Capítulo 2

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Henry

"É um lindo dia para salvar vidas."
Derek S.

Hoje seria mais um "dia normal" no hospital. Há exatamente uma semana, eu não perco nenhum paciente. E isso é mais que maravilhoso. O que eu mais gosto no meu trabalho é o fato de poder ajudar ... salvar vidas. Claro que isso porque tenho ajuda Divina.

Sou Henry Carter, tenho 27 anos e sou médico. Bom pra ser mais específico, sou neurocirurgião no N.Y. General Hospital.

Como estava dizendo seria mais um "dia normal" se não fosse por aquilo.

Estava na recepção lendo alguns prontuários, quando escuto a ambulância e logo me chamam na sala de cirurgia. Fui correndo me preparar enquanto levavam o paciente para a sala, o caso era grave.

-Cloe Clark, 25 anos. Atropelamento. Pelo que disseram ela foi tentar salvar um senhora de um carro desgovernado. O motorista aparentemente estava bêbado. Ela foi arremessada a 5 metros de distância e bateu forte com a cabeça no chão. 1 perna e 1 braço quebrado. - disse um enfermeiro.

-Moça corajosa! Agora vamos. Precisamos salvá-la.

Coragem? Amor? Que tipo de pessoa se atira em frente a um carro desgovernado pra salvar uma pessoa que nem conhece? Que pessoa arrisca a própria vida em prol de outra sem ao menos conhecê -la? Cloe .... Tenho que salvá -la .. Vamos salvá-la.

7 horas depois ....

A cirurgia foi extremamente difícil. Ela teve 3 ataques cardíacos, hemorragia, mas ela é forte. Ela lutou e luta pela vida. Agora ela estar ICU. Está em um coma induzido. E espero que ela acorde.

-Dr.Carter. A paciente não tem família, apenas uma tia que mora com ela.- falou a enfermeira, mas ela estava assutada demais.

-Sim. Algum problema?

-É que ela é sobrinha da Suzanne.

Essa não! Suzanne é enfermeira aqui. Ela fala muito da sobrinha e pelo visto a ama muito. A tem como filha. Isso não vai ser fácil.

- Obrigado Rebeca. Vou falar com ela.

No caminho da recepção, passo em frente a enfermaria e encontro minha há avó. Me assusto, pois seu braço está machucado.

-Vó! O que aconteceu? A senhora tá bem? O que houve? - Falo meio desesperado. Não me julguem ela é a única família que me restou. Meu pai morreu um pouco antes de eu nascer e minha mãe me abandonou quando eu tinha 2 anos. Então naturalmente fico nervoso quando algo acontece a ela.

- Calma meu filho! Eu estou bem. Na verdade eu tô preocupada com a moça que me salvou. Você sabe como ela está?

Eu paralisei. Aquela mulher havia salvado a minha avó. A pessoa que mais importa no mundo. Eu tinha que ajudá - la... Tinha que salvá- la. Devia minha vida a ela.

- Ela.. Ela.. Está em um coma induzido. -gaguejei um pouco.

- Aí não! - Minha avó começou a chorar.

- Vó não chora. Se acalma. Só ore pra Deus me ajudar a salvá-la.

Ela assentiu e a abracei.

Precisava salvar aquela mulher. Eu precisava.

Respirei fundo e fui falar com a Suzanne. Ela teria que ser forte. Não sei como, mas teria.

- Suzanne.

- Oi Dr. .. Que cara é essa? Até hoje de manhã o senhor estava feliz da vida. Aconteceu alguma coisa?-É não seria fácil.

- Suzanne. Tenho que te contar algo.

- Não.- Ela disse e lágrimas começaram a cair pelo seu rosto. Me aproximei dela.

- Sente por favor. - Após ela sentar, continuei.- Sua sobrinha sofreu um acidente. Foi atropelada e sofreu um traumatismo craniano. Ela sofreu 3 infartos e teve 1 hemorragia durante a cirurgia.

- Nãoooo!!! Não minha filha não !!- gritava desesperada.

- Ela é forte e resistiu.- Agora ela me olhava com esperança nos olhos. - Ela entrou em um coma induzido.

- Ela vai acordar Dr.?- perguntou soluçando.

- Espero que sim! Mas pode demorar dias, semanas, meses... ou anos. Mas farei tudo que estiver ao meu alcancei para salvar sua sobrinha. Tenho que agradecê- la.- Agora ela me olhava confusa.

- Agradecer?

- Ela se atirou na frente do carro para salvar uma pessoa. E essa pessoa era a minha avó.

Ela agora abriu um sorriso. Pude ver orgulho brotar em seus olhos.

- Ela é forte. Sempre foi. Ela vai sair dessa. Ela vai sair. Se Deus quiser. Ela não estaria mais aqui se Ele não quisesse. Creio que Ele tenha um propósito na vida da minha filha.

Aquelas palavras de certa forma, também me confortaram. Eu não tinha nenhuma relação com Cloe, mas sentia que ela a partir de agora era importante pra mim. Ela se tornou minha prioridade.

- Posso ver ela?

- Só por alguns minutos.

- Tudo bem.

Fomos em direção ao quarto de Cloe. E lá estava ela um pouco inchada. Mas ainda assim parecia que estava dormindo. Ainda parecia um anjo. O de fato era.

- Oi minha menina. A mãe tá tão preocupada com você. Mas olha tenho que te dizer.. - disse e algumas lágrimas começaram a cair em seu rosto.- Você é muito corajosa. Sempre soube que você era especial. Sempre fazendo o bem. Não ia ser diferente agora não é?! Lute minha filha, Lute. Vou estar orando por você. Te amo. - falou e depositou um beijo em sua bochecha.

- Infelizmente o tempo acabou.

- Tudo bem. Obrigado Dr. . Boa noite.. - virou- se para Cloe - Boa noite filha.-Disse em quase um sussurro.

- Boa noite Suzanne.

Suzanne saiu. E fiquei ali a observando aquela mulher. Sabia tão pouco dela, mas sabia que ela era uma mulher incrível.

- Você vai sair dessa Cloe. Você vai. - Disse e dei um beijo em sua testa.

" A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita

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" A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita."

Mahatma Gandhi

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