja amando sentir suas mãos subindo pelas minhas pernas na lanchonete da faculdade, nós precisamos ir... - Beijou-me novamente na bochecha.
Envolver sua cintura pelos meus braços, encostar meu rosto em suas costas e sentir o vento tocar o meu corpo, era uma sensação de liberdade reconfortante. Ele gostava da adrenalina de pisar no acelerador e pilotar pelas estradas movimentadas, mas eu estava gostando mesmo era simplesmente de estar ali.
Entramos dentro da mansão. Ele serviu-me uma taça de bebida. E entrou no banheiro para tomar banho.
Me deixou sozinha... Como um garoto inexperiente a marcar encontros interessantes. Passei os olhos sobre os porta-retratos, vendo a imagem de família perfeita que ele pertencia. "Não se apaixone, foi essa mesma paixão que matou sua mãe" uma voz gritou em minha cabeça.
Sem pedir licença subi as escadas, escutei o barulho do chuveiro e olhei pela porta entreaberta, pude ver o seu dorso nu. Observei em silêncio, vendo a água cair e descer pelo seu corpo esculpido. Senti vontade de tocar o seu corpo, salivei com as imagens perversas que percorriam a minha mente. Continuei a degustar o vinho, sem tirar os olhos da maravilhosa visão à minha frente.
Ele não me viu. Me virei de costas e desci as escadas sentando-me no sofá como uma boa convidada, guardando cada pedacinho daquela lembrança na minha mente.
